AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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segunda-feira, 21 de maio de 2018

QUANTO VALE VOCÊ?

            E a pergunta que não cala nas rodas que refletem o viver profissional das pessoas é sempre a mesma: “por que um cantor, um lutador, um jogador ou artista são tão bem remunerados, enquanto um professor, um engenheiro, um médico (só como exemplos) são muito pouco pagos? Ou seja: os que usam apenas seu corpo físico e não têm formação intelectual ganham mais do que os com formação científica?” Qual seria, então, a resposta bem fundamentada que justificasse essa aparente incoerência?
            Para buscar uma explicação, é necessário que se analise o sujeito que produz e a quem e com que velocidade existe o retorno dessa produção. O trabalho de um médico ou outro profissional, em essência intelectual, atua sobre grupos em desenvolvimento que atingem a sociedade como um todo de forma gradual. A cura de um empresário, por um médico, repercute meses depois para seus clientes! Um edifício terminado dá teto aos condôminos anos após seu projeto! Os alunos de um professor irão produzir “frutos” anos após terem recebido as lições do mestre! 
            Enquanto isso, um cantor se apresenta a centenas e às vezes milhares de pessoas durante a execução de seu trabalho! Um ator de novelas se apresenta para milhões de pessoas durante sua encenação. Dessa forma, essa atividade profissional é imediatista e assemelha-se a jogos em arenas ou ringues, que também atuam sobre um grande público direto. 
            Além desse aspecto aqui comentado, podemos acrescentar a vida cheia de violência que acompanha esses profissionais mais bem remunerados. No campo dos esportes, todos os anos acontecem perdas de vidas jovens por uma série de motivos que podemos citar: avalanche de viagens semanais que aumentam o risco de acidentes na terra e no ar; compromissos em horários que não respeitam nosso relógio biológico, causando fadiga e outros males; abalo emocional de conformidade com a necessidade de fazer-se personagens criadas por mentes dissonantes com a sua e remédios muitas vezes necessários para o cumprimento de seus compromissos independentemente de seu estado de animus. 
            Tendo em vista as formas da realização profissional, vemos que a vida daqueles que ganham mais normalmente tem menos duração do que a vida dos que são menos remunerados em suas atividades. Eis a grande escolha: viver intensamente ou com parcimônia, os resultados já conhecemos. Isso aqui comentado não invalida as exceções, que não são raras, e que motivam o abraçar, o que pede o “coração”!

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