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sexta-feira, 7 de maio de 2010

E NEM PENSOU NOS VESTIBULANDOS...


O Governo tem tratado diversos assuntos de grande importância (como política externa, reforma tributária, educação, etc.) de forma muito simples como se o único objetivo fosse atender aos burocratas e não à população brasileira. É bom lembrar que políticos são os verdadeiros representantes do povo, por isso devem colocar os cidadãos brasileiros em primeiro lugar.
O Brasil, como um país de dimensões continentais, ainda mais, com núcleos populacionais que mal sobrevivem em contraste com outros bastante afortunados, não pode adotar regras gerais como se a informação atingisse, por exemplo, São Paulo e Acre da mesma forma. É preciso que especialistas cuidem setorialmente das coisas do povo e não o poder central.
A educação é um caso totalmente diferenciado que carece de maior especificidade do que qualquer outro setor. Primeiro, porque educar é, acima de tudo, adequar o cidadão ao meio. Segundo, porque toda mudança de ritos educacionais tem que passar por etapas, então não pode acontecer bruscamente. Terceiro, porque as avaliações têm que corresponder à cultura média e ao interesse do povo avaliado. Quarto, porque as oportunidades não devem gerar violências como a de invadir territórios mais indefesos. Só para citar alguns motivos.
O novo ENEM tem causado transtornos, os mais diversos, nos segmentos sujeitos a suas normas. Os cursos preparatórios, que têm melhorado o baixo nível do ensino médio, principalmente do estatal, não são respeitados como instituições que colaboram com o Governo, aprimorando o nível intelectual dos futuros graduados.
Pelo contrário, são taxados de mercantis, são desrespeitados como se fossem causadores do insucesso da educação brasileira. Até parecem casas suspeitas, pelo desprezo que sofrem dos detentores do poder. Por que não avaliar estudantes antes e depois do cursinho? É preciso, acabar com a mão de força no setor educacional. Pelo menos que se contratem especialistas em educação.
O milagre brasileiro dos anos 70 descentralizava o setor educacional. O MEC, por meio de suas delegacias regionais, atendia, de forma inequívoca, aos verdadeiros anseios da população brasileira. Agora é um troca-troca, para ver se dar certo, que nunca termina. “Não se pode abarcar o mundo com as pernas”, diz um refrão popular. Enquanto o Governo insistir nessa centralização exagerada, nada dará certo. Tem que se contar com a colaboração de todos para se extrair o melhor.
País como os EUA respeita até as discrepâncias nas leis, que diferem em cada estado, em respeito à liberdade de ação de seus cidadãos. Não se podem estabelecer regras gerais para um povo que vive as diferenças culturais regionais e climáticas. Lembramos que, anos atrás, o horário de verão era válido para todo o país, mas esse equívoco foi corrigido em tempo. Que agora o ENEM corrija suas distorções em respeito ao povo que vive com especificidades bastante aguçadas.
Claramente, atrás de outros interesses, estão, muitas vezes, as normas criadas nos dias de hoje. Os objetivos de cada novidade emanada pelo Poder Central têm que ter a maior transparência possível para poder encarar o povo, que compõe esta Nação, de frente. Certamente, a universalidade das entradas em cursos superiores nacionais acontece para evitar vagas ociosas nas universidades do Norte e Nordeste.
A solução é melhorar, nas regiões mais carentes, o ensino médio estatal, em nível e na oferta. Essas inclusões exclusivas, como o sistema de cotas e outras, já bastam. É verdade que o povo brasileiro precisa de “muita leitura”, no entanto é bastante inteligente para não se deixar influenciar por vozes que não condizem com a verdade.

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