O mesmo que ocorreu com as lâmpadas incandescentes, aconteceu com o nylon, era tão forte que uma meia era capaz de guinchar um automóvel sem se romper. Como durava muito, a química foi violentada em busca do aumento do consumo. Anos e mais anos de pesquisas em “New York” e “LONdres” foram derrubados para tornar o “NYLON” fraco! A gula dos lucros não ficou por aí. As impressoras, também duravam bastante, então receberam um “chip” para travar o funcionamento da máquina em prazo determinado. Ainda, para aumentar o consumo da tinta, obriga-se a limpeza automática dos cabeçotes que consomem o produto como se fosse a impressão de algumas páginas.
Para não deixar de citar equipamentos de ponta, os iPods e os iFones possuíam baterias cujas vidas eram de dezoito meses e não podiam ser trocadas. O movimento dos consumidores obrigou os fabricantes a estenderem esse prazo para dois anos. Hoje uma infinidade de produtos e serviços corre atrás do crescer por crescer não para satisfazer as necessidades da sociedade, mas, principalmente, para não parar o consumo cruel. Denomino esse consumo de cruel porque ele depende não das necessidades dos usuários, mas sim, da publicidade, da obsolescência programada e do crédito.
O mais grave dessa história é a universalidade desse formato de “ganhar dinheiro”, pois, aos poucos, chegará a outros serviços cujo resultado atinge pessoalmente o cidadão e o prejudicará de forma inequívoca e irremediável. A educação e a saúde. Na educação, freando a formação de mentes geradoras de bens de consumo tão necessários às classes produtoras. Infelizmente, aqui no Brasil, já se ensaia esse triste resultado com a nacionalização dos cursos superiores, inclusive com uma série de componentes curriculares sendo dados a distância, mesmo em cursos regulares de duração padrão.
Na saúde, a utilização de “máquinas” cada vez mais sofisticadas e pouco pesquisadas. Essa pouca pesquisa acerca de sua influência sobre os usuários somada ao uso de drogas das quais não se conhece os efeitos colaterais (como exemplo o “Viagra” criado para hipertensão pulmonar, e hoje também utilizado para melhora da ereção peniana, descoberto esse efeito por acaso), podem levar o paciente a perdas irremediáveis. Afora a pressa na formação dos profissionais de saúde já comentada no parágrafo anterior.
Assim, a vida futura pode se tornar uma vítima desses cartéis quando, usando processos com obsolescência programada, atingirem de forma despudorada a área da educação e da saúde.
Estimado Wilson.
ResponderExcluirSuas abordagens sempre são muito inteligentes.
Obsolescência programada é coisa do sistema capitalista,faz parte do modelo.
Enquanto isto se resume a produtos, nada contra pois, parto do presuposto que o consumidor terá sempre a palavra final ao decidir-se por este ou aquele produto, este ou aquele modelo.
O que vejo mais grave é a clivagem entre cartel e obsolescência programada.
Este monstro economico-social, faz de nós consumidores, meros eleitores entre falsas opções.
Só nos sobra o "sim, escolho entre as opções que já estão eleitas"
Você pensa que escolheu entre as cores de uma camisa. Ledo engano, esta escolha já fora feita na alemanha pelo cartel das industrias químicas produtoras dos pigmentos há pelo menos 3 anos atrás.
O que mais me ocupa o pensamento e atitudes é no processo de formação humana:
Estão produzindo, via sistema de aprendizagem e formação o graduado já obsoleto.
O sistema privado de formação, ensino e capacitação,tem o dever de criar o CARTEL DO BEM e oferecer à nação uma proposta inovadora, que permita a evolução permanente da mente criativa dos graduados em seus campos de atuação.
Isto fará a diferença no posicionamento do país ante a competitividade global.
É um tremendo desafio e uma desafiadora oportunidade.
Olá, Wilson,
ResponderExcluirVoce nos traz um assunto para o qual a maioria das pessoas ainda não se deu conta. Sempre reclamamos quando um equipamento apresenta pane antes do que esperávamos, mas nunca fomos capazes de associar essa 'pane prematura' à obsolescencia programada, sobre a qual voce discorre. Sequer imaginávamos isso existir.
No passado, a briga da concorrencia centrava-se na qualidade e durabilidade dos produtos. Os cartéis eram ainda 'inocentes', se asim se pode classificá-los. Agora, incorporando a obseolescencia programada ao seu processo produtivo, eles nos colocam em uma situação de absoluta impotencia pois, paralelamente, encareceram bastante as peças de reposição/mão de obra levando-nos a adquirir novos equipamentos, em substituição àqueles precocemente danificados, bem antes do que planejávamos.
Por enquanto, os fabricantes se detêm nos equipamentos eletro-eletronicos mas, ao enveredarem para os ramos da saúde e da educação, mexendo com a vida e a formação da gente, pode ser que surja algum tipo de punição para quem pratica a obsolescencia programada. Não há CDC que seja capaz de nos defender de tamanha ganancia.
Meu abraço,
Paulo Marenga
Obsolescência programada é coisa histórica... estava assistindo um documentário sobre Pearl Harbor ontem e constatei o que gente inteligente já dizia : o presidente Roosevelt sabia antecipadamente deste ataque naquela época e calou-se em nome do jogo capitalista para obrigar seus soldados à peleja. Tudo por conta da indústria assassina que fabricavam aviões defeituosos para desabarem durante a 2ª Guerra premeditamente para que a demora da guerra fosse maior, e com isto providenciar novos aviões com parafusos defeituosos que despencavam e cada vez tinham que solicitar mais e mais encomendas... O Roosevelt sabia porque caíam os aviões dos soldados compatriotas, e "omissamente" era assassino de seus próprios soldados para obter lucro. Mais uma malandragem... essa de um político obsoleto da História dos EUA !
ResponderExcluirE, hoje , a economia mundial ainda sofrendo efeitos da crise se apega de pernas bambas ao mais genérico dos cartéis e ecologicamente insustentável, contudo lucrativo, e o fazemos mesmo sabendo dos riscos representados pelos ching lings e dos impostos.Pergunta, Dr., a China como ela atingiu o segundo lugar na economia mundial este ano. Quem ainda não aderiu a esta filosofia do ruim, bonito e barato? Os EUA que se cuide!É tudo de plástico...Mas armamento não! Na China, a economia cresce a proporção de sua população espalhada pelo mundo todo! Futuramente, só falta aparecer o "Hitler" dos chineses, O judeu( boa parte estão nos EUA), e não mais o alemão...credo! O reverso da moeda!
Ihhhhh...Dr. Barretto, para me fazer rir, por esses dias fui comprar um pegnoir numa loja feminina de peças íntimas e me deparei com o mais ecologicamente sustentável em termos de sexo sem compromisso na atualidade : ao pagar a conta a vendedora disse que tinha direito a um brinde da loja e tive que escolher um balão desses de festas para estourar? Adivinha?! Uma camisinha longa-vida ( produto de sexy shopping enrustida dentro dessas lojas femininas!)cheia de recursos na textura, na extensão, na estimulação e esterelizável segundo a vendedora. A moça da loja toda desinibida me empurrando o brinde depois das explicações: - toma, aproveita que é teu... se fosse pagar era 20 reais!
Sai toda desconcertada deste lugar sem saber o que fazer com o "negócio"... e meditando: ATÉ nas relações sexuais dá para economizar sustentavelmente sem ser materialmente obsoleto. Aprenderam a fazer na cama o que deveriam primordialmente aprender nas relações sociais político-econômicas que por andarem superficiais precisam ao menos de racionalidade.INVERSÃO DE VALORES.Abraço, a leitora do fte depamarelo
É um imenso prazer ler seus textos.