domingo, 9 de junho de 2013
GOVERNO QUER DOAÇÕES PARA UNIVERSIDADES PÚBLICAS
O
Governo quer estimular doações para as universidades públicas, está achando
pouco o investimento que tantos educadores, através de suas IES (Instituições
de Ensino Superior), têm feito em prol da educação superior. Essas IES,
normalmente de poucos recursos, vivem sendo agredidas, de um lado pelos grandes
complexos educacionais forasteiros e do outro, pelo MEC que, a cada dia, exige
mais e mais sofisticação na tarefa ensino-aprendizagem, simplesmente para, no
ranking das melhores escolas, desclassificá-las em prol das federais.
Afora
os impostos que incluem salário educação, agora o governo quer dividir sua
responsabilidade de educar com a sociedade! As disciplinas que precisam de
professores, as mais tecnológicas, são colocadas como eletivas, para justificar
o não oferecimento nos períodos, pois pouco quer investir no quadro docente. Não
busca, em outras capitais, professores com capacidade de assumir essas áreas
carentes. Com edificações universitárias necessitando de reparos e laboratórios
obsoletos, as federais vivem da fama do passado, quando não existiam
concorrentes.
Campanhas
de incentivo à escola de administração privada deveriam pautar a propaganda do
governo que tanto investe no voto. Formar professores incentivando-os com
melhores salários e bolsas para aperfeiçoamento deveria ser a tônica do MEC, e
não o faz de conta dos ENEM e ENAD que consomem fortunas e não dizem por que
existem. Sempre cheios de erros e contradições, roubam oportunidades dos
estudantes das cidades, sede de universidades, em prol da concorrência dos
alunos de outras cidades distantes e mais desenvolvidas.
As
universidades públicas deveriam criar vergonha e produzir pesquisas que dessem
resultados objetivos para as indústrias e serviços que obviamente dariam saldos
financeiros para elas. Mendigar doações dos cidadãos que já vivem cheios de
impostos e sofrem com a falta de serviços de saúde, segurança, transportes e
educação é pedir demais! Roubar o tempo dos parlamentares para objetivos
fugazes é abusar dos gastos com esses legisladores que já pouco fazem pela
educação!
As
verbas governamentais não estão, muitas vezes, atingindo seus objetivos pelos
desvios que sofrem no percurso. Imaginem doações vindas da sociedade e levadas
diretamente à escola, como querem os criadores do evento. Exemplos de
universidades do mundo não servem para países cujos dirigentes não respeitam a
causa pública!
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