As novidades que chegam de pessoas de diversos países ou cidades brasileiras ilustram e enriquecem os internautas que não se cansam de ficar, horas a fio, no mundo cibernético. É uma forma de atualizar os conhecimentos, conhecer costumes, enfim, estar conectado com o atual.
Acontece, no entanto, que, a cada dia, existe um número fabuloso de pessoas que têm vivido muito mais contatos virtuais do que com sua comunidade, desde os amigos até parentes bem próximos como irmãos e pais. Aí a coisa muda de figura, você não é mais o dono de si mesmo e as fantasias começam a acontecer sem as construções ou indagações que alimentam o viver em sociedade.
Seria bem melhor prover o nosso meio, participando de perto das necessidades de nossa comunidade e colaborando para supri-las, no mínimo, como gratidão por ter recebido da mesma, através de nossos antepassados, tantos benefícios sociais e tecnológicos. Cada pessoa é responsável por uma fatia de atividade que venha a beneficiar a humanidade, seu trabalho, isolado na pesquisa ou envolvido com o público, sempre terá boa recepção da sociedade.
Observamos que muitas das redes sociais têm criado intrigas entre seus participantes, denotando o desgaste pela exacerbação das intimidades nos contatos. Qual o medo dos jovens de ensaiarem o corpo a corpo em seu meio? Perigoso é o desnudamento de seu ser que dar oportunidade aos malfazejos da rede, que vivem como hienas a espreitar as sobras de contatos ingênuos, de se aproveitarem, provocando consequências terríveis.
Nada de novo existe abaixo do céu. Bons ou maus costumes sempre existirão por toda parte. Encontros com câmera aberta que mostra qualquer intimidade de grupos conectados compõem o mais novo site social criado por um russo que tem se tornado milionário com essa façanha. Não sei até que ponto esse desnudar da intimidade alheia vem ajudar o progresso da humanidade.
O desejo mundial por aquilo que não presta só vem afirmar que a falta de cidadania não é comportamento comum apenas dos países pobres. As grandes nações têm prestigiado esses sites que não dizem para que vieram e enriquecem grupos só preparados para ganhar dinheiro de forma inconsequente. Onde estão os mediadores da utilização da internet para o bem da humanidade?
Amanhã, talvez seja tarde demais para por um freio nesses programas descabidos. Infelizmente, os mentores dessas novidades são elogiados, o que incentiva outros gênios à criação do mal. Melhor seria o desenvolvimento de programas que levassem o ser humano às grandes epopéias do saber.
Só a educação construtiva levará os homens ao Éden da sabedoria que verdadeiramente dará o prazer inequívoco que deve pertencer a todos. Essa educação terá que ser partilhada pessoalmente.
Utilizar parte do tempo que dispomos na pesquisa e no estudo do desenvolvimento de nosso cérebro, buscando novos horizontes para as pessoas, tornar-nos-á, cada vez mais, ternos para a humanidade. O egoísmo do prazer às escondidas, nas simulações virtuais, afastará, a cada dia, o homem da verdade de ser.