AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

“EM UM MOMENTO, VIVE-SE UMA VIDA”



No filme "Perfume de Mulher", o título deste artigo é citado pelo intérprete Al Pacino e dizem ter sido esse o melhor momento do filme. Assim, resolvi comparar essa frase com a corrida desmedida da humanidade em busca de viver sempre mais sem usufruir dos bons e deliciosos momentos que a vida nos oferece e comentar sobre isso.
Desde o pular da cama, tem início o dia que não será vivido. É o olhar para o relógio e o correr para se arrumar que define hoje o despertar, que antes se dava espreguiçando a lembrança do sonho vivido na noite anterior. Hoje não se sonha! Mentira. A avalanche de compromissos definidos para aquele novo dia, igual a todos os outros, é que toma todo o espaço da mente não permitindo as lembranças recentes, os sonhos!
Tem início a maratona com um rápido café, sem degustação, e a carreira para enfrentar o trânsito lento que levará aos primeiros compromissos. Um “fast food” separa o primeiro expediente do segundo que, na mesma intolerância, alcança a pizza que fecha a última refeição para a espera pelo próximo amanhecer!
Essa busca pelo amanhã discorre, sem a mínima atenção, ao viver cada momento de nossas vidas. A importação de costumes de outras civilizações começa a criar um hábito internacional de pouco criar e muito imitar. Economizar a passagem comendo “na rua” torna-se mais caro do que o tradicional almoçar em casa. E todos os bons momentos de viver evaporam junto à quentinha requentada, quando for o caso de mais economia.
Hoje o marketing exige “a necessidade de comprar”, que não para, mesmo que a utilização da compra não aconteça logo. A pressa de acontecer a todo custo invade o corpo humano com tensões, doenças, despreparos e tudo mais que são inimigos da perfeição, do viver bem. A consequência de tudo isso é a subutilização de nossos próprios sentidos, tão pouco ativados que ainda estarão jovens quando fenecerem.
Os sonhos não vividos conduzem a um futuro a sonhar sem passado. As relações mal vividas correm ao encontro do próximo momento que não chega. O prazer da comida aguarda sempre a viagem não vivida, e assim a busca por um futuro cheio de encantos vai acontecendo a cada presente que surge, não se percebendo que muitos deles já passaram e não os vimos como tal!
Ninguém quer uma vida irresponsável, no entanto a busca por um viver a cada momento não coíbe a realização de suas tarefas. “A pressa é inimiga da perfeição”, as tarefas e feitos executados com parcimônia diminuirão a incidência de erros de criação e execução, as ideias que saem de uma mente rica de prazer são muito mais completas. Dessa forma, a sua produtividade aumentará verdadeiramente. Saia do engodo de fazer muito o que não cresce. A pressa é sinônimo da louca quantidade que não faz crescer!
A qualidade de vida deve sempre ser exaltada, os bons momentos são efêmeros e não se pode deixar de vivê-los. Temos que nos antecipar ao amanhã. Repetimos John Lennon: “A vida é aquilo que acontece enquanto planejamos o futuro”.

domingo, 24 de abril de 2011

O NOVO: INSPIRAÇÃO, CRIATIVIDADE E METODOLOGIA?



Realmente a inspiração é o “start” de qualquer evento. Para mim, inspiração é a interação entre o ser e o objeto fim. Quando a curiosidade científica acontece, a inspiração corresponde ao querer estudar, o início da criação de um texto vem da mente ter sido instigada por um evento, a inspiração, e daí segue qualquer outro fato capaz de fazer acontecer um produto advindo sempre desse “toque mágico”, a fonte inspiradora.
Após essa “ignição”, a busca por uma metodologia com início, meio e fim resume o percurso com muito mais transpiração que inspiração. Aí vem a criatividade de ver, a seu modo, o caminho em busca dos objetivos ou achados finais.
Essa criatividade não deve seguir um padrão que constranja, limite, censure, pois a libertação de qualquer grilhão certamente levará ao novo. O entender de sua busca deve sempre substituir o visto, o pragmático, por sempre exigir memória absoluta, desprezando a associativa que mostra um caminho que surge no desenvolvimento sabido.
A pouca evolução da humanidade, apesar de tantas descobertas, é resultado da necessidade do homem de tudo justificar por consequência. As mentiras são introduzidas, misturando-se com conceitos científicos, para jamais se ter que dizer “não sei”. Eis a humanidade.
É a humanidade que produz danos ao planeta, exacerba o homem querendo ser grande pelo menos na destruição! E vêm os terremotos, os vulcões e os tsunamis, negando esse poder humano de destruir o planeta. A terra sempre seguirá o seu destino.
A falta do aprofundamento da ideia (pensar e meditar sobre a informação) faz o povo acreditar nesses chutes “científicos” que chegam para beneficiar grupos que açodaram para criação do mito. Uma população que ocupa menos de 1% da área terrestre que, por sua vez, possui apenas 7% habitável, jamais teria capacidade de alterar o destino da terra. Esses 6,5 bilhões de habitantes cabem dentro do estado de Sergipe com ocupação de um habitante por metro quadrado.
O ensino tem que partir de uma metodologia, com livro adotado inclusive. Assim surgirá a confiança da informação através do texto. A partir daí, a pesquisa e a introspecção levarão as bases aprendidas para a extensão que pertence a cada estudioso num território sem limites. Sem metodologia, a avalanche de livros e artigos, cada um contemplando um dado conceito sem uma abrangência total, só confundirão o estudante devido às discrepâncias entre os conceitos emitidos por cada um dos autores, de conformidade com suas especialidades.
A capacidade de construir o novo jamais faltará entre os homens. A análise e o pensar em cima de cada informação recebida produzirão, com certeza, seres pensantes capazes de criar e motivar seus pares ao crescimento intelectual. A acomodação e o acúmulo de informação sem “digestão” jamais trarão o progresso e o “avante” para a humanidade. A grande escolha sempre será vencer e o vencer incluirá sempre não só a inspiração, mas também a transpiração com metodologia e criatividade!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

"VOCÊ TEM LUGAR FIXO PARA ESTACIONAR?”


A forma de um povo viver e comportar-se socialmente depende de uma série de fatores. O clima, a geografia do lugar, a cultura são algumas variáveis que influenciam no modus vivendi de uma sociedade. No aspecto cultural, a educação e o valor agregado a ela têm influencia definitiva. Na maioria das vezes, a cultura de um país é mantida durante séculos por ser conveniente aos seus governantes. Não se muda uma cultura de uma hora para outra, mas o tempo é capaz de prover mudanças não esperadas. A queda da inflação em nosso país mudou muitas formas de gerar rendas. Quem estava acostumado a ganhar dinheiro com a inflação logo mudou sua atividade, antes de fenecer. Lembramos quanto mal trouxe o adágio “o importante é levar vantagem em tudo”, propagado por um anúncio protagonizado pelo Gerson, atleta de futebol, alguns anos atrás. Todos foram em busca de vantagens desonestas alterando a qualidade de produtos e serviços em homenagem ao adágio. Quem não levar vantagem em tudo é um burro! Exclamavam os picaretas que ansiosamente só estavam aguardando uma justificativa para seu instinto pernicioso. Com o crescimento da cultura de qualidade junto ao nosso povo, quem vendia gato por lebre começou a sentir que a sociedade mais esclarecida e com melhor poder de compra, não mais caía nas propagandas enganosas tão eficientes outrora. Assim, aos poucos, foram sendo eliminados os exploradores da boa fé e de egoísmo desmedido. Começava a florescer o bem. Na Suécia, um brasileiro sempre andava de carona com um sueco, pois eram amigos e trabalhavam na mesma firma e setor. O brasileiro observava que além da presteza em termos de horário, chegava bem antes do início do trabalho, o sueco estacionava o carro bem distante, nas “últimas vagas” do estacionamento. Após vários dias com essa postura, o brasileiro meio acanhado arriscou a pergunta: “Você tem lugar fixo para estacionar?” “Não”, respondeu. “Por que, então, você estaciona tão longe do edifício para onde vamos, se chegamos tão cedo com centenas de vagas mais perto?” O sueco respondeu: “Porque assim deixamos as vagas mais próximas para os que chegam mais em cima da hora!” É realmente uma questão cultural. Nenhum prejuízo viria para ele, pois é salutar andar um pouco pela manhã, além do benefício que proporcionaria ao seu colega desconhecido que, junto com ele, lutavam pelo engrandecimento da empresa na qual trabalhavam. Infelizmente o que se vê aqui no Brasil são pessoas estacionando seu carro na faixa de entrada dos estabelecimentos, dificultando o fluxo das pessoas que chegam e saem. E pior ainda quando, não raras vezes, ocupam vagas especiais, impedindo que deficientes cadeirantes tenham o acesso facilitado. Devemos acreditar que tudo isso é uma questão de tempo. Em breve, com melhores exemplos dos nossos governantes e divulgação dos melhores feitos de nossa sociedade, todos se conscientizem para o bem maior.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A MENTE HUMANA


Discute-se muito hoje acerca de padrões de inteligência e a ela são imputadas várias aptidões do cérebro humano, confundindo-se características anteriormente definidas da mente humana com inteligência. A princípio, é muito difícil a definição de um conceito subjetivo e, pior ainda quando não se conhece seus princípios, até mesmo, seu lugar dentro de um universo que, no caso, é o corpo humano. O cruzamento de informações entre a mente e o resto do corpo quer informar uma consciência distribuída muito mais do que uma simples condensação da mente dentro do cérebro. Assim sendo, tentaremos conceituar as nossas aptidões racionais como sendo o resultado, a princípio, de duas peculiaridades que fazem parte de nossa mente: o conhecimento inato e a inteligência. O conhecimento inato ou informação pré-natal é a somação de todas as informações contidas em nosso DNA vindas de nossos ancestrais. Dentro desses conhecimentos inatos estão, inclusive, competências subjetivas e não apenas somáticas. Consciência é algo que tem início a partir da fecundação do óvulo, ou talvez em cada gameta (óvulo e espermatozóide). A inteligência, por sua vez, é o poder de construção de nossa mente a partir dos conhecimentos adquiridos e da análise daqueles “trazidos do berço”. Dessa forma, a inteligência é uma necessidade premente para os seres vivos que possuem pouca informação inata, como o homem. Os vegetais e animais, ditos irracionais, possuem muito conhecimento inato e por isso são pouco inteligentes. Pesquisadores informam que o homem tem apenas 30% de conhecimento inato, enquanto o cachorro possui 70% e a cobra (que é como dito, cobra) 95%. Esse fato torna muito mais domável o cachorro do que a cobra. A busca pela criação da inteligência artificial (IA), que gostaria de definir como mente artificial, sempre vai esbarrar na falta do conhecimento pré-natal. Esse todo que chamamos, no homem, de inteligência, na verdade, é um complexo inteligência mais conhecimento inato. Esperar que um robô viesse a ter essa mente é um pouco difícil. Só “gerações mais gerações” de robôs poderiam afinal dar esse conhecimento inato a sua “prole”. Não adianta chegar com informações e mais informações no “cérebro” de um robô que ele não será capaz de se multiplicar com características individuais díspares. Sempre repetirá igual, sempre clonará. Não será capaz de criar o novo, o diferente porque faltará a aptidão dada pela herança. Jamais o robô irá descansar o homem em definitivo. Costuma-se dizer que é a “natureza” que ensina “as coisas” aos animais e às plantas. Quando um vegetal procura o sol e se retorce para tanto, ele está usando a sua pouca inteligência, não é simplesmente a sua “natureza”. O que seria a “natureza”? O homem como é “pobre de espírito” tem vergonha de dizer que está na “mesma linha” dos vegetais, e inventa “natureza”. Quando alguém entra em coma, costuma-se dizer que “está vegetando ou está vivendo como um vegetal” melhor mudar para está vivendo como um mineral, até quanto se conhece! Quanta vaidade!