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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

COMO APODRECEM OS CÉREBROS!

            Li recentemente um texto de Marcelo Caixeta, médico, que me esclareceu uma série de conceitos adormecidos por não ter conhecido, até então, o resultado de pesquisas feitas nessas minhas elucubrações. Tomei conhecimento sobre experiências feitas com um gato cobrindo os seus olhos desde o nascimento até poucos meses de vida; o resultado foi que quando foi retirada a venda o gato tornou-se cego, pois não desenvolveu o seu sistema celular visual naquele período. No ser humano, deve ocorrer coisa semelhante e isso vem a propósito do uso e desuso influenciando na atividade ou função dos constituintes do nosso corpo.
            Uma criança em seu desenvolvimento intelectual guarda períodos para enriquecimento de informações ao seu cérebro que irá guiá-la durante toda a sua vida. Se não acontecer o desenvolvimento da obediência, do amor, das limitações de suas atitudes, da ajuda aos seus convivas, e assim por diante, o cérebro irá se ocupar com o que lhe chega e com prazer. Mais uma vez digo que o nosso cérebro tem como objetivo maior a busca do prazer para nosso corpo-mente. Desta forma, educar é fazer o educando descobrir o prazer em suas tarefas diárias. Para tanto, basta vislumbrar para a criança o sucesso que terá após ter adquirido aquelas atitudes e conhecimentos de forma prazerosa. O investimento de tempo numa dada tarefa faz amarmos essa tarefa. Quem acostumou-se ao exercício não sabe viver sem a academia, quem lava seu carro não deixa jamais essa tarefa para ninguém e assim por diante.
            Quando uma criança é deixada a sua própria sorte, o seu cérebro buscará ao redor algo que dê prazer ao seu corpo-mente. Durante o seu crescimento, os prazeres vão surgindo como por encanto: o comer, o beber, o jogar, o brigar – em busca das faltas dos prazeres –, o drogar-se, o roubar, o matar , enfim, a busca desordenada daquilo que proporciona “felicidade”! Infelizmente, na idade adulta, as células de seu cérebro já codificaram todos os seus prazeres e a partir daí não sobra espaço para outras atividades que precisem de certo investimento de costumes para atingir o ser feliz de hoje. Não adianta humanizar as penitenciárias nem querer mudar a forma de pensar dos encarcerados, o investimento terá que ser bem maior! Talvez os anos de reclusão com auxílio de psicólogos e psiquiatras não consigam realinhar as células danificadas que procurariam o prazer no trabalho, na ajuda ao próximo, no respeito e na cidadania. Agora, só as carnificinas com gestos perversos serão capazes de encher de prazer esses desumanos irracionais!

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