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No ocaso da vida encontramos muitas vezes as paixões de nossas vidas.
Agora, com a têmpera dos anos passados, quão diferente estão!
Seríamos capazes de nos apaixonar novamente?
Esquecemos, nesses momentos, que o essencial ou
o grande motivo de nossa paixão foi o encontro de nossas mentes,
Que se desenvolvem até hoje e comandam os nossos corpos
Que se fazem ponte entre nós e os outros seres.
Esquecemos que, naquele corpo, habita a mesma pessoa de anos passados,
Que ri, que chora e que possui os mesmos sentimentos de outrora.
Realmente existe ali, repousando naquele corpo cheio de dores e
marcas que o tempo deixou, uma cabeça cheia de cérebro,
Pensando que ainda revive os bons tempos de quimeras,
envolvendo a realidade que indicava o acontecer de hoje.
Gostamos da juventude, por tudo que vivemos em nossa própria companhia.
Nos acostumamos com o velho corpo sob uma mente quase sem desgaste.
Assim, o lapso de tempo para o reencontro fez quedar todas as “visões”
Que acontecem hoje comparadas àquelas do passado.
Quando alongamos esse nosso encontro, aos poucos, as formas de expressão,
os gestos e todo o continuar do debulhar dos tempos distantes
vão recompondo aquela pessoa que, a princípio, tão diferente concebemos.
As diferenças notadas, aos poucos, vão perdendo o contraste e
as marcas do tempo vão abrandando a cada minuto que passa,
como se uma esponja passasse a desmanchar as nítidas rugas vividas.
E encontramos novamente o passado belo, vencendo o tempo e
ressurgindo daquele corpo torpe agora com mais vivência,
traduzida pela menor voluntariedade que esbarra na censura
que coabita com todos os pensamentos livres e,
consequentemente, limita sua exteriorização.
Nesse momento, só resta a introspecção para o encontro com seu eu,
em busca do perdão pela ideia primeira da visão espelhada por si mesma.
O corpo serviu apenas como condutor ao encontro que nunca sobreviveu!
Para você eu me fiz amante e,
Por mais que eu quisesse seguir adiante,
Via em sua mente o continuar assim,
Pois amantes não têm fim.
E continuamos com beijos vadios,
Querendo preencher os nossos vazios
Dos dias em que não contamos
Com nossa companhia
Que o vago preenchia.
De forma igual a tantos amores
Acontecem relações multicores
E todo espaço ao nosso redor
Se engrandece como o melhor.
E fica a espera do acontecer o novo
Como a ave que choca seu ovo
Aguarda o momento de muita luz
Quando do encontro que produz
O continuar equilibrado
Sem nem um culpado.
Foi escuro talvez por acidente.
E até inconstante no cromático.
Quando quis ser azul por uns instantes,
Perdeu-se na planície do abstrato.
Foi pedra e sal, e por não ser presente,
Ficou inerte, como se no outro instante
Encontrasse o que foi antigamente.
Fez líquido desbotando a sua face sombria,
Na pura placidez do seu despertar.
Fez tudo que podia e,
Quando soube que dar muito de amor
É flagelar-se, sepultou-se em si mesmo
E se fez ausente num mundo
Onde tudo se encontrasse.
Meu caro, venho repetindo isso há anos, mas as pessoas se prendem às verdades forjadas e não as querem mais largar... Tem um documentário muito bom sobre a suposta ida do homem à lua chamado "The dark sid of the moon" (não, não é sobre o disco do Pink Floyd), onde se mostra, com rigor científico, porque aquelas imagens veiculadas nos idos de 69 não haviam sido filmadas na lua... Muito interessante e esclarecedor. Se ainda não assistiu, dá uma olhada, vale a pena!!!
ResponderExcluirAbraços, Guida