Como olhar para o binômio custo x benefício, motivador da efetivação do negócio? É o que vamos analisar a seguir.
Quando se adquiri alguma coisa, existe nessa aquisição uma perspectiva de funcionalidade ou atendimento às necessidades do comprador. É a satisfação desse anseio que caracteriza o equilíbrio do binômio referido anteriormente. Nesse caso, o que se paga corresponde ao valor do que se quer. O cliente não reclama o preço, pois os benefícios recebidos são satisfatórios. Os custos não são sentidos, porque o contentamento do comprador acontece.
No entanto, existem casos, e não raros, em que a compra não satisfaz e o preço é apontado como o vilão da história. Na verdade, busca-se na aquisição de alguma coisa a realização de um desejo de consumo, quando esse desejo não é locupletado, a insatisfação põe a culpa em algum componente do negócio. Sendo conhecedoras dos detalhes as duas partes interessadas no negócio, torna-se difícil apontar falhas que não sejam relacionadas ao preço, pois as outras variáveis são todas conhecidas, combinadas e aceitas.
A rejeição do consumidor também pode apontar para um fato muito simples: a compra do objeto não desejado. Muitas vezes, a imitação da moda, a compra visando apenas ao resultado final, enfim, o adquirir que não satisfaz os objetivos do momento torna alto o custo da compra. A propaganda desenfreada e as promoções exageradas, frequentemente, induzem o público ao consumo que não reside em si mesmo.
A inadimplência é um atestado de compra sem interesse. Nas escolas, esse mal, incentivado pela lei do calote, é muito comum. A necessidade do diploma leva o cidadão a matricular-se simplesmente com o intuito de obter o grau, sendo assim toda uma estrutura de informação e prática de mercado é violentada pelas críticas dos alunos que não sabem de forma consciente a que vieram.
O que se paga em uma IES (Instituição de Ensino Superior) particular, em média, é menor do que o salário recebido por uma secretária do lar. No entanto, notem que toda uma infraestrutura é oferecida, não só física como intelectual. Professores nas diversas áreas do conhecimento humano, biblioteca, laboratórios, internet para pesquisas, sombra e água fresca completam o caudal de serviços oferecidos pela escola.
A reclamação de preço é a desculpa utilizada para a falta de valor agregado à compra, no caso, o interesse do aluno em aprender para a construção do conhecimento e a vida. Quando o aprender é apenas para conseguir os créditos do diploma, realmente, o custo é grande. O aprendizado é um caminho de mão dupla, o aluno tem que participar para poder colher o valor que lhe é proposto.
O valor que se paga por um investimento deve corresponder aos benefícios recebidos, quando isso não acontece, os custos são sentidos, ou seja, o serviço da compra torna-se alto. Para quem vende, que é o ponto alto de hoje, quando seu futuro cliente acha caro o que lhe é oferecido, esse argumento deve apontar para um desses fatos: consumismo desmedido ou um investimento que não tem o valor agregado, ou seja, não é o que se quer.
Dessa forma não se deve sucatear o produto, baixando seu preço, mas sim tentar descobrir os motivos verdadeiros da rejeição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário