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sábado, 23 de julho de 2011

A CIBERNETIZAÇÃO PROGRESSIVA DO HUMANO


Os poderes incalculáveis alcançados hoje pela cibernética têm despertado no homem uma inveja terrível do fazer-se máquina que, quase mágico, é capaz de antever o futuro e se determinar sem paixões, sem constrangimentos, sem dor. Um toque, muitas vezes, remoto ou no próprio acontecer virtual pode levar a pessoa a uma infinidade de lugares, a observar o tempo, as pessoas, enfim, “quase” todo o universo de quereres que não calam dentro das compulsões humanas sempre em conflito com a finitude da vida.
Na verdade, pouco se sabe sobre os nossos recursos enquanto seres sujeitos a um corpo que desencanta, transforma-se, envelhece e, por fim, morre. Estamos simplesmente acostumados a utilizar os nossos poderes físicos que, de forma objetiva e grandiosa, proporcionam a nós todo o caudal de vivências, com prazeres permitidos pelos nossos sentidos, guardiões de nosso corpo físico. Os poderes da mente, até então, têm sido pouco explorados e limitados simplesmente a criar outras identidades companheiras de nós mesmos que são virtuais e etéreas, mas satisfazem o saber do para sempre que pode acontecer conosco. Talvez se a humanidade investisse mais em descobrir nossas faculdades extras-sensoriais, possivelmente encontraria os poderes mágicos buscados na cibernetização.
Os encontros na internet têm levado as pessoas a uma interação “mente versus mente” que torna o corpo apenas um empecilho com necessidade de alimento, asseio e diversão, em resumo, algo a ser cuidado que subtrai o tempo desses momentos. A comunicação sem o pragmatismo do físico pode favorecer a uma diversidade de identificações como nome, idade, sexo, sexualidade e profissão que podem ser adequadas ao momento rico em determinadas circunstâncias especiais. Dessa forma, o corpo se torna um fardo a ser eliminado.
Para os que acreditam na Inteligência Artificial, os robôs um dia terão sensibilidade e raciocínio capazes de substituírem os homens nas mais diversas atividades do cotidiano. Enquanto as máquinas se humanizam, as pessoas se mecanizam. A visão do progresso cibernético leva os aficionados pela robotização a imaginarem a colocação de sua “mente” em uma máquina. Esta de fácil manutenção e longa vida poderá substituir o corpo frágil e, em momentos críticos, ser substituída, transferindo-se a “mente” para um novo “corpo” que dará continuidade à vida cerebral ora transferida.
A herança será negada às psiques que seguirão como descendentes desses robôs. O progresso talvez estanque e uma nova redisposição da intimidade robótica haverão de acontecer. Quem fará essa renovação? Clones pensarão como clones e o novo não se estabelecerá!

Um comentário:

  1. Dr.Wilson, sofremos do mal do século, a solidão do abandono seja social ou afetivo, isso gera um problema de Saúde Pública que tem deixado muitos a padecer depressão em todas as classes sociais.
    A internete presente nas comunidades mais pobres e constando projetos políticos em massa por vários países do mundo visando acabar com o analfabetismo digital e, mesmo parecendo contra-senso estimulando as fantasias através das máquinas as quais seu convívio social lhes furta: desde sua cidadania, bens materias, cuidados, respeito, amor, amizade,educação,diálogo etc,etc,etc... ESTÃO NOS TORNANDO ANALFABETOS SENTIMENTAIS E LIMITADOS!
    No virtual, cria-se o mito de si mesmo, deixando-se de lado a construção do novo que muito vem do viver empírico coletivo que precisa ser associado ao mundo teórico particular gerando mudanças para proveito de todos, do qual a família é uma célula com o dever de socializar seus membros ao máximo. Espiritualidade é ótimo, racionalidade, idem. Que haja um equilíbrio onde as pessoas consigam associar a sensibilidade à vida prática. Estamos bárbaros para exterminar a violência, temos nos auto-mutilado aplicando algo como terapia Ludovico em nós mesmos no desespero de nos salvar de nossas compulsões; terapia esta famosa de um filme dirigido por Stanley Kubrick, cujo processo consiste em injetar nossos piores instintos em nós mesmos através de um processo que gere dor e aversão. Dificilmente a mente humana manifesta repúdio aos males que ocorrem, frequentemente temos nos adaptado a estes para depois nos refugiarmos cada um em seu mundinho, continuamos lançando pedras em nossos corações empedernidos sem surtir efeitos, matando-se os bons sentimentos conosco e com o próximo. As ciências humanas em desuso, o homem laranja mecânica e robôs com seus instintos programados. Nosso corpo nosso templo, nossa mente nossa origem, creio que estudando mais a fundo chegaremos a um estado da matéria mais elevado e ignorado pela nossa falta de compreensão dessa enorme extensão cerebral que somos nós mesmos uns dos outros, e ligados a uma fonte maior. ÀS vezes é bom mergulhar um pouco no "desconhecido" e deixar de lado a filosofia insana cotidiana. Sempre haverão compulsões com terapias malfadadas ... afinidade e bem querer, seu Dr., são coisas "do coração."... Mas que aula legal! O Dr. "de lá", e eu "de cá"... rsrsrsr abraço,mdfte AHHH...a sociedade ensandece, distúrbios deixam o termômetro de humor alterado: sou do forte de pau amarelo, às vezes só estou no forte de pamarelo, mas se for analisar,Dr.Barretto, o sujeito nunca consta, ele se estende... porque para a matéria fenecida só consta mesmo sete palmos e nada mais de nossa ignorância. Como dizia Adorno:"As paixões humanas só se detêm diante de uma força moral que elas respeitam. Se qualquer autoridade desse gênero inexiste, é a lei do mais forte que reina e, latente ou agudo, o estado de guerra é necessariamente crônico". Vamos mudar o estado de espírito...Porque se depender do Estado todo mundo morre! Até o mais socialista Karl marx apregoava que o mundo nasce das idéias, somente das idéias de nossas cabeças, Deus não é criador, é criatura de nossas cabeças. Mas se Marx, este filósofo/economista fosse vivo eu questionaria a ele, acaso foram nossas idéias que formularam toda a criação? Tudo que o homem não criou, então não é idéia? É puro caos, mera partícula que através de estudos não identificam a fonte original de seu estado material? É o homem deus, senhor de si mesmo, o único ser onisciente e dotado da capacidade criativa para fazer cuspir no solo do qual precisa se alimentar todo dia,fazendo fruticar seus víveres?
    Somos seres mesquinhos e miseráveis dotados de uma vaidade sem precedentes. Contemplemos os lírios dos campos, pois nem Salomão em sua maior glória se vestiu como um deles.

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