“O Índice Geral de Cursos (IGC) é um instrumento construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza, em um único indicador, a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino. O IGC é divulgado anualmente pelo Inep/MEC, imediatamente após a divulgação dos resultados do Enade.” Fonte: IGC/MEC – www.portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=613&id=12305&option=com_content&view=article
O IGC, valor que o ministro da educação Fernando Haddad, queria que definisse o ranking da qualidade dos cursos superiores no Brasil, é constituído em 40% pela avaliação do complexo ensino/ aprendizagem da escola como um todo e em 60% pela nota do famigerado ENADE que pontua, de forma pouco convincente, através da atuação dos alunos. Discentes estes que respondem a um questionário pernicioso onde só é pontuada a questão cuja resposta seja a letra a da múltipla escolha.
Para entender melhor, eis o exemplo: Pergunta do questionário do estudante “A quantidade de livros da biblioteca da sua faculdade é: a) mais que suficiente; b) suficiente; c) pouco suficiente; d) abaixo do suficiente; e) não suficiente. A resposta que pontua a faculdade é a da letra a. As demais respostas não dão ponto à instituição. Agora vejamos: 1. muitos alunos acham que a biblioteca deve ter livros o suficiente para atender a toda a demanda, mas não entendem que, inclusive, o próprio armazenamento seria impossível, nesse caso; 2. seria raríssima a resposta mais que suficiente para qualquer pergunta que se fizesse, sobre qualquer demanda, primeiro porque quem fornece não o iria fazer a esse nível e quem recebe nunca acharia que recebeu mais que o suficiente. Por isso, as perguntas que seguem essa dialética são capciosas! Assim sendo, vê-se claramente que a intenção do MEC era derrubar a escola de administração particular ou privada.
Além do colocado, é de se esperar do aluno, normalmente sacrificado, uma atitude de apelo ao MEC para que o socorra, mas não sabe ele que é a escola particular que educa mais de 80% da população em nível superior e, assim sendo, o governo é incapaz de dar essa ajuda pretendida. O Estado, com pouco mais de 15% de sua responsabilidade em educar, ainda ia às televisões, através do Ministro da Educação, instigar os estudantes a só buscarem as escolas com boa pontuação no ENADE e, consequentemente, no IGC.
Como já foi informado, o IGC é uma média da pontuação dos cursos e as federais têm muitos cursos “giz e quadro” (licenciaturas, pedagogia, serviço social, etc.), tendenciosos a bons pontos, para fazerem a média com cursos como: arquitetura, medicina, engenharia, psicologia, etc., que exigem laboratórios, ateliers, etc. As escolas privadas e pequenas têm poucos cursos, por isso a média das notas no IGC é prejudicada.
Na verdade, os cursos das universidades do Governo têm, a cada ano, caído no ranking internacional, por falta de investimentos no setor, e, para esconder a omissão no segmento, vem divulgar índices desfavoráveis das escolas privadas em tempos passados, mas “não se tapa o sol com peneira!” O desempenho dos alunos formados em instituições privadas tem, a cada dia, demonstrado o nível de ensino recebido através dos bons cargos que têm assumido nas empresas e instituições de todo o Brasil.
Esperamos que os próximos ministros exponham de forma mais clara e objetiva os processos de avaliação das escolas superiores. O Ministério da Educação deve ser o exemplo em transparência e proporcionar regras igualitárias para, enfim, gozar da credibilidade que merece possuir.
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