AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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sábado, 28 de novembro de 2009

A ESCOLA DE HOJE PARA O AMANHÃ

A evolução social e científica leva, em certos momentos, os educadores a reverem seus projetos de práticas de ensino. Algumas vezes, as transformações generalistas ferem o tradicional e levam o conhecimento pelo ralo. Foi o que aconteceu com a teoria dos conjuntos que, ao chegar perto demais de conceitos matemáticos básicos e objetivos, fez com que os mestres esquecessem os fundamentos da ciência exata. Foram mais de 20 anos de atraso na absorção dos conhecimentos matemáticos pelos alunos. A colocação dessa teoria no seu verdadeiro lugar, como extensão do saber, salvou a sua adoção até os dias de hoje.
A era da informática, que evolui desde os anos 80, tem levado os mestres da educação a atropelarem os saberes, mostrando vaidosamente, fora de tempo ou de forma intempestiva, os seus conhecimentos virtuais aos seus alunos. A maturação da informação necessita de momentos reflexivos e não é compatibilizada com a escassez da apuração praticada pela informática.
Assim, as facilidades e imposições do conhecimento comum, através dos meios eletrônicos, têm impregnado o conhecimento em “preto e branco”. Nas mentes dos alunos, a riqueza do construir nas “cores” de cada um foi se perdendo pela falta de diversidade cromática nos ensinamentos. O resultado é o igual para todos, que não constrói nem cria a variedade de soluções tão necessárias no mundo desigual de hoje.
Tudo enseja a um padrão que acontece de forma virtual e assedia todos que, orgulhosamente, veem a adoção das práticas computacionais como o grande progresso do fazer rápido sem perda de tempo para construir. O que se quer já está pronto, inclusive, com as mais diversas variações possíveis, pensadas por escravos da estatística, mas que não contemplam o seu investir na única diferença que se tem dos animais ditos irracionais, maior inteligência ou poder para criar o diferente.
Infelizmente, o conhecimento de hoje tem acontecido simplesmente por meio do diagnóstico: dizer que um determinado fato acontece porque falta tal elemento ou tal outro está sobrando! Mas, e o que fez essa falta ou essa sobra? Não importa, a pesquisa não dá dinheiro! Os anos a fio de acúmulo de informações sem doutrinas têm levado os homens de hoje a esse pensamento. Temos de reverter esse quadro, levando o ser humano a usar a mente com todo o seu potencial.
A reconstrução do potencial de criatividade, imaginação e de criar o novo terá que acontecer. O uso ostensivo de práticas audiovisuais em sala de aula tem inibido o diálogo e a abertura de novos espaços na discussão sobre a ciência. É preciso evitar essa prática de forma exagerada e polemizar os conceitos de forma a excitar os alunos à busca de novos paradigmas científicos. A abertura da mente para o novo tem que ser construída. As mudanças no ensinar, partindo-se para a reconquista da mente analítica em lugar da emocional ou digital, têm que ser praticadas.
Dizem os estudiosos das necessidades futuras que as profissões, a partir de 2010, vão mudar. O estudo atual de temas ilhados deve fenecer e a interdisciplinaridade tem que gerir o ensinar de hoje. Nada acontece de forma isolada. No mundo globalizado atual, nossos alunos têm que fazer parte desse carrossel maravilhoso que é a descoberta de novos caminhos nas encruzilhadas da ciência. O NYLon, por exemplo, foi descoberto em “Nova York” e “Londres”, simultaneamente, e por isso o seu nome. É o pensar que faz a diferença.
Decorar ou memorizar conceitos e informações terá que dar lugar à compreensão analítica dos eventos. Teremos que fundamentar os conceitos e permitir que o estudante viaje nesses princípios para, enfim, chegar às conclusões almejadas, apenas apontadas pelo mestre, e, em seguida, aperfeiçoadas.
O importante é voltar a dar oportunidade para a participação do discente na sala de aula. Valorizar suas ideias, corrigindo-as, quando necessário, e justificando o porquê daquela resposta dada por ele. Ou seja: apontar o erro na transmissão do ensinamento que levou o aluno àquela resposta não correta. Esse formato anima os alunos a novas investidas sem que tenha afetado sua autoestima .
Mostrar que a intimidade com a ciência permite uma série de mudanças em seus pragmatismos levará o aprendiz a querer sempre, mais e mais, o fortalecimento dos conceitos. Consequentemente, o poder de mudar as velhas diretrizes para outras mais consubstanciadas, nos dias de hoje, levará o novo para o mercado. Esse novo inclui acrescer aos objetivos dos trabalhos algo que irá aparecer como o amor pelo fazer, tão esquecido nos dias de hoje. Os professores agora terão de ensinar as doutrinas das “coisas”, e não, pregar o aceitar as justificativas do “porque são assim”. Investigar o como e o porquê algo é, está assim ou aconteceu, é a grande descoberta.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

REFORMA UNIVERSITÁRIA: UMA NECESSIDADE DEMOCRÁTICA


A tão decantada reforma universitária, que ainda não saiu do papel, deveria começar pela reformulação dos métodos de avaliação das escolas superiores. Métodos muito criticados pelas escolas de administração privada devido à incoerência dos seus argumentos. Uma reforma democrática é necessária, mas não uma conspiratória que atribui pesos maiores a características vulneráveis, que nem sempre significam eficácia na transmissão do conhecimento e, consequentemente, no bom aprendizado.
As características cobradas são sempre aquelas que acumulam pontos para as universidades estatais e que não pertencem ao lugar comum das escolas menores, sobretudo as situadas em cidades menos desenvolvidas. É preciso colocar um basta nesse formato atual que afasta os alunos estudiosos da escola privada e os leva a tomar o lugar de um aluno carente na escola “pública”.
O fato mais emergente para as críticas é a avaliação pouco democrática e a distância. Pouco democrática porque não contempla a diversidade de cada uma das escolas em relação à região onde está inserida, não levando em conta a cultura, o poder econômico e as políticas públicas. E a distância, porque se utiliza de meios indiretos, os alunos, para uma tarefa que não é da competência destes.
Aqui vale a pena lembrar que quando o Governo iniciou as assembléias para democratização do papiro da reforma universitária, abruptamente, interrompeu a continuidade delas, porque a ingerência das diversas classes (pouco afeitas ao academicismo) provocou “ruído” nas conversações, incomodando as perspectivas do Governo. Agora, coloca a pimenta para os outros: alunos julgando as suas escolas. A última assembléia, salvo engano, foi no Recife (PE) por volta de 2004.
Lembremos que, atualmente, fazem sucesso, em cidades do Sudeste, muitos nordestinos filhos das escolas dos anos 70. Tempo em que as avaliações aconteciam ao vivo e a expansão do ensino superior era comedida e bastante técnica, não dependia de “lobby” ou estratégias semelhantes. Ensinar é desenvolver no estudante o poder de construir, o que hoje é pouco sentido, pois esbarra em exames esdrúxulos que nada avaliam.
Existe a ideia, em muitos segmentos capazes (constituídos por estudiosos vinculados à educação nacional e internacional), das avaliações das escolas serem feitas por agências independentes, como acontece em muitos países. Dessa forma, não existiria a passionalidade do Governo em relação ao julgamento das escolas “públicas” – todas são – e privadas. Como consequência, haveria uma avaliação mais justa e independente.
Minha opinião, no entanto, não seria essa. Infelizmente, o poder econômico iria interferir nesses julgamentos, sendo assim, trocar-se-ia, simplesmente, seis por meia dúzia. É preciso ter a consciência de que, em um país estigmatizado pelo infeliz axioma “o importante é levar vantagem em tudo”, não se deve absorver soluções de outros países, sem pensar nas peculiaridades do nosso.
Baseado nos idos dos anos 70, quando a escola era acompanhada e orientada pelo MEC, por meio de suas delegacias regionais, gerando ótimos resultados, sou da opinião que a avaliação das escolas seja feita pelo próprio mercado como era naquela época. Foi ele que sempre definiu o bom e o ruim dentre os bens que pertencem ao público. Esse é o verdadeiro julgamento. Somente dessa forma, os alunos e ex-alunos serão capazes de avaliar as instituições de ensino, pois estarão simplesmente ratificando o pensamento da comunidade em que vivem e não respondendo a questões capciosas (nos Enades) daqueles que não pertencem à mesma sociedade.
Os resultados das análises dos exames de competências (concursos públicos), tão utilizadas nos dias de hoje, inclusive pelo próprio Governo, são os verdadeiros avaliadores. Os estágios feitos por alunos de uma dada escola, em um serviço qualquer, já começam a criar, no mercado, o saber por onde andam o conhecimento e o preparo intelectual dos alunos de uma determinada faculdade.
Sou totalmente contrário à prova igual àquelas dos concursos públicos que não permeiam as características regionais, mas se utilizam de questões universais, propostas por avaliadores que vivem em uma região socioeconomicamente diferente. O Brasil é um país continente e não deve ser nivelado pelos burocratas, pois estes não buscam a criatividade e se perdem nas demandas conhecidas de outros países, cuja história não comunga com a nossa.

COMO CUIDAR DA EDUCAÇÃO E FINANCIÁ-LA


Os diversos programas do Governo, no que tange ao financiamento da educação, precisam ser mais bem definidos. O FIES, por exemplo, não leva à escola o valor pecuniário empregado na demanda educacional. Além disso, apenas Certificados Financeiros do Tesouro são entregues após a prestação dos serviços e só podem ser utilizados para pagamento do INSS.
Ora, como pode uma faculdade ter muitos alunos utilizando o FIES, se o “pagamento” do Governo à IES só serve para pagar o INSS? O Governo acha pouco o pagamento do programa, atrasado, e ainda o faz por meio de Certificados! Lembramos que um aluno estudando em universidades estatais dá ao Governo um custo, pelo menos, dez vezes maior do que aquele cobrado por uma universidade privada.
Assim pensando, é muito mais vantagem para o Estado aumentar o alunado nas IES, com programas que incentivem a adesão das escolas, do que simplesmente, de forma autoritária, criar programas pouco atrativos para as escolas privadas.
Quanto a empréstimos através do BNDES ou outro banco de desenvolvimento, aí é que fica mais complicado ainda. Para solicitar essa ajuda, a faculdade terá que estar em dia com todos os impostos, ter aderido a todos os programas sociais do Governo concernentes à educação e mais, ser considerada uma IES boa ou ótima pelo julgamento das avaliações pouco lúcidas do INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Na verdade, se uma escola precisa de dinheiro é para pagar dívidas, geralmente, contraídas para melhoria das instalações, da biblioteca, dos laboratórios, da qualificação de pessoal, etc. Essas dívidas incluem, muitas vezes, a falta de pagamento de impostos. Para a melhoria nas avaliações, a instituição também pode necessitar de aporte financeiro. Sendo assim, não devem ser tolhidos os empréstimos pelo não cumprimento dos itens citados no parágrafo anterior.
A relação entre Governo e faculdades carece de melhor desempenho. É inadmissível que o trato com bancos e outras instituições financeiras seja tão paternalista, enquanto que com a escola privada, tão rude, inclusive sem o diálogo extremamente necessário para a parceria no educar. Todo o diálogo só é feito através de portfólio virtual que é aberto ao bel-prazer do MEC.
Sugestões para avaliações mais participativas, não tão ditatoriais, deveriam ser aceitas através do concurso de propostas enviadas por instituições tradicionais e de muito tempo no mercado. Abertura de representações do MEC (REMEC) nas capitais dos estados – melhor do que delegacias (o nome não é acadêmico) – que seriam os pontos de ligação entre as escolas privadas e o MEC e dariam outro formato à educação brasileira.
Os exames tipo ENEM e ENADE poderiam ser ministrados por essas Remecs, as provas seriam regionalizadas de modo a valorizar as especificidades locais de forma direta e não tendenciosa à globalização que só deve contemplar aqueles que têm bem definidas as suas conquistas locais.

Concluímos esperando que esse texto atinja a sensibilidade dos governantes, particularmente, os jovens ministros que, muitas vezes, querem entender a educação como um segmento qualquer, esquecendo que esse investimento não atinge diretamente o mercado atual, mas fomentará, no futuro, os grandes objetivos da Nação em busca de sua emancipação

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O SAMBA DO CRIOULO DOIDO


Já se passaram mais de doze anos e o Governo Federal não define uma política de avaliação das escolas superiores. Sempre preocupado em criar instrumentos para julgar a eficácia da educação brasileira, o Estado tem se perdido devido as suas atitudes passionais, criando sempre um formato que beneficia as escolas estatais e, consequentemente, penaliza as privadas.
Os professores das instituições estatais quase sempre têm facilidades em mestrados e doutorados, pois fazem intercâmbio com os estados mais ricos ou buscam parcerias com instituições estrangeiras. Inclusive com remanejamento entre suas “filiais” nas cidades próximas. Isso representa o investimento maior do Estado, por esse motivo exigem das IESP (Instituições de Ensino Superior Privadas) o mesmo investimento, no entanto o formato de universidades é distinto daquele das particulares. As universidades são voltadas para o ensino, a pesquisa e extensão, enquanto que as escolas privadas para o ensino aplicado com apenas iniciações à pesquisa e uma tímida extensão.
Além disso, existe a dificuldade de se obter, em cidades distantes dos grandes centros urbanos e menos favorecidas com o progresso, professores com disponibilidade de tempo, principalmente agora depois da abertura desenfreada de IES.
Outro ponto é o julgamento incabível da escola, pelo seu corpo discente. Nas faculdades estatais, que pouco exigem dos alunos o conhecimento e a frequência, os estudantes não criticam, pelo contrário, elogiam, pois eles reconhecem que vão sair dali com seus diplomas e a própria orfandade em relação à direção da escola não dá cabimento a reclamações maiores.
Em se tratando de uma escola não estatal ou de administração privada, o ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) já se torna uma oportunidade de vingança dos alunos contra a escola que cobra uma mensalidade e exige eficiência no aprendizado e na conduta, coibindo depredações e comportamento pouco cidadão no trato com a comunidade. O resultado é os alunos estigmatizando a instituição de ensino durante o exame, inclusive como uma forma de chamar a atenção da diretoria, que existe e é participante.
O deputado Lelo Coimbra comenta a tensão existente entre Governo e IES privadas nas avaliações e diz, segundo artigo publicado na revista Ensino Superior de outubro de 2009: “...ministro é mais transigente com as públicas do que com as privadas...”. O caso ENEM (divulgação das provas antes de sua aplicação) é bem sugestivo e alerta para possíveis eventos semelhantes naquelas provas do ENADE. Não se pode confiar em resultados que, de início, pecam em se tratando de lealdade. Como se pode confiar no resultado da correção das provas do ENADE se não existe participação das instituições envolvidas?
As unidades de ensino em cidades das regiões Norte e Nordeste pouca ajuda têm do próprio mercado. As empresas com matrizes na região Sudeste, por exemplo, são pouco acessíveis e preferem colaborar com as faculdades dos centros mais desenvolvidos, porque só assim sua ajuda terá maior visibilidade política. Doações a qualquer título também pouco acontecem, pois, o contingente de alunos não é convidativo ao investimento que exige divulgação maciça. A cada semestre, novas diretrizes são criadas para as avaliações do ensino superior, então todo o investimento e preparo do pessoal docente e administrativo para acolher os novos ditames é fadado a transformar-se em investimento falido, pois, de repente, as regras mudam outra vez. É o próprio samba do crioulo doido!

O JORNALISMO SEM DIPLOMA

A propósito das notícias, na imprensa nacional, sobre o repúdio dos jornalistas brasileiros pela criação de um Conselho, fiquei pensando de que forma poderia esse órgão prejudicar a classe jornalística.
Talvez uma chamada de atenção, de vez em quando, por uma exacerbação de ânimos em entrevistas ou no uso de seus “poderes”, atingindo princípios éticos de forma violenta. Esses temores, de repente, poderiam nunca acontecer, muito pelo contrário, se esse possível CFJ (Conselho Federal de Jornalismo) fosse tão efetivo quanto a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) é para os advogados.
A regulamentação da profissão, como acontece com as demais atividades profissionais, talvez desse maior segurança e cobertura à atividade noticiosa. A tão temida restrição, nas atividades da comunicação, talvez nunca acontecesse. Quando se fala em censura, as bases da comunicação entram em pânico.
Na verdade, devemos ter em mente que a censura ética é necessária em qualquer que seja a atividade profissional e nada fica a desejar na área da comunicação. Apresentar a violência de forma natural em horário não conveniente poderá transformar-se em um multiplicador da violência. Da mesma forma, divulgar o “como fazer” é distribuir ensinamentos de péssimo resultado, quando essas lições são perniciosas ou do mal.
Assim, nem sempre, censurar corresponde a atropelar a notícia ou tolher o direito do povo ao acesso à informação. Os próprios jornalistas deveriam, como responsáveis que são pela formação popular, ter o cuidado com a divulgação de determinadas demandas que venham a influir negativamente na evolução social.
Vamos agora falar um pouco da dispensa do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista. Pode-se imaginar o jornalismo como sendo uma atividade técnica e por isso não haveria a necessidade de uma graduação.
Particularmente, acho o jornalista graduado, um profissional literário que tem de amar a linguística e a forma de se expressar com categoria. Dessa forma, a pesquisa para se obter a evolução, nesse particular, requer metodologia e outros conhecimentos que só a escola superior é capaz de oferecer de modo formal. Talvez, as facilidades advindas da não obrigatoriedade do Diploma para se enveredar no jornalismo, leve esse profissional a um desencontro no futuro.
O conhecimento da língua portuguesa que enseja os jornalistas de hoje, possivelmente trará saudades no futuro, quando esses profissionais tiverem de acontecer nas sombrias palavras que apenas falam notícias. O brilho do diálogo diferenciado, que caracteriza os profissionais da comunicação de hoje, talvez perdure durante mais algum tempo, gerando ocupação de cadeiras na casa que pertence àqueles que fazem a literatura brasileira acontecer: a Academia Brasileira de Letras.
Mas, será que, no futuro, irão os jovens de hoje dedicar-se à busca do conhecimento que leve o nosso idioma para além das nossas fronteiras, carregando textos desejados pela humanidade? A responsabilidade desse futuro está aqui posta. Ainda há tempo de reverter esse processo que facilmente levará ao caos essa comunidade brilhante: a dos jornalistas.

domingo, 8 de novembro de 2009

Grupo ESUDA completa 35 anos de atuação em Pernambuco com investimentos em acessibilidade e novos programas de ensino

por RAQUEL LAFAYETTE

O Grupo ESUDA, que inclui a Faculdade ESUDA, a Central de Cursos ESUDA e três unidades de ensino a distância nas cidades de Recife, Caruaru e Palmares, completa 35 anos com investimentos em novos programas de ensino e projetos de acessibilidade, além de ampliar sua atuação no interior. O Grupo ESUDA soma mais de quatro mil alunos em todas as unidades de ensino.

Numa iniciativa pioneira em Pernambuco, a Faculdade ESUDA desenvolve um programa de aproximação dos alunos com o mercado de trabalho, por meio de atividades e especializações durante o curso de graduação. A ESUDA oferece cinco cursos: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Psicologia, Economia e Ciências Contábeis.

No curso de Administração, por exemplo, os alunos escolhem entre várias áreas de interesse profissional e, ao longo da graduação, têm a oportunidade de se especializarem na área escolhida: Comunidades de Aprendizagem, Administração da Informação, Estudos Organizacionais, Finanças, Marketing, Tendências Organizacionais, Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional.

Na área de Psicologia, a Faculdade ESUDA mantém em funcionamento vinte consultórios para atender à população. As clínicas-escola prestam serviço de acompanhamento psicológico e plantão psicológico, de segunda a sábado, com atendimento realizado por alunos recém-formados, através do Projeto Incubadora, e um grupo de estagiários supervisionados por profissionais da área.

O curso de Ciências Contábeis da ESUDA foi selecionado entre os melhores do Brasil pelo Guia do Estudante da Editora Abril e vai figurar na publicação especial GE Melhores Universidades 2009. O curso também recebeu, em 2008, o Prêmio Caduceu do Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco como o melhor curso superior do estado. A graduação de Contábeis da ESUDA é a única onde os alunos trocam canetas e cadernos por computadores durante todo o último período.

Já em Arquitetura, destaque para o único Laboratório Vivo de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco que foi inaugurado recentemente na ESUDA. O espaço ocupa uma área de 850 metros quadrados e oferece diversos materiais que são utilizados na arquitetura e no paisagismo contemporâneos. Outro espaço exclusivo da ESUDA é o Laboratório de Acústica Arquitetônica, com equipamentos importados da França e único deste porte no Brasil.

No curso de Economia, o Projeto Incubadora conta com duas empresas: uma empresa de Engenharia Econômica e outra de Consultoria e Planejamento Econômico/Financeiro.

Acessibilidade - A Faculdade ESUDA é referência em projeto arquitetônico de Desenho Universal com infraestrutura que respeita as diferenças de portadores de deficiências em suas instalações. Além dos elevadores com sinais sonoros e teclas em braile, a instituição conta com toaletes adaptados para portadores de necessidades especiais, principalmente, aqueles com problemas de paraplegia, tetraplegia, esclerose múltipla, distrofia muscular progressiva, espinhal e esclerose amiotrófica lateral.
Os novos espaços sanitários trazem portas mais largas, louças baixas e lavabos especiais. Em todos os banheiros também foram instaladas barras de apoio em aço inox. A faculdade já conta com rampas de acesso, portas especiais, sistemas de sinalização especial e passeio com pisos sinalizadores.
O grupo mantém uma unidade especializada na formulação e fiscalização de projetos de acessibilidade em Pernambuco. O Núcleo de Acessibilidade ESUDA (NAE) é coordenado pela psicóloga Rilda Velozo e composto por arquitetos e psicólogos. O NAE está finalizando o projeto de um laboratório dirigido a portadores de necessidades especiais, como cadeirantes e deficientes auditivos e visuais. O espaço contará com computadores adaptados e impressoras em braile, além de jogos especiais como: jogo da velha, resta 1 e xadrez para cegos.

Ensino a Distância - O Grupo ESUDA investiu em torno de R$ 200 mil na unidade de ensino a distância em Palmares. O espaço ganhou onze salas climatizadas, auditório, biblioteca, salas de estudo e laboratório de informática. O prédio tem quatro andares e é totalmente adaptado para portadores de deficiência. As unidades de Palmares e Caruaru já somam mais de dois mil alunos. O Grupo ESUDA tem parceria com a Universidade Norte do Paraná – Unopar, um dos maiores centros de ensino a distância do país, nas duas unidades do interior e na unidade de Recife.

Financiamento – A Faculdade ESUDA oferece aos seus alunos a oportunidade de financiar até 50% de suas mensalidades. O Plano de Apoio Financeiro ao Discente ESUDA (PAFIDE) permite que as mensalidades sejam pagas no dobro do tempo em que foi feito o financiamento, após o término do curso e com um diferencial: as mensalidades não têm juros nem correções ao longo do ano. “O aluno vai devolver à faculdade exatamente o que lhe foi dado: a mensalidade. Assim, pagará apenas pelo valor das mensalidades. Estamos trabalhando com educação e não com um investimento mercantil”, afirma o diretor da ESUDA, Wilson Barreto.

Além do PAFIDE, a ESUDA também oferece o Vestibular de Inclusão Socioeducacional (VISE), que concede até 50% de desconto nas mensalidades às pessoas com dificuldades financeira, social ou física. O candidato passa por uma avaliação socioeconômica com uma assistente social e por um curso de atualização de conhecimentos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A RELAÇÃO DE EXCEÇÃO: GOVERNO VERSUS FACULDADE PARTICULAR


Não dá para entender a relação entre Governo, particularmente o Ministério de Educação e Cultura (MEC), e as Instituições de Ensino Superior (IES) particulares. Nas avaliações, os métodos utilizados sempre beneficiam as escolas estatais e prejudicam as de administração privada.
Por um lado, as maiores pontuações acontecem em características próprias das Universidades Federais, por exemplo, a qualificação dos professores. Por outro, a metodologia empregada nas avaliações cerceia o poder das particulares, pois os avaliadores são sempre equipes quase que exclusivamente do Governo.
Como se não bastassem, essas grandes discriminações atingem o ápice quando feitas de forma indireta, utilizando-se de um exame aplicado aos alunos da entidade privada que, entre outras coisas, cobra uma mensalidade e exige cumprimento de deveres dos alunos; o que pode levá-los a se tornarem inimigos gratuitos da instituição. E, durante o exame, a escola “sofrer” uma qualificação revanchista dos discentes.
Além dos vários pontos negativos para a escola particular nos exames aplicados pelo MEC, fato já apontado em artigos anteriores, atualmente, surge a incerteza da lealdade destes em relação às escolas públicas e privadas, depois do vazamento, agora público, dos quesitos das provas do ENEM, que não deixa de respingar algo semelhante nos exames do ENADE.
A parceria dos homens que se dedicam à educação em nosso país não tem sido de mão dupla como esperada. Os próprios ministros, como já aconteceu com Paulo Renato, são os primeiros a insuflarem o povo contra as IES particulares, fazendo declarações públicas acerca das notas, dos antigos provões, obtidas pelas federais e pelas escolas privadas.
O custo do ensinar bem é tão alto que o governo apenas contempla, com vagas-escolas, 20% da população de estudantes ativos. Os 80% restantes são contemplados pelas universidades e IES privadas. Quando falamos do custo do ensinar bem, estamos nos referindo não apenas ao valor pecuniário, mas, principalmente, à organização, à motivação e aos critérios de avaliação que permitem ao aluno um comportamento cidadão.
Essas qualidades, as escolas públicas não conseguem atingir, por isso é que o Governo deve ser um grande parceiro das escolas de administração privada. Para tanto tem que estar junto, realizando visitações frequentes e orientações, quando necessárias, de forma a tornar a educação o segmento mais bem estruturado da sociedade.
Que ressurjam as DEMEC, representações do MEC em cada estado, pois só assim poderemos formar o verdadeiro espírito acadêmico nas escolas superiores brasileiras! Basta de influências dos grandes capitais na educação do Brasil. Aluno não é mercadoria e o saber não é apenas informação para a memória.
A criação tão útil, nos dias de hoje e no futuro, só terá lugar quando existir o corpo a corpo do educador/educando. Finalmente, o financiamento da educação deve revestir-se de características que não sejam as que contemplam as indústrias, o comércio e outras prestações de serviços; pois os ganhos do ensinar e do saber demandam um tempo maior para efetivação dos lucros. Lucros esses que, simplesmente, beneficiam o Estado e a humanidade, não apenas a família dos que vivem a explorar a ignorância do povo.