Antes, de mais nada, temos que analisar toda a vida anterior do velho para sentir de perto as conseqüências que transparecem hoje, e, ao mesmo tempo, não esquecer a sua ligação conosco.
Normalmente o idoso transmitiu muita sabedoria a seus pares e a partir desses conhecimentos floresceram as atitudes deles. Hoje, algumas vezes, os jovens, sem valorizar o impulso que os levou a tal, se acham mais sabidos e atuais que o seu “mestre”.
Essas colocações do idoso nem sempre são reconhecidas ou comentadas em viva voz pelo aprendiz. Muitas vezes não por maldade dos jovens, mas por acharem que tem recebido esses comentários elogiosos pelo seu sucesso, devido ao esforço pessoal, e não pela educação que lhe foi dada. Na verdade sempre é esquecido o fato que “toda caminhada começa pelo primeiro passo”.
Desta feita o ancião começa a exigir os seus feitos, fazendo uma cobrança aos jovens. Essas cobranças nem sempre acontecem com aqueles que receberam a ajuda, mas com certeza, a pessoas próximas a ela.
Assim, quando um velhinho ligar para você e disser que está com uma dor, vá levá-lo ao atendimento, mesmo que tenha certeza que os exames, mais uma vez, não vão acusar nada, mas com certeza a melhora virá de imediato. A busca pelo médico foi apenas uma forma de dizer eu existo. Outra maneira é aquela de convidar os “sobrinhos ou filhos” para comer um “prato” delicioso sempre feito muito bem. É uma forma de receber “carinho” das companhias, mesmo que a princípio pareça que o carinho está sendo dado pelo convite para o almoço. Os jovens sempre estão muito ocupados com os trabalhos tão exigidos “hoje”. Assim eles próprios farão isso por não poderem fugir ao convite.
O contrário também acontece.
Um belo dia o filho chama o pai para passar um domingo em sua residência. Lá chegando estão os amigos do “pimpolho” que conhecem o papai e admira a dedicação do filhinho ao convidá-lo. Então surge a dúvida no ancião: “será que este convite foi para completar a festa ou foi para mim mesmo?” E logo vem seu teste; pai: “meu filho qual será o almoço?” Filho: “camarão, filé e galinha, depois do churrasco”. Pai: “meu filho, dá para sair um peixinho frito no almoço?” Filho: “claro, papai”. Durante o almoço o “velho” não tocou no peixe. Então o filho perguntou: “papai, não comeu o peixe? Estava ruim?” O pai: “Não, meu filho, eu preferi a galinha!”
Assim, devemos jamais esquecer essa vaidade dos mais velhos que a todo custo tenta mostrar aos mais jovens o seu valor. Muitas vezes julgamos os idosos rabugentos, no entanto fiquem certos de que é a necessidade de seus feitos serem reconhecidos, que os fazem assim.
Precisamos dar mais atenção aos nossos precursores, porque o certo é que lá chegaremos um dia e bom é ter sabido disto agora. Os atos praticados pelos idosos são em suas maiorias inconscientes, lembremos disso.
Resumindo: o querer valorização pelos feitos na juventude, a vaidade de ter a vivência, o querer atenção e respeito dos jovens e demonstrar o poder e pujança apesar da idade, são anseios daqueles de terceira idade que os fazem agir como eles agem. Pensem nisso.
Parabéns Wilson. Agora todos interessados poderão compartilhar dos seus conhecimentos científicos, trocar idéis, concordar, discordar, pois só assim pode-se constuir um novo saber.
ResponderExcluirO apredizado é sempre renovado, é interminável.
Um grande abraço e muito sucesso pela brilhante idéia.
Osório
Prezado Dr. Wilson, parabéns pela iniciativa. É muito importante um espaço de aprendizagem como esse. Saudades de Sr. Marinho...
ResponderExcluirForte abraço!
Carolina Bacelar
Wilson querido:(lembra o nosso querido Sr. Marinho)
ResponderExcluirO que é aquilo?
Várias vezes, o pai pergunta ao filho e este responde: é um passarinho papai. Depois de um certo tempo da mesma pergunta, o filho responde irritado, é um passarinho papai. Então o pai vai buscar um velho diário e entrega ao filho que lê: quando você tinha 3 anos me perguntou 2000... vezes o que era aquilo e eu respondi todas as vezes te dando um abraço, aquilo é um passarinho. Eterna saudade. Solange