AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

O VALOR DE NOSSA VAIDADE


Até quando seremos dominados pela mídia? Recebi esta questão a semana passada quando a filha de um amigo pediu para o pai comprar um vestido exigindo a marca ou etiqueta. A diferença de preço em relação a uma roupa similar era de mais de três vezes! O pai indignado, enquanto relutava para fazer a compra, encontra-se comigo e faz o comentário que resultou neste artigo.
Como funciona o nosso cérebro nesses casos? Por que gostamos do que a mídia nos sugere? Dizem que uma mentira dita mil vezes torna-se uma verdade. Será que a propaganda muda a nossa noção de qualidade? Não. Nosso cérebro vive em busca de nos dar prazer e a vaidade, intrínseca ao ser humano, quando satisfeita, é uma grande fonte de prazer.
São três os “sentimentos” mais fortes do ser humano. Um deles, a inteligência, é o grande mediador e explorador dos outros dois: o sexo e a vaidade. Assim, o sexo, ou melhor, a sexualidade, é bastante utilizada nas diversas mídias como forma de chamar a atenção das pessoas. Como esse expediente nem sempre é compatível com o produto, o apelo mais comum e usual torna-se a vaidade.
A vaidade é uma porta aberta a toda exploração de terceiros. Costumo dizer que devemos ter a vaidade de saber utilizar a dos outros em proveito próprio. Ou seja, jamais devemos nos empolgar com elogios a nossa pessoa ou aos nossos desejos, pois outros poderão se aproveitar disso. Quem sabe utilizar a vaidade das pessoas como forma de abrir portas aos seus intentos é bem consciente desse “sentimento” animal.
Os meios de comunicação gozam, em sua grande maioria, de credibilidade junto ao seu público. Só isso seria o bastante para manipular os quereres de seus leitores e seguidores. Essa credibilidade é consequência da confiança nos seus editores e produtores que sempre criam programas que chegam junto aos seus admiradores, atendendo aos seus anseios.
Dessa forma, o mercado torna-se o porta-voz do povo e nos diz o que podemos ter, sentir, vestir, beber, comer ou ser. A vaidade conduz, assim, a sociedade a adotar os costumes e as vogas de cada momento. As marcas e grifes produzidas pela mídia tornam os produtos de preços altos com um único valor agregado: a moda. E como a voz do povo é a voz de Deus, o custo/benefício é satisfeito para os usuários.
Infelizmente, as pessoas pouco se tocam acerca de seu papel social. Mesmo os mais esclarecidos cedem diante da manipulação que os poderosos e detentores de capital impingem à sociedade. Dessa maneira, as etiquetas são altamente valorizadas e isso torna o consumo bastante próximo à insensatez. Quantos lutam pela prestação de serviços exemplares ou fabricam utilidades de forma bastante especial e não conseguem se afirmar no mercado?
É a concorrência desleal que torna proibitivo o uso da mídia com sucesso. Os valores agregados, que tornam mais eficientes os produtos, são, muitas vezes, pouco percebidos pelos consumidores, porque similares são divulgados de forma ostensiva, neutralizando o diferencial dos bons artigos. O resultado é a falência dos empresários de bons produtos que terminam por vender suas ideias aos maus concorrentes.
Podemos concluir que os nossos sentimentos e a nossa apreciação dos valores verdadeiros estão sendo, a cada dia, manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder. É preciso que se valorizem os produtos e serviços levando em conta os valores reais e não aqueles impostos por métodos que só querem vender, e não transferir valor a quem está confiando em seus produtos.
“As grifes vestem bem”, “tal escola é mais conhecida”, “essa marca é a que mais vende” são frases fabricadas pela mídia que vem apenas para impor o querer de grupos, muitas vezes estrangeiros, que simplesmente querem explorar um povo que acredita na honestidade de seus compatriotas.

Ensino privado no Brasil: um cenário para o futuro.


As instituições de ensino superior privadas representam, hoje, mais de 70% das vagas disponíveis no ensino superior no Brasil. É o que apontam dados coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais - Anísio Teixeira (INEP). São ofertadas mais de dois milhões de oportunidades de ingresso em redes particulares, contra 900 mil nas estatais, que representam 30%. No total, são disponibilizadas quatro milhões de vagas. Ou seja, a maior parte da oferta continua nas instituições particulares. Dos alunos que entram no ensino superior, 70% optam por faculdades particulares e 30%vão para as públicas_ dados arredondados.
A escola (Ensino Fundamental e Médio) e a universidade tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social, fazendo com que muitas famílias invistam, cada vez mais, nesse setor. O avanço científico dos últimos anos tem apresentado um novo cenário, principalmente, para a educação universitária brasileira, que deve preparar o aluno para ser um empreendedor e não mais para disputar, simplesmente, uma vaga no mercado de trabalho.
Essa realidade, aliada ao desprestígio das instituições de ensino públicas brasileiras, causada principalmente pela falta de investimentos por parte do Governo, tem feito com que a procura por instituições privadas aumente, alimentando um mercado que cresce vertiginosamente.
Funcionando em horário e local adequados ao seu público e respeitando a exiguidade do tempo dos estudantes de nível superior, a escola de administração privada absorve a maioria do alunado brasileiro, principalmente, por oferecer exercício regular, sem greves, sem falta de professores e com atenção, dedicação e respeito ao discente. Enquanto a escola particular define sua prestação de serviços educacionais, pensando em seu público; as escolas estatais funcionam conforme suas necessidades e nem sempre buscam atender aos interesses do seu público.
Com o aumento da procura, a tendência é que o mercado fique ainda mais concentrado. De acordo com indicadores analisados pela Revista Ensino Superior, a expectativa é de que os grupos educacionais que hoje detêm mais de 30% do mercado da educação privada passem a controlar 50% da oferta até 2012.
Esses grupos econômicos poderosos têm assumido a manutenção de escolas sem visar à prioridade da educação verdadeira. O contingente de escolas que educam mais de 70% dos universitários, a cada dia, tem se restringido a casas de ensino que visam muito mais à profissionalização do ensino do que às descobertas da difícil tarefa do professor de passar o conhecimento aos seus discípulos, tendo em vista a melhor formação acadêmica que trará, em futuro próximo, o desenvolvimento maior para o Brasil e o mundo.

domingo, 25 de julho de 2010

QUANDO A RIQUEZA É DETESTADA


Temos ouvido falar sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México de forma apavorante. Todos lutam agora para fechar a abertura que jorra petróleo de forma incontrolável, já há três meses, sem se conseguir solução, o que vem causando danos terríveis às redondezas do lugar. Fala-se, inclusive, da possibilidade de evacuar o estado da Flórida onde se situam Orlando e Miami.
O causador desse fato foi a abertura de um poço de petróleo na região do pré-sal em uma profundidade aproximada de 1.600m. As sondas penetram cerca de 8.000m abaixo do solo do oceano onde a pressão alcança índices alarmantes de aproximadamente 50.000 libras/polegada que faz jorrar petróleo com vazão de 90.000 barris por dia.
Essa abertura, à quase 10 km da superfície da água, começou a vazar em torno das sondas e está se tornando impossível remediar o problema. O que fazer agora? Caso não sofra solução de continuidade, o desastre para as regiões próximas, já inevitável, poderá atingir outras regiões do planeta através das correntes marinhas.
Os técnicos esperam uma solução natural através de conjecturas pouco seguras, demonstrando claramente que não era esperado o acontecimento danoso. Um desastre dessa monta é divulgado de forma tímida, mas é divulgado. Imaginem quantos pequenos eventos maléficos são provocados pelo homem sem divulgação?
Infelizmente o poder econômico junto com a ganância e a vaidade humana, que não têm fim, irão sempre causar transtornos aos habitantes de nosso planeta. Onde estão os salvadores da Terra que permitem essas sondagens especulativas que transcendem o conhecimento dos homens? A estúpida pressão, 8 km abaixo do solo marinho, seria esperada, pois uma contenção dessa espessura não seria à toa.
O que se há de comentar ainda é a pouca necessidade, atualmente, de petróleo. Cosméticos, tintas, combustíveis, etc., já podem ser adquiridos por meio de outras fontes que não sejam fósseis. Fala-se hoje em engenhocas que funcionariam com magnetismo, sem necessidade de abastecimento energético. Isso é pouco provável, devem estar sofismando com o princípio da conservação de energia.
Pouco se tem falado do progresso nas tentativas de fechar o vazamento do poço. Os EUA não querem divulgar nada enquanto não houver progresso nesse intento. Como sabemos o Estado americano prima em defender as empresas privadas e não quer imputar culpas para não desgastar seu governo e os princípios que campeiam o respeito à cidadania.
Sendo assim, ficamos sem notícias de como vão os trabalhos de obturação da fenda provocadora do desastre ecológico. Escrevemos esses comentários durante o vazio noticioso de alguns dias. Esperamos que esteja próximo o final dessa epopeia que, se durar mais de dezoito meses, poderá tornar a vida insuportável em muitas regiões do planeta.
Os gases oriundos da evaporação, a partir do petróleo em suspensão, tornarão o ar impregnado de substâncias tóxicas que causará grande mal ao homem e, provavelmente, aos seus descendentes por vários anos. Hoje se sabe que alteramos nossos genes durante as nossas vidas e a intoxicação certamente trará terríveis adulterações genéticas.
As últimas notícias, após um hiato de 10 dias, começam a mostrar uma luz no fim do túnel. Informam nos noticiários que “estão conseguindo conter esse jorro de petróleo sem controle”. Pelo visto a própria natureza deve estar acudindo a essa demanda, e, como sempre, o homem aparece como salvador das intempéries que ocorrem, quando vitorioso, como se ele não fosse o causador do acontecido.
O Brasil já está matando e morrendo pelo pré-sal do sudeste. Oxalá que o conhecimento humano já tenha atingido o nível suficiente quando da exploração desse minério. Isso evitará outra hecatombe mundial como poderia ter sido essa comentada. Esperamos que antes da publicação deste texto o problema do Golfo do México já esteja solucionado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A HIPOCRISIA SOCIAL

Recebi, no início de julho, um e-mail que comentava sobre o absurdo da cultura chinesa que dispõe, nos supermercados, entre os gêneros alimentícios, de corpos de bebês ou fetos mortos em conserva como se fossem palmito, aspargo, etc. Nesse e-mail são feitas ilustrações dessas “iguarias”, inclusive sendo degustadas.
Custa em torno de U$60.00, cada unidade, em hospitais ou supermercados que atendem a grande demanda para fazer churrascos. A finalidade da mensagem é convocar a humanidade para uma insurreição contra esse costume Chinês. A China sofreu muita fome com a reprodução humana desenfreada nos tempos idos. Não existia alimento para a crescente multiplicação da espécie.
Na Indonésia e Ásia oriental, é costume comer também espécies peçonhentas como escorpião, baratas, aranhas, etc. Para um povo que passa fome, alimentar-se de bebês mortos, não assassinados, fique bem claro, não é nada demais. A cultura de um povo assusta outros povos que não possuíram a mesma evolução no tempo. Não vamos jamais aceitar esse costume Chinês.
A nossa cultura abomina essa atitude chinesa e tenho certeza de que jamais seremos invadidos por essas conservas importadas. O fato é tão sério que a reação das pessoas é repugnar esse alimento pouco comum. Na verdade, deve-se repugnar algo sujo que cause nojo, não o diferente e limpo como é o caso do bebê. Apenas para mostrar que o choque cultural torna torpe o pensamento.

Por outro lado, é sabido que, na África, cerca de 20 países estão na maior miséria. Crianças, adolescentes e adultos morrem de fome. Etiópia, Guiné-Bissau, Bangladesh, Senegal sofrem o horror da fome, só para citar alguns países. Que faz o mundo por isso?
Sabe-se que sete por cento do PIB dos países ricos seriam suficientes para banir a miséria no planeta. Quem está divulgando e conclamando a humanidade a expurgar a fome do nosso mundo? Ninguém. Enviem e-mails para toda a humanidade exigindo essa atitude! Tenho certeza de que campanhas sérias com esse objetivo seriam vitoriosas.
Talvez isso não seja interessante para os países ricos, que exploram o continente africano, rico em minérios e espécies que facilmente são negociados, devido à necessidade e ignorância do povo. Porém, outros povos, talvez não tão ricos, atendam a apelos desse tipo. Pesquisem, na internet, o flagelo dos povos que vivem nesses países, miseravelmente. Vejam as fotos e realmente se toquem de quão cruel tem sido a humanidade para com seus semelhantes.
A necessidade alimentar é tão grande que crianças disputam território com os urubus. Alguém fotografou essa disputa e deu legenda como se o urubu estivesse no aguardo da morte da criança para se alimentar. Lembramos que essa ave alimenta-se de carniça, assim, alguém faminto, mesmo que esteja para morrer, jamais atrairia um urubu.
Mães com esqueletos vivos no colo representam muito bem o que seja uma repugnância para a humanidade. Alimentar-se de fetos ou bebês mortos naturalmente é um escândalo muito pequeno quando comparado com os brados de crianças que querem viver e não lhes dão oportunidade.

O desenvolvimento da humanidade veio da união de cérebros cooperativos que conseguiram desenvolver grandes projetos. Quantas ideias não têm sido perdidas com a morte desses nossos irmãos? Alimentando e educando a humanidade de forma indistinta estaremos alimentando o celeiro de atividades que trazem o bem para todos nós.
Basta de hipocrisia, vamos cuidar daqueles que prosperam e crescem e não criticar costumes de culturas que nenhum mal causa, pelo contrário, valoriza o corpo humano, “tomai e comei, isto é o meu corpo” – como disse o próprio Cristo, na Grande Ceia – e não atirai aos vermes ou carniceiros seus pequeninos mortos.