As exposições audiovisuais sempre terão o seu lugar, mostrando de forma mais dinâmica o conhecimento posto, assim como levando, até a sala de aula, filmes e vídeos de manuseios práticos e lugares que estarão por vir habitar, em breve, as respostas práticas dos eventos teóricos estudados. As consultas e pesquisas na internet e web vieram para ficar e jamais podemos abrir mão das mostras ali colocadas, pois nos levam ao conceito globalizado do que buscamos ou pretendemos que faça parte de nossa reserva de conhecimento, para suprir uma indagação futura.
Como desenvolver a mente do aluno para uma atitude científica que contemple a sociedade e não fazer dela uma mera depositária do conhecimento? Eis a questão que tem sido esquecida por nossos mestres, doutores e pelo próprio sistema de avaliação do aprendizado que apenas investiga o conhecimento e não a disseminação e sociabilização do mesmo.
A atitude do professor na sala de aula precisa contemplar não só a motivação que traz o novo, mas também, e principalmente, o diálogo entre o corpo discente e o mestre. Essa troca de atitude que torna o aluno participativo na aula, hoje tão atual nos programas informatizados que a cada dia buscam mais a interatividade, pouco tem acontecido nas bancas escolares.
A repressão a respostas erradas jamais deve acontecer, pois, na verdade, aquela fala pode alertar o próprio professor acerca do seu formato de expor o assunto, que levou seu discípulo ao pouco acolhimento do conceito. Paralelamente essa atitude pouco cortês inibirá seus estudantes para o diálogo vertical tão necessário nos dias de hoje.
Como professor universitário – há mais de 45 anos – lembro-me de quanto mal a censura estabelecida, no período entre 1964 e 1980, causou à relação aluno/professor, que, de certa forma, ainda invade esse espaço. Por isso é que devemos investir muito para trazer de volta o diálogo ao binômio educador/educando.
Os alunos de hoje se constituirão futuros profissionais que devem ser preparados, além de intelectualmente, também socialmente. O dar-se social não esquece o diálogo, que vende não só o profissional como também o objeto de sua profissão. Ensinar seu aluno a desenvolver uma atitude criadora enquanto expõe suas ideias é uma das funções do professor. Para tanto, a busca pela participação de seus discípulos, através de questões orais que desenvolvam a desinibição e a tranquilidade ao responder, constitui-se como uma atitude excelente dos educadores nos dias de hoje.
Dessa forma, o agente do saber deve, a cada momento, coibir a censura dos próprios colegas de sala aos vexames que, por acaso, venham a acontecer com aqueles que de forma altiva pensam em desenvolver a sua atitude junto à comunidade que ali está para aprender. Compor o diálogo, sempre necessário aos que trabalham com educação, deve perseguir os pensamentos dos professores mesmo que as questões pouco digam do momento científico.
Atualmente a escola europeia pensa seriamente em modificar a forma do ensinar, que contempla uma grande distância entre o educador e o educando. A permissão da pergunta do discípulo ao professor já é aceita hoje, pois antes o aluno teria que aguardar os assistentes para esclarecer as suas dúvidas.
Nesse particular, já estamos melhor que alguns países do primeiro mundo
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