As ondas sonoras e outras necessitam de um meio
material para se propagar. “Para uma onda, como o som, ‘espalhar-se’, ela
excita o meio que como um todo propaga a vibração adiante e assim segue”, isso
dizia a ciência. Essa afirmação aconteceu após se ter verificado que o som não
se propagava no vácuo, ausência de matéria, e, extrapolando o raciocínio,
ampliou-se a ideia da necessidade de um meio material, para haver a propagação
de ondas, para todos os outros fenômenos ondulatórios. Assim, as ondas de rádio
e luz (ondas eletromagnéticas) deveriam seguir o mesmo caminho.
Por
não conhecer o fenômeno da propagação das ondas eletromagnéticas, foi então
criado o éter, suporte abstrato para preencher o espaço livre por onde
circulavam as ondas de luz do Sol, por exemplo. Com a criação do éter, o espaço
sideral ficou preenchido por essa “matéria” não descritível. Assim também,
deveria, na atmosfera terrestre, existir uma matéria semelhante àquela que existia
no espaço sideral, para propagar as ondas de rádio. Nos anos de 1950, as rádios
falavam “emissora tal transmitindo através do éter seu programa x” – e isso
dava à emissora um status científico.
Quando
foi descoberto que uma onda eletromagnética, como a da luz ou a do rádio, não
era uma onda material, como o som, e se propagava no vácuo, a “invenção” do
éter caiu por terra. Como informação simples de hoje, a onda eletromagnética se
propaga por si própria quando aceleramos uma partícula carregada. O campo
elétrico criado pela partícula em movimento se conjuga ao campo magnético
criado pelo movimento e, se esse movimento for acelerado, a energia existente
no suporte da partícula, antena ou fio se desprende do mesmo, surgindo uma onda
autoregenerativa – a onda eletromagnética. No caso do raio, o suporte é a
ionização do ar que conduz os elétrons. Quando isso acontece, surgem interferências
nos rádios e TVs devido à irradiação de ondas vindas do raio. Assim, o
preenchimento do Universo está carente de solução de continuidade.
Normalmente,
muitas teorias de hoje serão negadas no futuro, quando homens de bem alertarão
para as incongruências científicas jogadas nas mídias por simples vaidade de
seus autores.
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