AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O PONTO G DE GRÄFENBERG, O MITO DO BEM


Dr. Ernst Gräfenberg foi o grande criador do conceito do ponto G (Gräfenberg). O significado desse ponto pretende levar a humanidade a crer na existência de um lugar ou uma região, no corpo humano, de maior indução à libido. O médico alemão fez-se descobridor desse ponto G, e não, inventor ou criador do mesmo. O que comentar sobre esse fato?
Inicialmente, sabemos muito bem, que, na Inglaterra, a geografia e a cultura do lugar propiciam a uma libido mais tênue nas pessoas, e, qualquer agente que possa melhorar o desempenho sexual será bem vindo. O conhecimento da existência do “sangue latino”, rico em sensualidade e apetite sexual, levou toda uma população a querer viver a descoberta desse novo. Essa ansiedade teve maior lugar junto às mulheres pelas suas próprias características.
O apoio irrestrito do homem à ideia do ponto G, o que aumentaria a vontade de sexo nas suas parceiras, popularizou o conhecimento da teoria do mesmo. A própria pesquisa desse ponto mágico, que levaria a mulher ao prazer maior, já era, por si só, um bom motivo para prolongar o tempo nas relações sexuais dos casais. Independentemente da descoberta do ponto G acontecer, as próprias carícias estariam cumprindo o papel do ponto G almejado.
Por outro lado, o acreditar na existência do tal lugar, de um grande grupo de pessoas, induziu outros grupos a não se sentirem inferiorizados e a praticarem a apologia ao ponto G. Na verdade, quando se acredita em alguma coisa, tudo leva a ver e sentir essa presença, mesmo que, verdadeiramente, nada esteja acontecendo.
Olhando de forma menos científica, o médico Gräfenberg poderia estar querendo aparecer junto ao grande público, então viu, no sexo, uma boa plataforma para se lançar como cientista e estudioso. Não devemos esquecer que sexo é um assunto palpitante e todos querem saber, sempre mais, sobre ele. Essa força do assunto, sexo, está relacionada com a manutenção da espécie, que busca o sexo para a reprodução sexuada, caso dos humanos.
A grande descoberta do ponto G ocorre quando carícias acontecem insistentemente em alguma parte do corpo. Esse direcionamento de estímulos a um determinado local leva o par a condicionar tal prática à iniciação da relação sexual, tornando esse lugar um indutor à libido. Não devemos esquecer que são os condicionamentos que nos levam a atitudes associadas: cigarro após um cafezinho, líquidos durante as refeições, etc. Atitude condicionada é a resposta que vem depois de uma atitude anterior sempre utilizada para obter um mesmo resultado.
Após todo esse ensaio, o que podemos adiantar da verdade que repousa sobre o ousado ponto G? É muito fácil dizer que ele nunca existiu ou que se deve procurá-lo, pois ele sempre esteve em algum lugar. No entanto, preferimos buscar a força que contempla a todos que se envolveram no grande achado do doutor Ernst: a mente.
É esse agente fabuloso que, a cada momento, gerencia as nossas necessidades. Cada atitude humana acontece graças à busca de nossa mente por um acontecer prazeroso para o nosso corpo. Na verdade, esse corpo-sujeito é a nossa própria mente. O horror, a rejeição ou o amar, o abraçar, não se completam senão pelo cérebro. Eis a grande descoberta.
A nossa mente criadora sempre será capaz de condicionar o nosso corpo para o posterior gozo de nosso intelecto. É aí que residem todos os nossos desejos, é nosso corpo consequente, o transdutor entre o objeto alheio e a nossa psique. Não existe prazer que não seja mental. É a razão que se serve do palpável para dar vazão às delícias experimentadas por nosso imponderável ser.

O PORQUÊ DOS PROGRAMAS DE TV SÁDICOS

Os meios de divulgação como a imprensa escrita, a falada, a televisionada e a internet mantêm-se graças aos seus anúncios ou patrocinadores que exigem uma boa parceria com o público. Ora, fazer ou exibir o que o povo procura e gosta é que conquistará os espectadores para os seus programas. Quando as pesquisas elegem determinados formatos de comunicação como excelentes para a maioria, de logo, os comunicadores adotam em suas programações.
A televisão, particularmente, pelo grande poder de penetração nas massas populacionais, é que sofre as maiores críticas quando exibe programas, até certo ponto, desagradáveis, por mexerem nos mitos sociais ou por fazerem apologia a formatos sociais pouco desejados pelos telespectadores. Devemos lembrar que o público maior que dá audiência a uma dada emissora é formado de pessoas pouco instruídas e que são consequência da influência que sofreram dos próprios meios de comunicação.
Assim, quem comanda a mídia é esse público e não a elite intelectual. É esse povo que mais compra de forma indiscriminada, mais utiliza os serviços e frequenta os espetáculos populares; enfim é o público alvo para as emissoras de televisão. Mas, por que a preferência pelos programas sádicos? Aqueles que abusam da condição humana, com desrespeitos físicos e psicológicos, que levam seus personagens a sair do sério, desrespeitando, às vezes, os próprios telespectadores em suas casas.
Lembramos que hoje, desde a infância, a violência invade os meios de comunicação. Os desenhos, antes singelos e dóceis, tornaram-se, hoje, o retrato da cultura dos adultos com figuras amargas e vingativas de aparência mórbida ou assustadora que entram no dia a dia das crianças, tornando-as pouco sensíveis à violência. Dessa forma, na idade adulta, o espírito sádico quer assistir não mais às fantasias do cinema, mas à vivência escrava e agressiva dos personagens, ao vivo, nos diversos programas que fazem do público comum o ator na história.
Ademais, a pouca criatividade, muitas vezes, leva as emissoras de televisão a adaptarem programas estrangeiros, que são traduzidos, com pouco zelo, para nossa sociedade. Aí o problema se torna maior. Temos que absorver, de forma esdrúxula, a vivência de outra cultura em detrimento de nossa história. É pouco o que se pode fazer de imediato para por um freio nesses acontecimentos.
Como solução, a médio e longo prazo, só a educação para possibilitar que esse quadro se reverta. O povo instruído irá repudiar esse formato de programas popularescos que invadem, de quando em vez, seu lar. As escolhas serão mais dignas de pessoas que sabem o que quer e constituirão a maioria do público que compra. Só assim os meios de comunicação atenderão a um projeto que, a cada dia, dignifique o homem como cidadão e jamais escolham o caminho do sadismo e da prevaricação como atração para um público que irá às compras.
Evitar a mostra da violência, a que título seja, tornará a sociedade mais apaziguadora nos seus espaços e construirá um futuro mais humano para as crianças que são vítimas, hoje, dos adultos e que, futuramente, se nada for feito, vingarão, sobre os idosos, os males que lhes causaram.
Já que nada pode acontecer de imediato, que a televisão faça, a todo o momento, a apologia ao saber consciente, levando a população maior ao amor pelo estudo. Só assim, seremos capazes de vender o que o povo quer, com alto nível, pois teremos, então, uma grande massa lúcida para programas que vendam qualidade.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO E CRISE ECONÔMICA

Fala-se muito em crise econômica e a solução encontrada é sempre um atenuante para poucos momentos, no entanto, jamais, o resolver da crise acontece em definitivo. Já diz o ditado: não se deve dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar! E como o Governo pode fazer isso? É muito fácil, os resultados não virão de imediato, mas, em médio prazo, não mais se terá que apagar fogueiras. Investir na educação é o mote.
Segundo o Relatório “Olhar Sobre a Educação 2009”, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), instituição internacional constituída pelos países ricos, o Brasil está investindo apenas 75% nos ensinos médio e fundamental e 90% no superior em relação aos investimentos da OCDE.
O educar, no Brasil, é de suma importância, pois apenas 10% dos adultos maiores de 25 anos são formados. Estudos mostram que a renda do diplomado cresce em mais de 100% em relação ao profissional de nível médio. Isso significa que o aumento da renda per capita só será possível com um povo melhor preparado intelectualmente. Vê-se o desenvolvimento tecnológico ocupando postos antes dos humanos.
Essa grande verdade aponta para a educação como a forma de desenvolvimento que levará os brasileiros ao emprego formal com remuneração justa. Inicialmente, o Estado deve ter consciência de que as instituições educacionais de administração privada estão somando, complementando a sua obrigação, e não concorrendo com ele.
Dessa forma, o Governo deve cuidar de financiar a escola privada através de programas objetivos, patrocinando diretamente o estudante, pagando suas mensalidades segundo os parâmetros dos educadores e não de forma arbitrária nem de acordo com sua conveniência, como vem acontecendo com o FIES e o ProUni que só aprovam o crédito para o aluno após esse já estar estudando na faculdade.
Esse formato tem impossibilitado o ingresso de estudantes carentes nas IES (Instituições de Ensino Superior) particulares, pois não é possível a essas escolas absorverem esses alunos, livres do pagamento das mensalidades, enquanto o Estado analisa se deve conceder, ou não, o crédito educativo. A solução sugerida para esse impasse é a de o Governo adotar solução semelhante à utilizada na década de 80, quando o aluno entrava, na escola, já financiado pela Caixa ou por outra instituição financeira.
O melhor dessa solução é que esse patrocínio dá um custo ao Governo que não atinge 20% daquele despendido na manutenção das escolas públicas ou estatais. Como pôde o governo incentivar tanto a abertura de cursos superiores, sem observar as necessidades sociais dos mesmos nos estados nem criar um programa de inclusão educacional para os menos abastados?
Enfatizando, ProUni e FIES não contemplam os menos favorecidos, pois exigem que o estudante já esteja dentro da escola para, em seguida, concorrer aos programas citados. Por isso é que são pouco adotados pelas escolas de administração privada.
Só a educação é capaz de prover o aumento da produtividade do país e, em consequência, levar o Brasil a ocupar uma posição de destaque na pesquisa e nos serviços no cenário mundial. Vamos ensinar a pescar e dar um basta a esses programas que não motivam a produção intelectual nem a industrial.
Adeus crise econômica! Adeus crise do saber bonito! A educação encherá de motivação esse povo brasileiro que pernoita em busca do amanhecer que grita por uma justiça educacional que ainda estar por vir.

OS NOVOS CONTRATOS DE TRABALHO

Os contratos de trabalho tradicionais exigem do funcionário o conhecimento do saber sobre a área para a qual foi admitido e um horário a ser cumprido dentro da empresa contratante. Durante muito tempo, esse formato de parceria deu certo e muitas delas cresceram, graças ao conhecimento específico do empregado e a permanência do mesmo no trabalho.
Hoje a visão da melhor forma de contratar um colaborador depende do nível requerido para o cargo ou a função. A necessidade de compor o quadro com força de trabalho objetivo, que depende apenas de um manual, exige, mesmo hoje, aquele contrato tradicional. Mas, quando a necessidade do profissional é na área de recursos humanos, que exige o lidar com pessoas ou com a criatividade, a coisa muda de figura.
Atender aos clientes ou usuários exige do representante da empresa, naquele momento, não apenas o conhecimento de boas maneiras, mas, e principalmente, o domínio de algumas áreas da psicologia, conhecimentos gerais sobre a ação da sua firma junto à sociedade e o saber acerca do que está ocorrendo em torno do seu estabelecimento. A interdisciplinaridade, então, torna-se mais importante do que a superespecialização.
Exigir também conhecimentos que jamais serão utilizados durante seu trabalho, além de deixar o empregado ansioso para aplicar seu saber, faz com que o utilize sem lugar, o que pode vir a prejudicar seu desempenho, ao invés de melhorá-lo. O incentivo à leitura, nas horas de lazer, pode melhorar bastante o fazer bem de seu colaborador.
Por outro lado, a contratação de especialistas em trabalho intelectual muda bastante de figura, principalmente, quando a criatividade é necessária. Gestores, professores, palestrantes, ou profissionais que transmitem ideia ou sentimento e que podem ser inquiridos em seus contatos, mais do que ninguém, devem ser escolhidos e contratados de forma especial.
Em uma pesquisa feita com um universo de 10.000 pessoas, todas trabalhando oito horas por dia, sobre os momentos em que surgem as melhores ideias, 3% delas responderam que aparecem no trabalho e as 97% restantes afirmaram que ocorreriam: durante o banho, antes de dormir, quando não fazem nada, quando caminham, meditando, conversando, analisando, nas férias, bebendo e em outras ocasiões fora do trabalho. Como explicar isso?
Conhecemos, por meio de estudos biológicos e psíquicos, que nosso cérebro divide-se em dois lóbulos: o direito e o esquerdo. O esquerdo cuida dos saberes pragmáticos e cartesianos, que suscitam uma ordem de valor, graças aos conhecimentos aprendidos e praticados nas atividades do dia a dia. O direito alenta o homem nos quesitos imponderáveis, na arte em todas as suas formas e na intuição, contemplando as informações inatas e as vivências.
Assim, nos novos contratos de gestores, devemos contemplar o tempo em casa, para produzirem o que nenhuma máquina conseguiu, ainda, fabricar: a ideia. A ocupação da mente ativa, nas horas de trabalho, impede a criatividade. A leitura de revistas semanais e o assistir a programas que suscitam o novo dão ao homem o mote para uma nova ideia que terá aplicação em sua atividade profissional.
A breve retrospectiva semanal exigida dos gestores, pelos seus superiores, vai avaliar se realmente aconteceu a construção em casa. O pensar, sempre comparando o diferente com as suas especialidades na empresa, levará certamente o profissional a alcançar o novo que causa admiração a todos.