quarta-feira, 30 de março de 2011
AVALIANDO OS ADÁGIOS POPULARES
Muitas vezes, assistimos a pessoas idosas comentarem mitos e chavões com tal segurança que somos capazes de esconder a verdade do nosso conhecimento sábio em prol das “assertivas” quase que impostas por essas pessoas mais vividas. Isso acontece porque, geralmente, nunca foi pesquisada ou estudada a origem dessas quimeras quase mágicas. Alguns mitos, como o possível mal advindo do comer manga ou banana com leite, já foram dizimados, pois hoje se sabe que essa ideia foi imposta por fazendeiros para evitar o consumo do leite de suas vacas pelos peões. Apostavam nesse malefício como inibidor dessa ingestão, pois era muito comum o desjejum com frutas como mangas ou bananas, por serem muito mais acessíveis. Hoje muitos mitos ainda não foram esclarecidos. Chás diversos para eliminar pedras nos rins e unguentos com folha de pimenteira ou pele de tomate embebida com azeite aquecido como solução para espinhas e furúnculos ainda são utilizados sem o conhecimento de suas verdades. Ingerir sal para pressão arterial baixa, não tomar bebidas alcoólicas enquanto estiver usando antibióticos, para não tirar o efeito do medicamento, e outros conselhos que nenhum cunho científico possuem, são adotados como verdadeiros. Só para esclarecer a verdade das citações do último parágrafo, adiantamos: a água do chá é que dilui a pedra que se aloja nos rins; o calor é o que ativa a circulação; o sal retém líquido, faz mal aos hipertensos e não dar resultado para os hipotensos; o álcool aumenta a diurese que elimina o antibiótico mais rapidamente. Na verdade, essas mentiras são formas de convencimento mais eficazes que evitam males maiores. E aí, são válidos esses mitos como tantos outros? Acho que não. Quando não conhecemos a verdade que nos impulsiona para uma tomada de posição, agimos no escuro sobre nós mesmos e transmitimos uma informação mentirosa para os nossos descendentes. Hoje esses engodos não são justificados, pois a internet e outras formas de solver a informação verdadeira estão muito perto de todos, sendo assim seremos desmascarados facilmente. A intenção deste texto é chamar a atenção do público para acreditar apenas em conceitos de bases verdadeiras. Isso acontece pedindo a quem quer lhe impor um conhecimento, que dê uma explicação coerente acerca do processo que emerge com a solução pouco esclarecedora. Dizer simplesmente “sei que é assim”, não é suficiente! Não só na área da saúde, mas também em outros segmentos, acontecem recados que só têm validade em determinadas circunstâncias. “Quem não deve não cresce”, por exemplo, é aceitável quando seu negócio dá uma lucratividade suficiente para pagar os custos e ainda desenvolve-se no mercado. Assim é bom sempre lembrar que “cada caso é um caso”, como se diz popularmente, e a partir daí verificar se o adágio popular é aplicável a você ou não. Sempre buscando o porquê de aquele conselho ter se tornado um adágio popular.
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Dr.Barretto, seu texto me inspirou criar um novo adágio científico:
ResponderExcluirO POVO,INSTRUÍDO,JAMAIS SERÁ VENCIDO!
Ora, a união faz a força, mas só o conhecimento permite nos guiar.
mdfte