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sábado, 20 de novembro de 2010

NACIONALIZAÇÃO: NEM EMPREGO “E NEM” CIÊNCIA

A globalização, hoje, é impossível não ser adotada. Tudo caminha para a interação entre as comunidades e um servir a todos torna o evento mais econômico e inclusivo. Com esse pensamento, a sociedade nordestina acha uma dádiva todas as diretrizes adotadas, atualmente, em nosso país, que contemplam toda uma nação. Puro engano.
A nacionalização dos concursos públicos, por exemplo, simplesmente tem o fito de abrir espaço para as cidades mais desenvolvidas, cujos habitantes concorrem às vagas abertas no nordeste nos diversos setores de atividades profissionais e do conhecimento e as ocupam.
Os concursos para magistério, nas escolas federais, podem aprovar candidatos de todo o país e, naturalmente, é mais fácil a aprovação dos candidatos do sudeste do que os nordestinos, para ensinarem nas escolas do norte-nordeste. Assim outras capitais, que não de nossa região, são beneficiadas com o emprego.
As indústrias abertas em Pernambuco, sem um preparo antecipado da mão-de-obra, também têm aberto espaço para o emprego de emigrantes de outros estados, que já possuem maior contingente de mão-de-obra especializada. E palmas para os projetos sem planejamento.
Poderíamos citar vários exemplos de globalização que têm sido inconsequentes graças ao querer aparecer político em setores que incluem não apenas tecnologia, mas, e principalmente, o desenvolvimento social, que vem da oportunidade de emprego e saber do povo. É um absurdo ninguém da Câmara e/ou do Senado, representantes do norte e nordeste, por exemplo, não apontar para esse equívoco que tem creditado aos povos do centro-sudeste oportunidades profissionais em detrimento do nosso povo.
A nacionalização das vagas, nas escolas superiores do Governo, também tem tirado oportunidades dos habitantes das cidades ingressarem nas universidades do lugar, pois as vagas são ocupadas por estudantes de outras cidades mais prósperas. Pessoas de Rio/São Paulo buscam Salvador/Recife que, por sua vez, buscam Feira de Santana/Caruaru, e assim por adiante. Mas isso ainda é pouco. Como piorar?
Vem o famigerado ENEM nacional. Num país continente, se quer fazer um exame nacional, com as mesmas questões, no mesmo dia, na mesma hora; só não deu para ser com os mesmos fiscais. Isso é isonomia. Que nada! Isonomia, no saber, é tratar de forma igual os assemelhados. E quem disse que povos que vivem há mais de 2000 km de distância comungam os mesmos saberes, de mesmos costumes de mesmo vocabulário, etc. etc.
Afora a diversidade citada acima, o exame é redigido por professores de uma dada cidade sem a participação de todo o contingente de professores representantes das diversas regiões do Brasil. Redação com os vícios de linguagem do lugar, com questões comuns às avaliações e aos ensinamentos dos cursinhos locais, com nenhuma preocupação em relação às especificidades das cidades onde serão aplicadas as provas.
Naturalmente o imprimir, pelo menos, de 4.000.000 (quatro milhões) de provas deve levar a equívocos na formatação da mesma que é ainda violentada na entrega aos longínquos lugares. Os preços concorrendo, a exiguidade de tempo, a confiança e a credibilidade esperadas fomentam os erros que sempre existirão, com certeza, em cada uma das edições do ENEM.
Errar é humano. Não se deve persistir no erro. Vamos deixar que o povo de cada região cuide de seus ENEMs e, dessa forma, as oportunidades de estudar em universidades de sua cidade aumente. Promova o governo outra forma de contemplar os habitantes das cidades mais desenvolvidas e não venha tirar das pessoas sua cultura, seus direitos ao aperfeiçoamento intelectual e ao emprego.

2 comentários:

  1. moça do forte de pau amarelo22 de novembro de 2010 às 04:47

    Hà de se separar o joio do trigo:parecendo tudo perdido há um grande farol a ser desenvolvido no NE,o do conhecimento.Têm males que vêem para o bem.Esta nacionalização do ensino de certa forma quer queira ou não vai levar forçosamente as instituições de ensino nordestinas a adotarem melhores padrões de ensino-aprendizagem e criar melhores oportunidades;apesar desse e outros lapsos do atual governo em relação à educação,em contrapartida houve investimento na área técnica e superior, ao menos no interior de PE(vide Caruaru),mas infelizmente deram-se os primeiros passos saltando etapas indispensáveis...se continuar ignorando o ensino médio(principalmente na escola pública) e o acesso direto deste às universidades...realmente estão querendo nos dar a pecha de aculturados.Adotaram-se em vários estados do NE o Travessia(telecurso,cada estado tem um nome diferente para esta praga)a toque de caixa para corrigir a defasagem n ensino médio e socorrer quem não tem ficha 19.Isto é um desserviço a população nordestina(consultem a GREA por aqui na cidade universitária,Dêem uma pesquisada e verão que mais do que 70% dos alunos de cada turma desistem do projeto antes da conclusão).Enquanto isso as fundações só faturando dos atuais governos nordestinos(e vice-versa-vide bilogia-relação intrínseca hospedeiro/parasita).Isso é serviço típico de moleques,tapa-se o sol com a peneira...,empurra-se a educação com o umbigo por aqui e não com a mentalidade de homens sapiens.Melhorem a qualidade de ensino!Coisa mais feia privilegiar as minorias...TOMEM VERGONHA,RAPAZES!

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  2. Bem, E NEM emprego E NEM nada.

    Resolvi por curiosidade e para ter argumentos com minha filha que presta vestibular, fazer o famigerado ENEM e saber porque falam tão mal do bichin...(nordestinado).

    Pra começo de conversa a hora é de Brasília, ja acordei cedo demais para dar fome para almoçar cedo demais. Chegar no local de prova as 11:00 h. Não podia levar celular, borracha, lapis grafite, papel, relógio, não falava nada de rapadura. Mas por medo me restringi a uma quartinha de água ( modelo atual de plástico).

    Cumpade... o negócio é demasiadamente arrochado.
    180 questões. 3 minutos para cada.

    Aí concordo com o Mestre Barreto... provinha tendenciosa e maliciosa. Basta verificar as provas de história e Geografia elaboradas para o eixo sul.

    As perguntas de física, química e matemática repletas de casca de banana. uma comissão de professores do Objetivo passaram 6 horas para responder a prova do segundo dia e ainda erraram duas.

    A pressão no fera, tempo, calor, número incomensurável de perguntas a incerteza do gabarito e a famigerada prova amarela repleta de erros.

    O ENEM é uma caricatura nacional de um governo mediocre de uma ditadura de faz de conta.

    "Nunca neste país" um ministro fez tanta besteira. Começando pela fraude de 2009, em um país descente ele estaria preso, não teria a chance de errar de novo.

    Até onde?

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