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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

OS NOVOS CONTRATOS DE TRABALHO

Os contratos de trabalho tradicionais exigem do funcionário o conhecimento do saber sobre a área para a qual foi admitido e um horário a ser cumprido dentro da empresa contratante. Durante muito tempo, esse formato de parceria deu certo e muitas delas cresceram, graças ao conhecimento específico do empregado e a permanência do mesmo no trabalho.
Hoje a visão da melhor forma de contratar um colaborador depende do nível requerido para o cargo ou a função. A necessidade de compor o quadro com força de trabalho objetivo, que depende apenas de um manual, exige, mesmo hoje, aquele contrato tradicional. Mas, quando a necessidade do profissional é na área de recursos humanos, que exige o lidar com pessoas ou com a criatividade, a coisa muda de figura.
Atender aos clientes ou usuários exige do representante da empresa, naquele momento, não apenas o conhecimento de boas maneiras, mas, e principalmente, o domínio de algumas áreas da psicologia, conhecimentos gerais sobre a ação da sua firma junto à sociedade e o saber acerca do que está ocorrendo em torno do seu estabelecimento. A interdisciplinaridade, então, torna-se mais importante do que a superespecialização.
Exigir também conhecimentos que jamais serão utilizados durante seu trabalho, além de deixar o empregado ansioso para aplicar seu saber, faz com que o utilize sem lugar, o que pode vir a prejudicar seu desempenho, ao invés de melhorá-lo. O incentivo à leitura, nas horas de lazer, pode melhorar bastante o fazer bem de seu colaborador.
Por outro lado, a contratação de especialistas em trabalho intelectual muda bastante de figura, principalmente, quando a criatividade é necessária. Gestores, professores, palestrantes, ou profissionais que transmitem ideia ou sentimento e que podem ser inquiridos em seus contatos, mais do que ninguém, devem ser escolhidos e contratados de forma especial.
Em uma pesquisa feita com um universo de 10.000 pessoas, todas trabalhando oito horas por dia, sobre os momentos em que surgem as melhores ideias, 3% delas responderam que aparecem no trabalho e as 97% restantes afirmaram que ocorreriam: durante o banho, antes de dormir, quando não fazem nada, quando caminham, meditando, conversando, analisando, nas férias, bebendo e em outras ocasiões fora do trabalho. Como explicar isso?
Conhecemos, por meio de estudos biológicos e psíquicos, que nosso cérebro divide-se em dois lóbulos: o direito e o esquerdo. O esquerdo cuida dos saberes pragmáticos e cartesianos, que suscitam uma ordem de valor, graças aos conhecimentos aprendidos e praticados nas atividades do dia a dia. O direito alenta o homem nos quesitos imponderáveis, na arte em todas as suas formas e na intuição, contemplando as informações inatas e as vivências.
Assim, nos novos contratos de gestores, devemos contemplar o tempo em casa, para produzirem o que nenhuma máquina conseguiu, ainda, fabricar: a ideia. A ocupação da mente ativa, nas horas de trabalho, impede a criatividade. A leitura de revistas semanais e o assistir a programas que suscitam o novo dão ao homem o mote para uma nova ideia que terá aplicação em sua atividade profissional.
A breve retrospectiva semanal exigida dos gestores, pelos seus superiores, vai avaliar se realmente aconteceu a construção em casa. O pensar, sempre comparando o diferente com as suas especialidades na empresa, levará certamente o profissional a alcançar o novo que causa admiração a todos.

Um comentário:

  1. "No futuro não haverá empregos, ma trabalho, esta é a característica da Era do Conhecimento que começamos a vivenciar". Peter Drucker . Muito pertinente este assunto Sr. Wilson. Parabéns pela escolha e pela visão de futuro.

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