O contrato matrimonial não tem que possuir todas as suas cláusulas por escrito, pois os grandes pactos conjugais, não raramente, acontecem até sem a plena consciência dos acordados. São os segredos do matrimônio que, geralmente, provocam a decadência do mesmo.
Muitos casamentos ocorrem devido a uma necessidade que não teria de ser suprida, obrigatoriamente, por eles. A necessidade de sair de casa, buscar a independência, querer ter um filho e querer alguém para cuidar de si são alguns dos diversos motivos que não incluem o querer bem, o companheirismo, a busca de horizontes comuns a dois, etc. e, muitas vezes, levam duas pessoas a uma união em busca da célula familiar.
A traição conjugal pode ocorrer de duas formas distintas. A primeira, e talvez a mais comum, é aquela que acontece sem premeditação. O desconhecimento de cada um dos elementos do casal, de como funciona a cabeça do outro, levará por certo cada um a exercer atitudes aparentemente regulares, mas, que têm um significado danoso para o outro.
O território que cada um reservou para si é naturalmente desconhecido do outro. Esse território, frequentemente, acontece como uma réplica daquele do pai ou da mãe que não foi institucionalizado socialmente e, dessa forma, é difícil de ser detectado pelo par. Comportamento junto a terceiros e atitudes sociais esperadas do consorte constituem-se como território, e não deve ser violentado ou invadido por outros que assim o fazem por culpa da cara metade que não respeita esse pensar do cônjuge. Aí existe uma pálida traição.
A segunda maneira de acontecer a traição é através do reflexo do casamento por motivos alheios aos princípios que o norteiam, aqueles citados anteriormente. Assim, a busca por aventuras amorosas que completem a necessidade ou a ausência do lar, para fazer cumprir os anseios que um dia motivaram a saída de casa na busca da liberdade para visitar amigas (os) a qualquer momento ou para desfrutar de compras ou passeios com parceiras (os) dos tempos anteriores ao casório, sem o convite ao cônjuge, pode ser considerada traição afetiva, pois não contempla o companheirismo que deve existir entre casados.
Afora essas traições afetivas, podem acontecer também aquelas que são mais ousadas, pois são altamente premeditadas. O aproveitamento de demandas financeiras para beneficiar a terceiros ou mesmo à própria vaidade e a quebra de sigilos de negócios ou intimidades, que deveriam apenas circular entre os cônjuges, com o intuito de beneficiar a terceiros e consequentemente a si mesmo constituem-se talvez a maior infidelidade. Esse formato de ação covarde testemunha a atitude destruidora que não apenas demonstra um descompromisso subjetivo como também uma falha de caráter que não tem nada a ver com “paixão afetiva” a terceiros. Essa traição é irremediável, deve ser erradicada de logo.
Quando se fala naturalmente em traição, é lembrada a mais popularizada pela sociedade: a afetuosa ou carnal. A vaidade e o sexo, como sempre, condicionam as atitudes dos humanos que procuram sempre agregar os seus feitos às respostas que contemplam as conquistas afetivas e as do poder. Infelizmente não chega a todos a grande oportunidade de desenvolvimento do cérebro que sabe descobrir muito maior felicidade do que aquela que simplesmente dota todos os seres que pouco pensam e vivem instintivamente.
:) Mto interessanteee!!
ResponderExcluirCasamento só existe mesmo é nas idéias,quando estas se casam não há traição mesmo que esta ocorra no sentido de ter outros parceiros.O que é traição? Jesus, ao atrair seus discípulos,como pessoa humana sabia que a atração faz parte de um processo de conquista que não garante que não venha a desenvolver a reação contrária,traição e mesmo assim o adotou como membro consciente disso.Então ,quando diz-se que Judas o traiu com um "ósculo",tal pessoa compartilhava das idéias cristãs e se voltou contra elas pois não identificou-se,um direito dele,o dinheiro foi apenas o pretexto para que traisse homicidamente o mentor das idéias.
ResponderExcluirMas a traição na Instituição Casamento propriamente dita já é diferente,pois em hipótese nenhuma é exclusivamente de somente um,mas ambas as partes têm responsabilidade em maior ou menor grau quando o casal por diversas razões,como as expostas pelo blogger,compartilham-se, porém suas idéias não casam-se;e O casar verdadeiro deve contemplar as idéias,fora disso é uma instituição falida como dizem por aí.O casamento civil,que caiu em decrédito em nossos dias, deve ocorrer no mínimo como complemento disso,jamais antes de uma boa convivência e troca de idéias.Pois além da traição ainda há outras coisitas e a própria rotina e gente que não se adapta ao cotidiano:Todo dia ela faz tudo sempre igual:me sacode às seis horas da manhã,me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã
Todo dia eu só penso em poder parar;meio-dia eu só penso em dizer não,depois penso na vida pra levar E me calo com a boca de feijão(Chico Buarque)...e por aí vai.
Excelente texto, parabéns!
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