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domingo, 25 de julho de 2010

QUANDO A RIQUEZA É DETESTADA


Temos ouvido falar sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México de forma apavorante. Todos lutam agora para fechar a abertura que jorra petróleo de forma incontrolável, já há três meses, sem se conseguir solução, o que vem causando danos terríveis às redondezas do lugar. Fala-se, inclusive, da possibilidade de evacuar o estado da Flórida onde se situam Orlando e Miami.
O causador desse fato foi a abertura de um poço de petróleo na região do pré-sal em uma profundidade aproximada de 1.600m. As sondas penetram cerca de 8.000m abaixo do solo do oceano onde a pressão alcança índices alarmantes de aproximadamente 50.000 libras/polegada que faz jorrar petróleo com vazão de 90.000 barris por dia.
Essa abertura, à quase 10 km da superfície da água, começou a vazar em torno das sondas e está se tornando impossível remediar o problema. O que fazer agora? Caso não sofra solução de continuidade, o desastre para as regiões próximas, já inevitável, poderá atingir outras regiões do planeta através das correntes marinhas.
Os técnicos esperam uma solução natural através de conjecturas pouco seguras, demonstrando claramente que não era esperado o acontecimento danoso. Um desastre dessa monta é divulgado de forma tímida, mas é divulgado. Imaginem quantos pequenos eventos maléficos são provocados pelo homem sem divulgação?
Infelizmente o poder econômico junto com a ganância e a vaidade humana, que não têm fim, irão sempre causar transtornos aos habitantes de nosso planeta. Onde estão os salvadores da Terra que permitem essas sondagens especulativas que transcendem o conhecimento dos homens? A estúpida pressão, 8 km abaixo do solo marinho, seria esperada, pois uma contenção dessa espessura não seria à toa.
O que se há de comentar ainda é a pouca necessidade, atualmente, de petróleo. Cosméticos, tintas, combustíveis, etc., já podem ser adquiridos por meio de outras fontes que não sejam fósseis. Fala-se hoje em engenhocas que funcionariam com magnetismo, sem necessidade de abastecimento energético. Isso é pouco provável, devem estar sofismando com o princípio da conservação de energia.
Pouco se tem falado do progresso nas tentativas de fechar o vazamento do poço. Os EUA não querem divulgar nada enquanto não houver progresso nesse intento. Como sabemos o Estado americano prima em defender as empresas privadas e não quer imputar culpas para não desgastar seu governo e os princípios que campeiam o respeito à cidadania.
Sendo assim, ficamos sem notícias de como vão os trabalhos de obturação da fenda provocadora do desastre ecológico. Escrevemos esses comentários durante o vazio noticioso de alguns dias. Esperamos que esteja próximo o final dessa epopeia que, se durar mais de dezoito meses, poderá tornar a vida insuportável em muitas regiões do planeta.
Os gases oriundos da evaporação, a partir do petróleo em suspensão, tornarão o ar impregnado de substâncias tóxicas que causará grande mal ao homem e, provavelmente, aos seus descendentes por vários anos. Hoje se sabe que alteramos nossos genes durante as nossas vidas e a intoxicação certamente trará terríveis adulterações genéticas.
As últimas notícias, após um hiato de 10 dias, começam a mostrar uma luz no fim do túnel. Informam nos noticiários que “estão conseguindo conter esse jorro de petróleo sem controle”. Pelo visto a própria natureza deve estar acudindo a essa demanda, e, como sempre, o homem aparece como salvador das intempéries que ocorrem, quando vitorioso, como se ele não fosse o causador do acontecido.
O Brasil já está matando e morrendo pelo pré-sal do sudeste. Oxalá que o conhecimento humano já tenha atingido o nível suficiente quando da exploração desse minério. Isso evitará outra hecatombe mundial como poderia ter sido essa comentada. Esperamos que antes da publicação deste texto o problema do Golfo do México já esteja solucionado.

Um comentário:

  1. Dr. Wilson, enviei para seu e-mail três imagens. Se o sr. gostar, é só substituir pelo banner que está no topo do blog.

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