Depois, veio a época de a promoção social depender da graduação em um curso superior, e como não poderia deixar de ser, somada a muito trabalho. A própria continuidade ou manutenção das fortunas muito dependeu disso. Temos como exemplo, o Grupo Votorantim, cuja maior ascensão deveu-se ao estudioso e bem preparado, intelectualmente, Antônio Ermírio de Moraes. Como também, a queda do império de F. Pessoa de Queiroz, que feneceu por falta de continuidade por pessoas preparadas.
Hoje, a formatura em um curso superior não é o bastante para se galgar uma posição de destaque na sociedade. É preciso saber decidir. As tomadas de decisões não dependem simplesmente das informações ortodoxas, aprendidas nos bancos escolares, em um dado curso superior, mas, sobretudo, repousam no vivenciar o diverso e as doutrinas dos saberes atuais.
As ciências sociais, as formaturas específicas e a consciência da prática sustentável é o que vai nortear o desenvolvimento social nesta década e nas futuras. As novas profissões surgirão e o sujeito da epopeia do progresso terá que apresentar esse perfil múltiplo, que exige uma formação com a interdisciplinaridade necessária para a absorção da evolução científica.
Aprender a debruçar-se no conhecimento e extrair dele todo o arsenal de informações que aponta para o que está por vir e antecipa o homem à comunhão dos aconteceres que surgirão no futuro. O pensar profundo sobre os comportamentos sociais da atualidade e a esquematização das possibilidades do surgimento do novo prestarão grande ajuda ao ser que deseja desenvolver uma atitude criadora.
A especialização convergente cedeu lugar ao ecletismo. A visão do mundo multifacetado exige um preparo diferente daquele que ainda insistem em ensinar nas escolas de graduação. Não falamos aqui no caleidoscópio dos ensinamentos, que passa em nossa frente como uma revisão, proporcionado pelas “modernas escolas” que visam ao diplomar a baixo custo. Falamos, sim, da diversidade da informação com suas doutrinas que permitem a consciência dos conceitos e que podem levar o aprendiz a várias saídas nas encruzilhadas científicas.
Vislumbrar o futuro e saber como o presente pode chegar lá é, hoje, o grande segredo do saber. O trem está passando, e quem for passageiro cuide em entrar logo para não ficar sem assento. As escolhas de hoje irão, com certeza, ajudá-lo ou persegui-lo por todo o futuro caminhar. Não adianta querer mudar as tendências do mercado, são elas que ditam o que fazer à própria sociedade e que, talvez, pouco entenda que ela mesma foi a causa do acontecer de hoje.
A sorte ou a estrela já não acontece com tanta facilidade. É melhor ter o pé no chão e seguir as ordens do dia. É necessário buscar, no conhecimento diversificado, que inclui os saberes técnicos, sociais e ecológicos; o desenvolvimento intelectual necessário, nos dias de hoje, para alcançar a independência mental e financeira.
Só a visão do mundo pluralista, que hoje se impõe, levará o homem a perseguir o aprender consciente, sem os engodos que levaram muitos cidadãos a manter seus diplomas escondidos no baú das facilidades que não garantiam a sustentabilidade.
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