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quinta-feira, 15 de abril de 2010

EDUCAÇÃO NÃO FUNCIONA POR ATACADO


O Brasil é um país continental! Que significa isso? Simplesmente que o tamanho físico do nosso país é comparado com o tamanho de um continente. Isso cria uma série de dificuldades em sua administração. Apesar de ser uma Nação, são caracterizadas suas diversas regiões por desenvolvimento diferenciado com consequente cultura e poder aquisitivo bem característicos.
Nação, do
latim natio, de natus (nascido), é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, que falam o mesmo idioma e têm os mesmos costumes; formando, assim, um povo, cujos elementos componentes trazem consigo as mesmas características étnicas e se mantêm unidos pelos hábitos, pelas tradições, pela religião, língua e consciência nacional.
Partindo dos fatos observados de início, não é possível
estabelecer em cada uma das regiões brasileiras as mesmas regras em segmentos específicos. Por exemplo, não se pode exigir desempenho igual de um cidadão em regiões extremas como o Sudeste e o Norte do País, pois o poder aquisitivo dessas duas regiões é bastante diferente, ocasionando melhor educação formal para aqueles que habitam o sudeste, região mais desenvolvida.
É o mesmo que comparar o investimento dos países ricos, em determinado setor, com países em desenvolvimento, como o Brasil. Os 3,5% do PIB que o Brasil e os EUA investem em educação correspondem a dinheiros de tamanhos diferentes, pois o PIB nacional é quase 10% do PIB americano. Claro que a carência no educar, em número de pessoas e de qualidade, é bastante grande em nosso País.
O nosso ministro Fernando Haddad afirmou: “O País vive um momento inusitado em que o problema do ensino público está mais para má gestão que verba!” (Fonte: revista Linha Direta ED141 ano 13 dez 2009). Ora, não é nem o caso de má gestão, o fato real é que se quer adotar uma administração centralizada em um país continente. E mais, as mesmas regras nas definições de controle e investimento educacional nas diversas regiões brasileiras sem o respeito as suas peculiaridades.
Para não citar os grandes erros cometidos nos métodos de avaliação das escolas superiores e nos programas nacionais de inclusão educacional, vamos nos reportar às falhas cometidas pelos órgãos coadjuvantes do MEC em dois grandes momentos nos últimos meses.
Primeiro, a grande falha: a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em 2009, com as provas saindo de uma única central para cidades diversas e distantes de 100 a 3000 km. Isso provocou o caos definido como vazamento de informações. E, em segundo lugar, os erros cometidos na distribuição de vagas das federais que causaram transtornos, os mais diversos, aos estudantes brasileiros.
Mais uma vez afirmamos: educação é um segmento diferenciado. Os senhores responsáveis por esse setor, nacionalmente, devem buscar sugestões e conselhos com aqueles que labutam nessa área há dezenas de anos. Não se faz educação por atacado, gestão maior/consumidor. É necessário que os comandantes das IES (Instituições de Ensino Superior) levem a ideia dos organizadores nacionais até seus alunos, traduzindo dentro da cultura de sua região, no varejo, as determinações do MEC, de forma a atender com respeito cultural os anseios de seus correligionários. Ainda é preciso descentralizar o poder para crescer com boa gestão.
Vamos prestigiar mais as instituições particulares de ensino, buscando a colaboração delas e, finalmente, compreendendo que existem para ajudar o Governo na árdua tarefa de educar. Só assim, com parceria, poderemos vencer as grandes demandas e distâncias com organização.

Um comentário:

  1. Caro Professor, meu eterno Mestre.
    Preciso estudar mais sobre esse assunto, muito mito me interessa. Vou viajar com o sr
    , com mais freqüência neste forum extraordinário.
    Tenho algumas considerações a fazer o estes temas maravilhoso.
    Sinto falda das nossas conversar,quando era ouvidor, tenhamos-bons papos.
    Um forte Abraço, meu eterno Mestre.
    braços,
    Marcos Assis 02_junho_2010

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