sábado, 26 de julho de 2014
O PRAZER NA REPRODUÇÃO
O grande objetivo dos seres vivos que
habitam o nosso planeta é a manutenção da espécie. Assim cada um desses
habitantes busca, durante as suas vidas, o acasalamento, procurando conquistar
o seu parceiro através das formas mais diversas possíveis. As prendas, tão comuns na maioria das
conquistas, incluem também a demonstração de forças e de conversas que, muitas
vezes, são capazes de convencer os mais descrentes ao dito. A partir da conquista,
vem a realização do estar junto, que significa para o macho possuir, a qualquer
momento, a sua fonte de prazer. Esse
descritivo aponta mais para os humanos e outros animais de porte,
caracterizando para os vegetais e outros seres minúsculos um paralelo
diferenciado nas buscas das conquistas, através dos estímulos que levam à
procriação e consequente manutenção da espécie.
O homem e boa parte dos mamíferos fecundam
com penetração e prazer nos momentos que antecedem e que realizam esse ato.
Isso põe, na cabeça dos homens, que o prazer na reprodução tem que atender aos
predicados que envolvem esse momento maravilhoso. Assim, para os humanos, as
fecundações que acontecem envolvendo outros seres vivos, tanto animais quanto
vegetais, devem ser semelhantes para proporcionarem prazer. Com esse raciocínio,
não entendem a busca da reprodução por seres que só “copulam” uma vez, como o
"Louva a Deus", o “Zangão” e tantos outros que, após a inseminação,
são trucidados pela fêmea.
Os vegetais, muitas vezes, dependem de
terceiros para verem seus gametas masculinos atingirem os gametas femininos que
se encontram distantes, assim necessitam de besouros e outros insetos para
levarem o “sêmen” até os “óvulos” que serão fecundados. Para seduzirem os
insetos, muitos vegetais exalam odores que atraem esses elementos
transportadores do “sêmen”. Os prazeres despertados no preparo do material
fecundante e a própria fecundação, certamente, levam os vegetais ao ato de
manutenção da espécie, por mais diferente que seja. Em todo o ritual da
multiplicação das espécies vegetais, cada fase é estimulada com gozo, inclusive
a busca, em suas flores, do material genético a ser transportado é também uma
fonte de deleite.
Finalmente qual o prazer experimentado, na
fecundação, por espécies que são trucidadas após sua primeira e única cópula? E
pelos peixes e outros seres que mal tocam na fêmea durante esse ato? Para os
humanos limitados aos prazeres tradicionais e quase impostos, nada é
compreendido. No entanto, se colocamos, no desenvolvimento dessas espécies, os
prazeres existidos durante a preparação para o acasalamento, rica em bem estar
e deleites que devem acontecer no dia a dia, temos a certeza de que eles
convivem com um gozo mais frequente que o dos humanos. Assim, o corpo a corpo,
a penetração e uma série de aprendizados fazem parte de uma cultura pobre e
cheia de mitos que não sofreu interiorização para compreender que o verdadeiro
prazer estar no querer do cérebro.
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