AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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sexta-feira, 19 de março de 2010

ECONOMIA E O CONHECIMENTO ATUAL


Durante muitos anos, a economia trabalhou em cima do aperfeiçoamento de manufaturados que eram vendidos, a cada momento, muitas vezes, aos mesmos clientes. As inovações introduzidas nesses bens industrializados eram bastante para a busca infinda pelos mais modernos e de última geração.
Os lucros levaram milhares de pessoas a montarem indústrias para fabricação de todo o tipo de equipamentos necessários ao conforto das pessoas. Assim, surgiram as indústrias japonesas para concorrer com as ocidentais, oferecendo bom preço e, muitas vezes, até um melhor desempenho dos seus utilitários.
Os chineses, que a princípio reproduziam aparelhos de baixo custo, mas de péssima qualidade, começaram a imitar as outras indústrias, com controle maior de qualidade e, graças à mão de obra de baixo valor, com preços tentadores para o mercado mundial. Os EUA que possuíam, em suas prateleiras, manufaturados japoneses, começaram a adotar a indústria chinesa.
Hoje a aquisição de equipamentos industrializados passa pela crítica acerca da necessidade real de uso no momento da compra. Quando se vê apenas uma utilização futura, de logo é cancelado o investimento, porque a dinâmica industrial é tal, que é melhor aguardar o momento do uso objetivo, do que comprar algo para utilização posterior, pois certamente já estará obsoleto.
A queda da efervescência industrial causada pela diminuição da aquisição intempestiva de produtos, devido à velocidade de atualização que levou os consumidores a uma atitude mais consciente e conservadora, fez com que a produção intelectual assumisse a liderança no mercado.
As indústrias de grande porte tornaram-se montadoras de artefatos constituídos por peças fabricadas por uma série de pequenos produtores que as fornecia a preços muito mais em conta. Os grandes magazines partiram para Show Room em menor espaço e vendas diretas da fábrica ao consumidor. Aos poucos a indústria e o comércio deram lugar a vendas e serviços.
Com o evento da tecnologia da informação, milhares de novos produtos começaram a invadir a comunidade produtora. A impressão em 3D é um exemplo de como o preparo intelectual cria propósitos inimagináveis. Agora, uma maquete, em poucas horas, pode sair de sua impressora, que vai produzindo a terceira dimensão em camadas. Cortes e detalhes diversos desse volume acontecem em um lapso de tempo. Eis a fase industrial dando lugar ao conhecimento.
O papel, a cada dia, é substituído pelos meios eletrônicos e seu arquivamento pode ser feito em qualquer parte do mundo, não necessariamente em seu escritório. Uma sala pequena e confortável serve como sede de sua empresa que se encontra, de forma contábil e organizacional, em uma pasta na estante que, por sua vez, aponta, simplesmente, para os endereços correspondentes aos arquivamentos memoráveis.
Programas e manutenção de equipamentos de informática não mais se fazem ao vivo. Links com empresas virtuais que cuidam desse tipo de suporte estão a navegar pelo Planeta em busca de serviços. Elas utilizam o conhecimento humano como fonte de soluções para problemas e serviços especiais. Implantar um novo programa ou imprimir, em 2D ou 3D, um arquivo em qualquer parte do mundo, hoje, já faz parte desses serviços.
Não está longe, o momento em que você poderá fabricar, onde estiver, seu fogão ou seu automóvel, simplesmente com uma impressora atemporal. É o conceito do próprio ser humano, um ser inteligente. Criatura capaz de pensar e construir – o inimaginável - apenas para aqueles que relegam o saber a serviço dos diplomas, mas não para os que buscam o conhecimento e que o fazem crescer – simplesmente - com o uso do cérebro!

O CUSTO DO INVESTIMENTO: PREÇO E VALOR


O ato de comprar é, na maioria das vezes, a necessidade de suprir uma falta ou atualização de algum bem. Isso pode ocorrer na obtenção de algo material ou, simplesmente, na contratação de um dado serviço. Em ambos os casos, existirá sempre um preço a se pagar que, a princípio, representa a contrapartida do proveito da compra. A vontade de comprar e a efetivação do negócio passam por uma análise de custo e benefício que, quando equivalentes, sacramentam o fechamento dessa atitude.
Como olhar para o binômio custo x benefício, motivador da efetivação do negócio? É o que vamos analisar a seguir.
Quando se adquiri alguma coisa, existe nessa aquisição uma perspectiva de funcionalidade ou atendimento às necessidades do comprador. É a satisfação desse anseio que caracteriza o equilíbrio do binômio referido anteriormente. Nesse caso, o que se paga corresponde ao valor do que se quer. O cliente não reclama o preço, pois os benefícios recebidos são satisfatórios. Os custos não são sentidos, porque o contentamento do comprador acontece.
No entanto, existem casos, e não raros, em que a compra não satisfaz e o preço é apontado como o vilão da história. Na verdade, busca-se na aquisição de alguma coisa a realização de um desejo de consumo, quando esse desejo não é locupletado, a insatisfação põe a culpa em algum componente do negócio. Sendo conhecedoras dos detalhes as duas partes interessadas no negócio, torna-se difícil apontar falhas que não sejam relacionadas ao preço, pois as outras variáveis são todas conhecidas, combinadas e aceitas.
A rejeição do consumidor também pode apontar para um fato muito simples: a compra do objeto não desejado. Muitas vezes, a imitação da moda, a compra visando apenas ao resultado final, enfim, o adquirir que não satisfaz os objetivos do momento torna alto o custo da compra. A propaganda desenfreada e as promoções exageradas, frequentemente, induzem o público ao consumo que não reside em si mesmo.
A inadimplência é um atestado de compra sem interesse. Nas escolas, esse mal, incentivado pela lei do calote, é muito comum. A necessidade do diploma leva o cidadão a matricular-se simplesmente com o intuito de obter o grau, sendo assim toda uma estrutura de informação e prática de mercado é violentada pelas críticas dos alunos que não sabem de forma consciente a que vieram.
O que se paga em uma IES (Instituição de Ensino Superior) particular, em média, é menor do que o salário recebido por uma secretária do lar. No entanto, notem que toda uma infraestrutura é oferecida, não só física como intelectual. Professores nas diversas áreas do conhecimento humano, biblioteca, laboratórios, internet para pesquisas, sombra e água fresca completam o caudal de serviços oferecidos pela escola.
A reclamação de preço é a desculpa utilizada para a falta de valor agregado à compra, no caso, o interesse do aluno em aprender para a construção do conhecimento e a vida. Quando o aprender é apenas para conseguir os créditos do diploma, realmente, o custo é grande. O aprendizado é um caminho de mão dupla, o aluno tem que participar para poder colher o valor que lhe é proposto.
O valor que se paga por um investimento deve corresponder aos benefícios recebidos, quando isso não acontece, os custos são sentidos, ou seja, o serviço da compra torna-se alto. Para quem vende, que é o ponto alto de hoje, quando seu futuro cliente acha caro o que lhe é oferecido, esse argumento deve apontar para um desses fatos: consumismo desmedido ou um investimento que não tem o valor agregado, ou seja, não é o que se quer.
Dessa forma não se deve sucatear o produto, baixando seu preço, mas sim tentar descobrir os motivos verdadeiros da rejeição.

domingo, 7 de março de 2010

POR QUE A MULHER É MAL REMUNERADA?

Hoje, as oportunidades de emprego têm surgido para os homens e as mulheres quase na mesma proporção. Os homens, como tradicionalmente são os mantenedores, têm logrado maior êxito do que as mulheres nas contratações atuais. A fama dos homens como aqueles que sustentam o lar faz com que as empresas contratem com o intuito de garantir a sustentabilidade dos casais.
Por outro lado, a mulher tem se mantido como o timoneiro do lar, arcando com as responsabilidades da gestão da casa e educação da família. Isso ocorre, normalmente, de forma regular, não depende da formação técnico-científica da mesma, o que é de grande valor e deve ser compartilhado com o trabalho externo. Infelizmente, a própria sociedade tem trabalhado no sentido de desprestigiar a mulher que, orgulhosa de uma defesa enganadora, alimenta essa trajetória sem objetivos que não sejam os da vaidade. Criação de delegacias específicas, maior descanso na licença maternidade, e tantos outros “benefícios” têm levado a sociedade a estigmatizar a mulher.
A relação de igualdade entre o homem e a mulher jamais admitiria uma delegacia especial para tratar de assuntos femininos, a não ser para dar oportunidade de emprego para as delegadas, o que não faz sentido, pois elas poderiam atuar em qualquer outra delegacia Esses tratamentos especiais parecem desvalorizar o trabalho feminino como se o profissionalismo da mulher tivesse de ser ajudado e fosse diferente e inferior ao do homem.
Como grande consequência do tratamento diferenciado recebido pela comunidade feminina, vêm os tristes resultados. Nos contratos de trabalho, o pagamento menor acontece devido às maiores dificuldades de emprego provocadas pelas especificidades do tratamento social dado à mulher, como, por exemplo, a licença maternidade exagerada, quando jovem e em época de reprodução e a fragilidade rotulada, inexistente no ser feminino, quando na idade madura.
Como melhorar esse posicionamento da mulher junto ao emprego? É muito fácil. Basta que a comunidade feminina se imponha como capaz e abra mão das facilidades, politicamente vantajosas, que os homens, particularmente, querem colocar com o intuito de tirar vantagens. Ao dizer que a mulher precisa de proteção passa para os agressores um incentivo maior à agressividade que não para, pois a covardia não quer encontrar litigante, mas sim facilidades.
Mostrar a mulher como pessoa portadora de grande informação inata, corajosa e decidida em suas atitudes, alertará a sociedade para o acontecer verdadeiro da mulher. Nem medo nem embaraço, mas sim determinação que não queda perante a atitudes agressivas, de quem quer que seja, levará a mulher a um novo conceito diante da sociedade. Mostrá-la assim pode levá-la a perder certas mordomias, mas, tenho certeza de que a valorização profissional se traduzirá em salários compatíveis com sua capacidade de trabalho, já atestada e consolidada nos dias de hoje
Assim, vamos tornar a mulher emancipada verdadeiramente. As falsas colocações de igualdade de oportunidade, carregadas de preconceitos, jamais podem ser contabilizadas como vitórias consagradas. É claro que a posição da mulher de hoje, junto aos humanos, transcendem qualquer ideia futurista do passado. Mas essa posição tem que ser ratificada ou traduzida sem aquelas escolhas: o que era bom, que continue e o que era ruim, que se vá.
Mulheres, assumam verdadeiramente a posição que conquistaram, de forma total, sem a desfaçatez do querer estar, sem ser.

PROCURA-SE UM ESPECIALISTA

Já se foi a época em que o simples trabalhar com afinco e honestidade era o suficiente para se obter, depois de alguns anos, a independência financeira tão almejada por qualquer um. Muitas fortunas de hoje assim foram construídas. O Grupo João Santos e tantos outros nasceram do trabalho de pessoas simples que amavam o que faziam.
Depois, veio a época de a promoção social depender da graduação em um curso superior, e como não poderia deixar de ser, somada a muito trabalho. A própria continuidade ou manutenção das fortunas muito dependeu disso. Temos como exemplo, o Grupo Votorantim, cuja maior ascensão deveu-se ao estudioso e bem preparado, intelectualmente, Antônio Ermírio de Moraes. Como também, a queda do império de F. Pessoa de Queiroz, que feneceu por falta de continuidade por pessoas preparadas.
Hoje, a formatura em um curso superior não é o bastante para se galgar uma posição de destaque na sociedade. É preciso saber decidir. As tomadas de decisões não dependem simplesmente das informações ortodoxas, aprendidas nos bancos escolares, em um dado curso superior, mas, sobretudo, repousam no vivenciar o diverso e as doutrinas dos saberes atuais.
As ciências sociais, as formaturas específicas e a consciência da prática sustentável é o que vai nortear o desenvolvimento social nesta década e nas futuras. As novas profissões surgirão e o sujeito da epopeia do progresso terá que apresentar esse perfil múltiplo, que exige uma formação com a interdisciplinaridade necessária para a absorção da evolução científica.
Aprender a debruçar-se no conhecimento e extrair dele todo o arsenal de informações que aponta para o que está por vir e antecipa o homem à comunhão dos aconteceres que surgirão no futuro. O pensar profundo sobre os comportamentos sociais da atualidade e a esquematização das possibilidades do surgimento do novo prestarão grande ajuda ao ser que deseja desenvolver uma atitude criadora.
A especialização convergente cedeu lugar ao ecletismo. A visão do mundo multifacetado exige um preparo diferente daquele que ainda insistem em ensinar nas escolas de graduação. Não falamos aqui no caleidoscópio dos ensinamentos, que passa em nossa frente como uma revisão, proporcionado pelas “modernas escolas” que visam ao diplomar a baixo custo. Falamos, sim, da diversidade da informação com suas doutrinas que permitem a consciência dos conceitos e que podem levar o aprendiz a várias saídas nas encruzilhadas científicas.
Vislumbrar o futuro e saber como o presente pode chegar lá é, hoje, o grande segredo do saber. O trem está passando, e quem for passageiro cuide em entrar logo para não ficar sem assento. As escolhas de hoje irão, com certeza, ajudá-lo ou persegui-lo por todo o futuro caminhar. Não adianta querer mudar as tendências do mercado, são elas que ditam o que fazer à própria sociedade e que, talvez, pouco entenda que ela mesma foi a causa do acontecer de hoje.
A sorte ou a estrela já não acontece com tanta facilidade. É melhor ter o pé no chão e seguir as ordens do dia. É necessário buscar, no conhecimento diversificado, que inclui os saberes técnicos, sociais e ecológicos; o desenvolvimento intelectual necessário, nos dias de hoje, para alcançar a independência mental e financeira.
Só a visão do mundo pluralista, que hoje se impõe, levará o homem a perseguir o aprender consciente, sem os engodos que levaram muitos cidadãos a manter seus diplomas escondidos no baú das facilidades que não garantiam a sustentabilidade.