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domingo, 25 de março de 2012

RECICLAR E PREMIAR COM TABLET, MELHOR!

Agora é moda o uso do “tablet”. As escolas presenteiam seus alunos ou exigem a compra desses equipamentos junto ao material escolar e até o governo distribui para seus professores o evento tecnológico que não funciona sozinho. O “tablet” é, em sua essência, um leitor de livros que se tem utilizado como navegador de internet. A falta de memória e outros recursos que permitem o uso de determinados programas fazem o “tablet” acontecer com essas finalidades quase exclusivas.

Não vamos aqui discutir a validade ou não do equipo eletrônico no complexo processo de ensino/aprendizagem no nível médio ou superior, mas vamos questionar a distribuição dessa tecnologia, junto aos seus professores, pelo Estado.

Temos acompanhado as críticas aos governos por não patrocinarem programas de reciclagem e de pós-graduação para melhoria do desempenho didático de seus professores. Inclusive é baixíssimo o percentual de docentes com formação pedagógica, algo de suma importância para que o professor realize o seu papel de transmitir o conhecimento.

Os progressos na educação formal que têm acontecido graças aos novos usos da tecnologia não podem ser negados, mas não adianta você dispor da ferramenta e não a utilizar em todo o seu potencial. Cursos de como utilizar essas “novidades” terão de existir para que a fragilidade do uso, por desconhecimento de suas aplicações, não as tornem obsoletas em pouco tempo. Isso é válido tanto para o professor como para o aluno.

Especificamente, o professor nunca deve esquecer que formas tradicionais de aprendizado guardam particularidades que a velocidade da tecnologia (mal utilizada), muitas vezes, não permite aos seus alunos percebê-las. Essas particularidades ajudam na resolução de problemas pouco comuns que não têm a solução no bojo do aparato tecnológico. Assim, jamais as doutrinas podem ser relegadas ao segundo plano, pois nelas estão as bases filosóficas para as tomadas de decisão diferenciadas.

A tecnologia mal utilizada, sem a preparação de cada aula, e o apelo para “o tudo está pronto” têm levado os mestres a proferirem aulas iguais, maçantes e sem a participação dos discentes. Até a bibliografia é esquecida, colocando-se, nos portais do aluno, apresentações e textos utilizados durante as aulas. Não se pode exigir potência (trabalho em pouco tempo) no ensino. O poder de absorção do conhecimento, pelo alunado, requer regras claras para os conceitos ensinados, tempo para maturação desses novos conhecimentos e diálogo sobre o assunto com os professores e seus pares.

Educação acontece em mão dupla. Sem o despertar do interesse para que o binômio aluno-professor trabalhe em harmonia, dificilmente as informações serão aprendidas.

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