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domingo, 23 de outubro de 2011

A QUEDA DAS MATRÍCULAS DE UNIVERSITÁRIOS


Notícia divulgada em jornal de nossa cidade informa a queda, em anos anteriores, das matrículas nos cursos superiores. É natural o fato já que 70% da educação brasileira é mantida por escolas de administração privada, consequentemente, paga pelos alunos. A crise do ano 2008 ao de 2010 alimentou essa escassez de recursos que teve repercussão no setor educacional.

Isso corroborado com os financiamentos do governo, que faz empréstimos através do Fies de forma mercantil ao invés de fazê-los de forma diferenciada como seria o natural. Explicando, adiantamos que os empréstimos mercantis contemplam atividade cujo retorno chega em alguns meses e de forma lucrativa, podendo assim serem contraídos sem prejuízos para os empresários.

Já o financiamento para a educação deve esperar que o aluno, após conclusão do seu curso superior, desenvolva sua atividade profissional durante alguns anos, para ser conhecido no mercado e, dessa forma, ter recursos suficientes para contemplar os compromissos financeiros assumidos. Sendo assim, o empréstimo para financiar a educação deve ter prazos mais longos e juros zero, pois não se deve emprestar dinheiro, mas sim, mensalidades.

Hoje essas mensalidades são bastante estáveis, por isso o pagamento dessa dívida não deve sofrer aumento em relação ao contraído inicialmente, pois a moeda seria mensalidade e o débito, o número de mensalidades emprestadas. É bom que o governo veja tal fato e adote esse pensamento, pois essa verba em seu retorno deve contemplar novos estudantes carentes com mensalidades escolares e não gerar lucros para o estado. A única escola superior que conheço que possui financiamento próprio, o PAFIDE (Programa de Apoio Financeiro ao Discente ESUDA), e empresta mensalidades e não dinheiro é a Faculdade ESUDA, que está de parabéns pela forma ética de seu financiamento à comunidade carente.

Não adianta mudar os métodos de apuração de dados que compõem as estatísticas nem sofismar para o povo com “novas metodologias” enganadoras. Não entendo porque nossos governantes sempre se acham bastante inteligentes em suas afirmações como se o povo brasileiro não tivesse a capacidade de entender e separar as verdades das mentiras. Ninguém esqueceu o furto das provas do Enem de dois anos atrás. Era impossível não ser identificado quem vendeu as provas, pois “só duas pessoas tinham a chave do cofre onde estavam as provas”, assim foi dito e nada mais foi informado até hoje!

Temos certeza de que um FIES com outro formato levará o número de ingressantes nas faculdades a um valor bem maior, pois infelizmente esse crescimento estará sendo contemplado pelas vagas existentes nas escolas de administração privada e não estatal!

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