Pobres aqueles que vivem a buscar, no passado, a forma do viver a dois de hoje. Vivemos sempre o presente, que se vá o passado e que venha o futuro. Nós, a cada momento presente, construímos o nosso futuro tal qual fizemos nosso passado! Não mais podemos reviver o que já foi estabelecido por nós mesmos! E por que essas lembranças e essas diferenças acontecem no presente?
O mundo insensato e as surpresas da vida tornam o somar dos anos o acumular de diferenças do que fomos! Todos os encantos que nos aproximaram, agora são boas recordações. Nós influenciamos muito um ao outro com nosso eu, que, aos poucos, despertou para assumir todo o ser latente dentro de nós, que se mostrava paulatinamente.
Muitas diferenças que nos atraíram foram reduzidas na convivência. Tal qual a estrada alisa o pneu, nós nos nivelamos. Nossos segredos, agora expostos, construíram nosso viver. Consequentemente modificações de comportamento e do nosso próprio ser surgiram! Para que vieram essas mudanças? Aconteceres incomuns ou regra de todos?
É difícil não acreditar na lei maior das alterações em busca do novo! Não somos clones, temos que evoluir, e se evoluímos, transformamo-nos! O nosso castelo, outrora construído, terá que se desfazer e não restará pedra sobre pedra do que foi. O alicerce, no entanto, jamais mudará, pois foi sobre ele que reconstruímos nossas vidas!
Mesmo cérebro, sempre jovem, pois a mente não enruga, a descansar sobre um corpo que já precisa de reparos. E então? Como a infusão, o tempo, no entanto, é capaz de fazer crescer raízes cada vez mais fortes e profundas entre o mútuo doar e o receber! O amor tão cobiçado de início atinge o equilíbrio da certeza de trocas.
O homem com seus desejos sempre satisfeitos em atender os da companheira. A mulher com seus anseios realizados no cumprimento de se doar ao companheiro. Que a certeza do cumprir desta mensagem permaneça para sempre ou se renove neste momento. O amor não aguarda o amanhã para acontecer, não pode existir a espera na intimidade de se ser.
Ser feliz é ter a certeza de despertar a felicidade em seu amor! Pouco importam as circunstâncias do momento, o mais sábio é fazê-las acontecerem! Nada melhorará amanhã sem cumprir-se o amor de hoje, pois ele é volátil a cada instante. O amor não se contém, não se guarda, não se prende, simplesmente se acolhe!
O belo é mostrar-se sem reservas, temos que agir segundo os nossos quereres sem a insegurança do que transpirará para o nosso amor. Poucos podem entender o seu doar-se, mas aquele que alcançar essa nobreza tornará todas as tentativas válidas. Só o despir-se da vaidade a dois vestirá a roupa do amor sem fim!
Uma rosa sem espinhos não tem valor, sem eles ela não transpira e porque não se doa, não consegue exalar seu perfume. O frescor não se renova no percurso e logo murcha.
ResponderExcluirO amor é um "babado", um grande aprendizado do novo a revelar-se.
Sábio aquele adágio popular: QUEM AMA A ROSA SUPORTA OS ESPINHOS...
Forte de Pau Amarelo, 28 de janeiro de 2012