quarta-feira, 30 de julho de 2014
SUICÍDIO: CORAGEM OU COVARDIA?
Nem
coragem nem covardia. Costuma-se dar essas duas opções, com o intuito de
afastar as diversas hipóteses que levam uma pessoa ao suicídio. Ser realizada, por exemplo, não ter mais o
que fazer, por isso escolhe o término de sua vida como uma forma de dizer “não
tenho mais nada a realizar!” Outra, seria a hipótese de que a pessoa acreditava
em alguém ou em grupos sociais e, de repente, decepciona-se, sendo assim também
pode escolher a morte como a saída daquela situação desagradável na qual vivia
por não acreditar mais nos humanos. O fato de ter que tomar uma atitude injusta
e não fundamentada, em prol de pessoa ou pessoas com poder e sem o saber,
pessoas essas que não enxergam bem os “caminhos” e a obrigam a uma ação constrangedora,
por ferir seus princípios, também pode levá-la a desistir de viver. Outros
motivos poderiam ser estudados e aqui descritos com toda a certeza.
Toda e qualquer justificativa jamais irão satisfazer aos religiosos, que veem cair o crescimento
de seus fieis; e aos seres humanos intelectualizados, que assistem à redução da
fonte de diversidade humana. Lembramos que cada pessoa tem sempre algo a nos
ensinar e algo a aprender. Cada ser vivo tem que colaborar com a manutenção da
espécie. Essa manutenção requer uma renovação das características de cada ser
vivo e assim a disseminação e manutenção da espécie têm tudo a ver com a
diversidade dos seres humanos. Os clones são efêmeros, assim devemos sempre
estar interessados no aumento populacional, pois só assim a miscigenação será
maior. A autodestruição ou suicídio sempre tenderá a excluir do tecido social
seres diferentes que muito têm para nos ensinar através de seus pares e suas
proles.
O repúdio da sociedade ao suicídio é muito mais um receio
após morte do que os motivos abordados neste texto. Infelizmente para prover o
bom entendimento do povo sobre as necessidades do viver, cria-se uma série de
fantasias que sempre atingem os objetivos finais. Pouco se conhece acerca da
vida e muito menos da morte. Assim, quando desejamos passar uma mensagem
complicada de ser entendida, como escrevemos, apela-se para os fatos
imponderáveis, isto é: que não se tem forma de medi-los ou desnudá-los. Os
conceitos religiosos cheios de mistérios e dependentes da fé são facilmente
aceitos pelo povo. Dessa maneira, independente de qualquer crédulo, temos que
render homenagem às religiões que tornam o educar mais fácil e assertivo. Não
importam os meios, desde que lícitos, que nos fazem alcançar objetivos que
levem a humanidade a um bem maior.
sábado, 26 de julho de 2014
O PRAZER NA REPRODUÇÃO
O grande objetivo dos seres vivos que
habitam o nosso planeta é a manutenção da espécie. Assim cada um desses
habitantes busca, durante as suas vidas, o acasalamento, procurando conquistar
o seu parceiro através das formas mais diversas possíveis. As prendas, tão comuns na maioria das
conquistas, incluem também a demonstração de forças e de conversas que, muitas
vezes, são capazes de convencer os mais descrentes ao dito. A partir da conquista,
vem a realização do estar junto, que significa para o macho possuir, a qualquer
momento, a sua fonte de prazer. Esse
descritivo aponta mais para os humanos e outros animais de porte,
caracterizando para os vegetais e outros seres minúsculos um paralelo
diferenciado nas buscas das conquistas, através dos estímulos que levam à
procriação e consequente manutenção da espécie.
O homem e boa parte dos mamíferos fecundam
com penetração e prazer nos momentos que antecedem e que realizam esse ato.
Isso põe, na cabeça dos homens, que o prazer na reprodução tem que atender aos
predicados que envolvem esse momento maravilhoso. Assim, para os humanos, as
fecundações que acontecem envolvendo outros seres vivos, tanto animais quanto
vegetais, devem ser semelhantes para proporcionarem prazer. Com esse raciocínio,
não entendem a busca da reprodução por seres que só “copulam” uma vez, como o
"Louva a Deus", o “Zangão” e tantos outros que, após a inseminação,
são trucidados pela fêmea.
Os vegetais, muitas vezes, dependem de
terceiros para verem seus gametas masculinos atingirem os gametas femininos que
se encontram distantes, assim necessitam de besouros e outros insetos para
levarem o “sêmen” até os “óvulos” que serão fecundados. Para seduzirem os
insetos, muitos vegetais exalam odores que atraem esses elementos
transportadores do “sêmen”. Os prazeres despertados no preparo do material
fecundante e a própria fecundação, certamente, levam os vegetais ao ato de
manutenção da espécie, por mais diferente que seja. Em todo o ritual da
multiplicação das espécies vegetais, cada fase é estimulada com gozo, inclusive
a busca, em suas flores, do material genético a ser transportado é também uma
fonte de deleite.
Finalmente qual o prazer experimentado, na
fecundação, por espécies que são trucidadas após sua primeira e única cópula? E
pelos peixes e outros seres que mal tocam na fêmea durante esse ato? Para os
humanos limitados aos prazeres tradicionais e quase impostos, nada é
compreendido. No entanto, se colocamos, no desenvolvimento dessas espécies, os
prazeres existidos durante a preparação para o acasalamento, rica em bem estar
e deleites que devem acontecer no dia a dia, temos a certeza de que eles
convivem com um gozo mais frequente que o dos humanos. Assim, o corpo a corpo,
a penetração e uma série de aprendizados fazem parte de uma cultura pobre e
cheia de mitos que não sofreu interiorização para compreender que o verdadeiro
prazer estar no querer do cérebro.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
O NOVO AMANHECER
Quantas
vezes você já indagou acerca de atitudes suas que são meras ações
inconscientes? E se assim fez, de forma consciente, quais as suas convicções
com essas mensagens? O grande significado para essas perguntas é avaliar até
que ponto estamos simplesmente sendo levados pela onda ou navegando como
timoneiro do nosso destino. É baseado no fato de que o povo age sem pensar que
nos são impostas tantas obrigações que não fazem sentido e nos levam a agir de
forma conveniente para terceiros e não para nós.
Tomar
líquidos durante as refeições, por exemplo, só causa má digestão, no entanto
isso é muito comum devido às propagandas que mostram o uso de refrigerantes em
lanches e refeições; o hábito de acelerar o carro antes de desligar a chave chegou
até nós pelos nossos antepassados que utilizavam carros com tecnologia
completamente obsoleta nos dias de hoje; não tomar banho após as refeições –
para evitar “derrame cerebral”– mal que acontecia por coincidência; não comer
por estar com diarreia, quando o bom alimento não causaria piora; constituem,
junto a milhares de outras atitudes, mitos que devem ser destruídos.
Propagandas
do governo ou mesmo de empresas nos redirecionam para um fato de pouca
importância com o intuito de esconder o nosso questionamento possível, se a
nossa atenção não fosse desviada. Como por exemplo, não dar segurança a você de
quem vai ser contemplado com seu voto, em troca
da segurança de que é você quem está votando (voto biométrico); mostrar
mesmo tamanho do rolo de papel higiênico e fazer o carretel interno com maior
circunferência e consequente menor comprimento do papel (pagando-se o mesmo
preço); citar o preço anterior (falso) de um produto e dar desconto que, às
vezes, torna o produto mais caro do que o preço justo sem desconto.
Outras
falsidades impostas são baseadas em fatos científicos distorcidos, pois não
sendo do saber público, facilmente são admitidos como verdadeiros e ainda
produzem provas para as mentiras que desejam que sejam acreditadas por você. Cada vez que formos impelidos a executar uma
atitude por propaganda ou por herança dos nossos ancestrais, devemos sempre
analisar se os benefícios recebidos por essa ação serão nossos ou se estaremos
nos esforçando em vantagem de terceiros que nos induziram ao feito em benefício
próprio ou de outros. Muitos se aproveitam baseados na falta de atenção e de
atualização dos conceitos nos dias de hoje.
domingo, 6 de julho de 2014
O QUERER É INCONDICIONAL
Quantas vezes nos perguntamos como é que fomos gostar de
fulano ou por que fulano gosta tanto da gente? O que é necessário para o querer
bem? Uma boa apresentação, um olhar simpático, uma prosa salutar, uma atenção
em resposta a uma busca momentânea; tudo isso ajuda bastante na pretensão da
conquista, mas não é líquida e certa a atração em questão nem de um nem do
outro. A pouca cobiça ou descaso, às vezes, enseja a luta pelos objetivos
afetivos de parte a parte. Na mulher, a
grande descoberta; no homem, a aspiração de possuir.
A grande descoberta ensaia a caracteística feminina de
descobrir o comportamento do possível parceiro(a) junto aos seus desejos de
desvendar um novo caminho para seguir ou de simplesmente estancar a pretensão.
No homem, a busca da(o) companheira(o) que preencherá mais umas horas de
satisfação aos seus instintos desejosos de prazer que, muitas vezes, têm o
significado de manutenção da própria espécie.
Tudo isso que acontece de forma não intencional e sem qualquer
motivo de raíz é, muitas vezes, o grande agente da exacerbação do desejo do
ficar, não despretensioso, mas sim com a segurança dos que nasceram um para o
outro. Aí está o grande milagre do querer incondicional. Não existirá motivo
aparente para a ligação que, de repente, tem início e perdura para todo o
sempre! Algo ocorreu entre as duas criaturas que tornou o encontro, apenas
“festivo”, no momento de definir o futuro com convivência para os dois, muitas
vezes, tão estranhos a princípio.
A teoria do investimento incondicional, isto é, de
investir por si próprio sem medir as consequências, será a grande criadora
dessa união que não termina mais. Esse investimento é muito fácil de ser
identificado. O tempo que se dedica a
alguém ou a alguma atividade leva você a apegar-se de forma irrestrita ao
objeto de seu investimento: uma pessoa, o estudar, o jogar e tudo mais que
possa ser objeto dessa busca.
Também o reflexivo consequente do uso do tempo dedicado
ao trabalho profissional, o dinheiro,
é o outro investimento que leva ao desabrochar do querer integral. Assim, o
pobre e o rico têm a dádiva do querer de forma incondicional. Pouco importam as
condições que cercam as relações humanas dois a dois. De forma quase mágica,
esses investimentos tornarão sempre o querer incondicional, o que vem de um de
forma forte vai atingir o outro que imitará o modo de possuir, de forma
reflexiva. Daí a grande mensagem: “só amamos no que investimos tempo ou
dinheiro”, e esse amar ou querer acontece de forma absoluta.
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