quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
HUMANIDADE: INSEGURANÇA E DEPENDENCIA
O
grande mérito das religiões é dar estabilidade emocional ao ser humano. A
humanidade se constitui no mundo dos seres vivos como o grupo mais inseguro e
frágil que habita a Terra. Não basta nascer sem a mínima condição de
sobrevivência se largado ao léu, mas se acrescente ainda o pavor, durante sua
existência, de não ter a quem apelar nas suas necessidades e nas suas culpas.
Durante a infância e a adolescência são os pais e mestres que acolhem as buscas
dos humanos dos saberes sociais e científicos. Com o passar do tempo, problemas
e emergências jamais vividas pelos seus educadores começam a florescer nos
cérebros dos viventes humanos e muitos desses problemas necessitam de uma
indução à solução que não sai mais dos seus superiores, hoje colegas do viver! O
indutor dessa força que impulsionará essas pessoas em crise tem que surgir do
imponderável! Assim, a busca pela subjetividade, que conforta, encontra lugar
nas religiões e seus dogmas. Como o adolescente revoltado com os limites dados
pelos seus educadores transferem suas culpas para eles, os cidadãos também se
confortam com a lendária frase: Deus quis assim! E essa necessidade de
segurança não fica por aí.
As
grandes lideranças políticas também acontecem por esse medo dos homens de
enfrentarem a vida sozinhos. As promessas da onipresença que cobrem todas as
precisões de seus eleitores levam ao pódio a quase totalidade dos eleitos. É a
necessidade de ter um guardião para as suas necessidades que torna o homem um
serviçal desses vencedores! Assim, triunfam muitas ditaduras no mundo todo. Não
estamos afirmando aqui que todo humano assim se proclama, mas falamos da grande
maioria da humanidade! O terrível é que, diferente do indutor espiritual ou
subjetivo, esses falsos líderes mostram o reverso da medalha quando estão no
poder. Como essa característica humana é inata, volta-se a acreditar no próximo
mau “bem feitor”!
Só
a educação e o espírito competitivo nos homens poderão amainar essa herança que
pertence ao “homo sapiens”. A segurança e a independência têm sempre que ser
cultivadas através da meditação e da observação dos que nos cercam; a vivência
é provar o sabor dessas práticas pouco praticadas pelos viventes do nosso
Planeta!
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