sábado, 24 de setembro de 2016
CORPORATIVISMO, O QUE É?
O conceito de corporativismo,
muitas vezes, é confundido com compadrio, protecionismo ou coisa parecida, mas,
na verdade, corporativismo tem um significado bem diferente. Imaginem uma
máquina em funcionamento com todas as suas minúsculas peças, um relógio por
exemplo, funcionando em harmonia. A vida do todo está dependendo do conjunto.
Quando todos trabalham em confiança, o conjunto respira segurança e o propósito
dessa “máquina” é realizado num embalo sem fim. O operador aperfeiçoa as
engrenagens e, a cada momento que passa, uma nova máquina surge com menos
atrito, menos ruído e mais brilho. Ela se valoriza e o mercado começa a lhe dar maior
valor onde quer que ela esteja! Para tanto, é necessário que, nas revisões,
substituam-se as peças enferrujadas ou empenadas, pelo mal ajuste com as suas
vizinhas, que prejudicam o conjunto. Assim, o operador terá que eliminá-las em
benefício do todo. Pouco vale uma peça quando se sabe que todo trabalho
individual atinge os coadjuvantes adjacentes e, em escala, com efeito dominó,
todo o conjunto é prejudicado. Então, de forma irreversível, que seja eliminada
a peça ruim sem piedade.
Normalmente, é o protecionismo, corporativismo pouco
entendido, que falseia o equilíbrio do movimento harmônico existente em uma
unidade cooperada, ou seja, que usa o corporativismo. A vaidade de mais
aparecer contempla a conquista desastrosa que, aos poucos, vai se agregando ao
conjunto harmônico, diminuindo a distância entre os elementos do conjunto e
empenando a partir dessa aglomeração. Isso acaba por danificar a peça que mais
aparece, levando-a a ser eliminada em prol da harmonia do todo. Infelizmente, a
ignorância do saber não avisa sobre os bons caminhos a seguir e, dessa forma, a
confusão entre protecionismo improdutivo e corporativismo produtivo leva o
desconhecedor ao abismo.
A
luta de classes preconizada em meados do século passado, por vários políticos,
criou o corporativismo mal entendido. A finalidade dessa cooperação era
aumentar seus contingentes em favor de
vantagens que viriam de verbas estatais distribuídas entre os precursores dos
“sem terra”, “sem tetos” e outras siglas tão comuns nos dias de hoje que operam
com as mesmas vantagens auferidas pelos
vanguardistas dos anos sessenta. Esse protecionismo inconsequente deve
durar ainda alguns anos. Esperamos, simplesmente, que as atuais elites
intelectuais não queiram se nivelar àqueles
que não tiveram a felicidade do saber!
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
A FÊMEA NO REINO ANIMAL
Não poucas vezes, vemos no reino animal o destaque
que constitui o corpo do macho, comparado com o da fêmea. Alguns exemplos
chamam a atenção, como o Leão em relação à Leoa, o Pavão em relação à Pavoa, a
maioria dos pássaros e tantos outros do reino animal. Vamos hoje escrever um
pouco sobre isso, sempre chamando a atenção para o fato de que nossos escritos
emanam sempre a nossa opinião sobre o assunto.
Quando
essa observação chega aos humanos, esse fato tão geral é contraditório, pois a
mulher nos parece caprichar muito mais em aparência e adereços do que o homem.
Diga-se de passagem que atualmente os homens têm se cuidado mais em relação ao
passado. Qualquer hora falaremos sobre isso.
No reino animal, os machos são mais
libidinosos e, em contraste com eles, as fêmeas são mais recatadas, inclusive
aquelas que garantem um período de fertilidade, quando são então mais
concessivas. Devido a essa característica feminina ou da fêmea, o macho precisa
chamar mais atenção e a própria natureza cuidou de fazê-lo mais “bonito” no
segmento dos animais “irracionais” e mais forte e dominador no segmento de
humanos. No mundo irracional, a forma de atrair as fêmeas é o macho, bastante
libidinoso, se “empavonar” promovendo a fêmea a alcançá-lo pela conquista do
belo e não do sexo, atendendo, assim, aos anseios do conquistador. Na raça
humana, deveriam os fatos acontecer da mesma forma, no entanto, a princípio, a
mulher é mais cuidada do que o homem. Isso, nesse segmento, não significa que a
mulher age assim com o mesmo intuito que demonstram os machos irracionais, mas,
na verdade, ela se prepara principalmente para concorrer com suas parceiras
femininas na vaidade de ser uma bela mulher. O homem, com suas características
de alta libido, procura esforçar-se no trabalho para conquistar sua fêmea pela
visão de poder, dando maior conforto e oportunidades para conquistas que sempre
vislumbram sua companheira.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
MOBILIDADE PARA TODOS
Antigamente,
as calçadas eram feitas e mantidas pela prefeitura da cidade. Todas bastante
uniformes em nivelamento e acabamento. Normalmente com revestimento em cimento
desempolado, as calçadas não se tornavam escorregadias no inverno e funcionavam
satisfatoriamente com pequena inclinação que evitava acúmulo de águas e
garantia boa estabilidade para os pedestres. Entre as edificações contíguas ou
adjacentes não existiam desníveis e os carrinhos de bebê, de compras e os
cadeirantes podiam transitar sem qualquer empecilho ou insegurança. As árvores
ainda jovens permitiam a franca mobilidade de crianças, idosos e deficientes
sem alguma barreira que pudesse fazer tropeçar as crianças e idosos ou
atropelar cegos e cadeirantes em suas andanças.
A
busca da exploração dos contribuintes de impostos faz leis serem aprovadas em
benefício único para o governo municipal, como por exemplo a regulamentação que
diz que “as calçadas agora deverão ser construídas e mantidas por cada um dos
proprietários do imóvel servido por essa faixa comum”, facilitando a mobilidade
pública dos cidadãos. E então, cada edifício faz sua calçada como se a ele
pertencesse, com desnível facilitador de sua entrada “em casa”, pouco se importando
com a do vizinho e muito menos ainda com os transeuntes que necessitam de um
piso uniforme em inclinação e aspereza. E lá vêm calçadas com os mais diversos
revestimentos e níveis em relação às contíguas, tornando difícil o andar das
pessoas com ou sem mobilidade reduzida.
Por
outro lado, a prefeitura não mantém a arborização com perfil regular, fazendo um
desenvolvimento inadequado quebrar as calçadas ou tomar conta das mesmas,
quando seculares. O pior é que o município não cuida da vegetação nem permite
que os “donatários” se apropriem da arborização através de replantes ou podagem
adequada. O resultado é a queda de árvores e a inacessibilidade, ferindo os
princípios do direito de ir e vir das pessoas. Nenhuma fiscalização é feita
para evitar os abusos nas formas de construção e pouca manutenção de um bem cuja
responsabilidade de manutenção deveria ser do poder público. Quando um acidente
ocorre por conta da queda de árvores em automóveis ou muros, para não citar a
queda em transeuntes, o prejudicado é que deve tomar as providências, pois se
for esperar pelo poder público irá ser penitenciado por longos meses e até anos
em busca de indenizações ou reparações pelos danos acontecidos.
sábado, 3 de setembro de 2016
RESERVA DE MERCADO PARA O PROFISSIONAL
Os sindicatos e conselhos
regionais que existem para viabilizar os trabalhos de seus sindicalizados e
profissionais, num dado segmento profissional, estão esquecendo a cada dia a
luta pela geração de emprego para seus colaboradores; senão, vejamos.
Cada atividade profissional, para a qual se faz mister a
existência de um conselho, propõe-se a melhorar o funcionamento de uma dada
empresa ou instituição. Se assim não fosse, não seria necessário o
estabelecimento do preparo intelectual formal, nem as regras para o
comportamento profissional nessa atividade. O conselho atendente a essa demanda
é responsável por toda a estrutura, obrigando o parceiro a ser bem preparado e
consciente de suas responsabilidades junto à sociedade.
Por outro lado, esse sindicato busca acompanhar seu
colaborador no tocante às relações entre o sindicalizado e o governo/empregador.
Estabelecendo junto aos órgãos competentes um salário justo e condições de
trabalho plausíveis, o sindicato vai além, estendendo a sua assistência até o
final de cada emprego e advindo durante a vida desse profissional.
Tudo isso é muito bom quando acontece em um lugar no qual
o mercado de trabalho para o profissional já é definido, não se admitindo o
estabelecimento de firmas dedicadas a uma dada especialidade ou que possua
gestores e colaboradores sem uma formação com as especificidades requeridas
pela atividade fim. Quando esse fato não é verdadeiro, o conselho regional e o
sindicato específico devem ser atraídos para a função de exigir Reserva de Mercado para o
Profissional dessas
firmas, pois é o emprego que irá garantir a perpetuação da profissão e
consequente motivo de existirem essas corporações.
Infelizmente,
não temos visto no Brasil essa reserva de mercado exigindo das empregadoras
eleger, para determinados cargos específicos, profissionais com formação
coerente com seus objetivos laborais. Um estabelecimento bancário, por exemplo,
deveria possuir, no seu quadro de funcionários, uma maioria de economistas e contadores,
não administradores ou bacharéis em direito. A empresa detentora de Reserva de
Mercado para o Profissional é
aquela que não permite a contratação de profissionais díspares de suas
atividades em áreas específicas.
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