“O Índice Geral de Cursos (IGC) é um instrumento construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza, em um único indicador, a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino. O IGC é divulgado anualmente pelo Inep/MEC, imediatamente após a divulgação dos resultados do Enade.” Fonte: IGC/MEC – www.portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=613&id=12305&option=com_content&view=article
O IGC, valor que o ministro da educação quer que defina o ranking da qualidade dos cursos superiores no Brasil, é constituído em 40% pela avaliação do complexo ensino/ aprendizagem da escola como um todo e em 60% pela nota do famigerado ENADE que pontua, de forma pouco convincente, através da atuação dos alunos. Discentes estes que respondem a um questionário pernicioso onde só é pontuada a questão cuja resposta seja a letra a da múltipla escolha.
Para entender melhor, eis o exemplo: Pergunta do questionário do estudante “A quantidade de livros da biblioteca da sua faculdade é: a) mais que suficiente; b) suficiente; c) pouco suficiente; d) abaixo do suficiente; e) não suficiente. A resposta que pontua a faculdade é a da letra a. As demais respostas não dão ponto à instituição. Agora vejamos: 1. muitos alunos acham que a biblioteca deve ter livros o suficiente para atender a toda a demanda, mas não entendem que, inclusive, o próprio armazenamento seria impossível, nesse caso; 2. seria raríssima a resposta mais que suficiente para qualquer pergunta que se fizesse, sobre qualquer demanda, primeiro porque quem fornece não o iria fazer a esse nível e quem recebe nunca acharia que recebeu mais que o suficiente. Por isso, as perguntas que seguem essa dialética são capciosas! Assim sendo, vê-se claramente que a intenção do MEC é derrubar a escola de administração particular ou privada.
Além do colocado, é de se esperar do aluno, normalmente sacrificado, uma atitude de apelo ao MEC para que o socorra, mas não sabe ele que é a escola particular que educa mais de 70% da população em nível superior e, assim sendo, o governo é incapaz de dar essa ajuda pretendida. O Estado, com pouco mais de 25% de sua responsabilidade em educar, ainda vai às televisões, através do Ministro da Educação, instigar os estudantes a só buscarem as escolas com boa pontuação no ENADE e, consequentemente, no IGC.
Como já foi informado, o IGC é uma média da pontuação dos cursos e as federais têm muitos cursos “giz e quadro” (licenciaturas, pedagogia, serviço social, etc.), tendenciosos a bons pontos, para fazerem a média com cursos como: arquitetura, medicina, engenharia, psicologia, etc., que exigem laboratórios, ateliers, etc. As escolas privadas e pequenas têm poucos cursos, por isso a média das notas no IGC é prejudicada.
O resultado publicado, sexta-feira passada, pelos meios de divulgação, corresponde ao IGC do ano passado para os cursos da área de saúde, e do ano retrasado para os cursos das demais áreas. Não é o resultado de 2011! Este ano, 2011, é o ano em que foi divulgado o resultado e não o ano da ocorrência da avaliação. Mais uma vez, o MEC insiste em confundir os estudantes com resultados de anos anteriores como se essas escolas não tivessem melhorado seu desempenho nos diversos segmentos do complexo ensino/aprendizado.
Na verdade, os cursos das universidades do Governo têm, a cada ano, caído no ranking internacional, por falta de investimentos no setor, e, para esconder a omissão no segmento, vem divulgar índices desfavoráveis das escolas privadas em tempos passados, mas “não se tapa o sol com peneira!” O desempenho dos alunos formados em instituições privadas tem, a cada dia, demonstrado o nível de ensino recebido através dos bons cargos que têm assumido nas empresas e instituições de todo o Brasil.
Esperamos que os próximos ministros exponham de forma mais clara e objetiva os processos de avaliação das escolas superiores. O Ministério da Educação deve ser o exemplo em transparência e proporcionar regras igualitárias para, enfim, gozar da credibilidade que merece possuir.
Isto vem desde o marco da Constituição de 1988 quando houve a universalisação da saúde e educação para todos. Ainda que a Constituição tenha ampliado estes serviços, não houve melhoria na qualidade.
ResponderExcluirAtualmente nos deparamos com a comercialização desses serviços. O Estado incapaz de atender a demanda ainda contribui com as empresas que privatizam estes estes serviços, havendo devolução no imposto de renda para quem os adquire. E os empresários da saude e educação recebem em troca abate nos impostos desses serviços, há um coofinanciamento do Estado com a iniciativa privada. Por aí começõu a gracejar o neoliberalismo.
Quando a IES tem foco no desenvolvimento regional, tudo bem.O problema é quando há o sucateamento da saúde e da educação .
As Universidade Federais não mais existem(só por debaixo dos panos!), tudo praticamente dentro delas está vendido a grupos internacionais. Muitos professores conscientes desta política perceberam a transição e pediram demissão ou aposentaram-se na época. Este é um dos muitos motivos que o sr. deve imaginar para estar havendo este jogo sujo, Dr.Wilson.
Precisamos urgentemente ressuscitar o Machadinho(tudo de bom que restou da ABL)com seu personagem DR.Simão Bacamarte para consertar o mais rápido possível sua casa... PÔR TODOS na CASA VERDE!
Clau
Sou estudante de medicina, e o meu curso teve nota baixa no ENADE, e agora mais do que nunca estava contando com o FIES e o que o MEC não liberou o financiamento para os cursos reprovados. A minha faculdade já dificultava acesso dos alunos em relação a qualquer financiamentos ficou mais de dois anos sem liberar este credito. Estou no oitavo período e preciso muito deste financiamento as minhas economias de muitos anos acabaram e provavelmente eu não consiga pagar os restantes dos períodos que ainda faltam. Esta punição prejudicou diretamente os alunos, sobretudo os que mais precisam. Gostaria muito que o Fies fosse liberado ainda este ano. Curso de medicina ITPAC PORTO
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