Às vésperas da Copa, encontramos canteiros de obras em todo o Brasil. Desconstruindo e construindo, lá vão bilhões de reais em busca dos trinta dias de euforia e orgia que caracterizam o esporte mais popular no Brasil e no mundo: o futebol. A origem das verbas é por conta do percentual, para o país sede, pago pela FIFA. Não precisa dizer que o resultado será prejuízo, pois todo o investimento sai dos cofres públicos e as verbas da federação certamente serão rateadas entre os clubes e os que fazem o futebol e assemelhados em nosso país.
Coisa de país rico! A divulgação da Nação paga o prejuízo! Não estamos precisando de nada nos setores básicos que movem a nossa terra para o progresso e consequente destaque internacional? Por exemplo, a educação com saúde, a segurança com presídios, o transporte com estradas, etc.
Não estou contra a copa, junto com os brasileiros, quero circo, mas quero também “pão”. Só para citar alguns investimentos interrompidos, falamos de 53 obras em 20 universidades, incluindo a UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), só essa, com 9 obras paradas. Eram investimentos fantasiosos ou faltou verba para dar continuidade a esses serviços? Perguntamos, então, como crescer o ensino público se nem verbas para a infra estrutura das universidades existem ou são mal aplicadas? O governo deve reconhecer e ajudar a escola de iniciativa privada que já colabora com 70% na educação superior. Verbas jogadas fora em obras não terminadas devem melhorar e fazer crescer o setor educacional, se colocadas na mão de educadores responsáveis! E nos outros segmentos citados no parágrafo anterior, tudo está sem necessidade de investimentos?
Estou certo de que a arrecadação de impostos é suficiente para patrocinar uma copa e ainda ter, em dia, todos os compromissos com os segmentos sociais. Para que isso aconteça, simplesmente o governo deve ser mais criterioso com o uso do dinheiro público. A orgia dos “salários” e as beneficies destinadas aos políticos, inclusive com planos de saúde vitalícios e acúmulo de aposentadorias, teriam que ser reavaliadas. Do mesmo modo, o número de representantes do povo, caso sejam, nas esferas: municipais, estaduais e federais, deveria ser reduzido em prol do balanceamento entre salários/investimentos.
Já é hora de se pensar num Brasil melhor para nossos descendentes. O que é ganho com facilidade é perdido da mesma forma. Políticos querendo enriquecer duas a três gerações à frente estarão simplesmente confirmando o adágio popular: “pai rico, filho nobre, neto pobre”!
Matematicamente falando, país que gera e acumula riquezas e ao mesmo tempo "sobe" no ranking" prestes a ser a maior sexta economia mundial. Excelente para refletir as passagens e as casadinhas feitas(saúde com educação, carros com estradas, dentre tantas outras a serem elaboradas para conceder mais dignidade a viabilidade que a vida humana requer para funcionar no cotidiano )como patrimônios a serem usufruídos e necessários. A formação de um patrimônio em desuso além de prejuízos , gera dívidas e sentimento de vergonha e incapacidade de uma nação que busca destaque mundial por colocação em patamares desumanos.
ResponderExcluirNota-se, professor, outra: O IDH revela bem o jocoso adágio citado, idem para a renda per capita. Pode-se ter bilhões em cofres públicos e desigualdade na distribuição das riquezas por conta dessas vaidades e infantilidades de querer mostrar serviço em monumentos que não passam de obras "fantasmas" que despencam sem o uso da competente inteligência, pensam que vão mudar o mundo e não mudam a si mesmos. È a malícia do jeitinho brasileiro: O Pernambuco precisa de verba para os estragos da chuva, dona presidente(A): È muito , meu filho, não posso. Jeitinho? UM realzinho de cá outro acolá.
Nem chega tudo e o primo mais abastado já choraminga: -Aqui no Paraná é pior precisamos de mais dinheiro que os pernambucanos. Quanta ambição... e politicagem.
Vamos nos nutrir de cultura e que longe de nós se profetize tal adágio que é como sementes eternas plantadas pelos salteadores e colhidas como espinhos no coração dos seres sociais indefesos. A estética dos povos, o amor entre as gentes,as classes interculturais e não mais em mesquinhos patamares de nível econômico manipulados pelos que não têm apreço aos brasileiros sofridos e trabalhadores; fosse o dito como cantado em trecho de Paratodos de Chico burque: "O meu pai era paulista, meu avô, pernambucano, o meu bisavô mineiro, meu tataravõ baiano..." Reconhecer nossas origens , as miscigenações múltiplas que é a beleza de nossa gente, sua estórias pessoais de vida e lutar por dias melhores.
"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."Che Guevara
Inteligentíssimo seu texto.