Ao falar da avaliação das escolas de ensino superior, ressaltamos as últimas mudanças ocorridas, já comentadas em outros artigos nossos, com o intuito de corrigir distorções anteriores. Lembramos que essas distorções já prejudicaram uma série de Instituições de Ensino Superior (IES) e causaram, inclusive, o fechamento de algumas delas, sem condições de solução de continuidade agora.
A falha inicial é a avaliação de uma universidade ser pautada nos mesmos quesitos que uma faculdade isolada, ou IES, quando a primeira existe para levar o estudante à pesquisa e ao saber maior e a segunda para preparar o discente para o mercado de trabalho. O pior é que são analisadas, nesses processos, pontuações emergentes de universidades, isso é, pontua-se por cima. O resultado esperado é fácil de ser imaginado: nota melhor para as universidades e nota pior para as IES.
A educação, no Brasil, é tão pouco cuidada que talvez nem os gestores do MEC saibam o porquê dos formatos das escolas de nível superior: IES, Centros Universitários e Universidades. Dessa maneira, julgam de forma igual e não esclarecem à sociedade o papel de cada uma dessas casas de ensino.
Outro absurdo que contempla a malfadada avaliação é a pontuação dos diversos quesitos sem levar em conta as diferenças regionais, assim uma escola de São Paulo capital é julgada de forma igual a uma IES de Ouricuri (interior de Pernambuco), para não citar uma cidade da Amazônia. Lembramos que existem programas de especialização, mestrado e doutorado para nivelamento do conhecimento de forma nacional, por isso não é necessário exigir tanto na graduação. Bem sei que essa tentativa de nacionalizar o ensino é para satisfazer aos imigrantes de outros estados, que fazem o “vestibular”, através do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), em suas cidades de origem, e vêm ocupar as míseras vagas das regiões mais pobres.
Onde encontrar, nesses lugares, ainda carentes, mestres e doutores, serviços de manutenção de equipamentos eletrônicos e tantos outros elementos necessários a uma boa escola? Onde estão, nesses lugares longínquos, as fortes indústrias e empresas que tanto patrocinam laboratórios, bibliotecas e outros espaços acadêmicos no sul do país? Onde estão as famílias que podem pagar uma mensalidade que cubra os serviços de maior qualidade?
É necessário que se prepare a população para o crescimento que há de vir aos poucos a fim de que não aconteça essa invasão cultural que tira a oportunidade dos nativos em prol dos “estrangeiros”! Consequência: um sul cada vez mais rico e um norte/nordeste cada vez mais pobre! Infelizmente cada povo tem o governo que merece.
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