Como não poderia deixar de ser, a caça ao título gerou uma multidão de pessoas que não encontraram seu título de eleitor. Umas já o tinham perdido anos atrás; outras não conseguiram encontrar o documento esquecido por vários anos, durante os quais não era solicitado e a memória o perdera no tempo; e ainda aquelas que quase o tinham desaparecido, de velho, rasgado e desbotado.
Foi uma carreira imensa atrás do “mapa” desaparecido, diversos locais foram abertos com a intenção de refazer o documento perdido, esquecido e destroçado. Surgiram filas intermináveis em busca do direito de votar e reafirmar sua cidadania. Atrasos e faltas foram perdoadas nos empregos, pois o chefe tinha que colaborar com seu funcionário, carente de demonstrar sua lealdade para com a democracia.
Discussões houve nas alas democráticas junto aos que furavam as filas em busca de diminuir o tempo fora de seus afazeres, que jamais deixaram de ser cobrados pelos patrões ou pelo próprio ter que fazer.
No apagar das luzes do prazo estabelecido para a obtenção do novo título de eleitor, surge uma dúvida sobre a obrigatoriedade da apresentação do documento, pois o Supremo Tribunal Federal estaria analisando essa determinação. Quando ainda engrossavam as filas para os eleitores que buscavam a troca de seus títulos velhos, vem a notícia: “Não será mais obrigada a apresentação de dois documentos no dia da votação, apenas a identidade ou qualquer outro documento com o retrato do portador será necessário!”
E agora? Como fica o tempo perdido por nada? E os prejuízos com os gastos para ir e vir, para fazer refeições durante a permanência em filas e na redução do tempo produtor? Afora aqueles outros subjetivos, não mensuráveis, talvez muito mais danosos!
Onde estão os motivos da duplicidade dos documentos necessários à votação, agora esquecidos? Onde estão, enfim, os motivos que provocaram toda essa perda de tempo e dinheiro por algo que simplesmente feneceu antes mesmo de justificar sua própria existência?
Será que as gráficas que emitiram os novos títulos em papel de segurança, os programadores que criaram os softwares, as empresas que venderam as impressoras e computadores, enfim, todo o complexo criado para esse evento eleitoreiro indenizará os prejuízos citados aqui? E quem vai ressarcir o mau emprego dos nossos impostos que pagou o infundado?
É preciso um maior apreço ao bem público e aos cidadãos. É incrível a falta de respeito aos eleitores na época em que os políticos vão precisar de seus votos para manter seus ganhos exagerados! Um povo sem educação dar-se muito pouco valor e pensa que está recebendo favores dos políticos pela oportunidade de votarem e, assim, de estarem “exercendo a sua cidadania!”
Dr. Wilson:
ResponderExcluirAcho que o senhor acertou novamente, principalmente, na conclusão, pois os políticos, só exercem sua plena função, a qual seja a obediência a população, quando precisam de seus votos. É impressionante a falta de preparo e a precariedade da classe política brasileira, com isso, dá um pouco de medo de como vai ser feita a copa de 2014. Grande abraço
Tudo isso um furdunço,total falta de juízo desses que estão no comando e deveriam ser mais responsáveis,e voto obrigatório é coisa de país atrasado...todos eles para a Casa Verde!
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