domingo, 22 de abril de 2012
UM BASTA NA INTERFERENCIA DO PODER PÚBICO NA SALA DE AULA
No
passado, a ordem na escola era de responsabilidade do diretor ou conselho de
classe que determinava, em cada momento, a solução para as dissonâncias no
ambiente escolar ou na relação professor/aluno. A escola era tida como a
continuação do seio familiar e sempre eram convocadas as partes ativas da
relação quando qualquer desentendimento acontecia entre o educador e o
educando.
Infelizmente,
nos meados dos anos de1980, o Governo José Sarney deu início a uma perseguição
implacável às classes produtoras, de um modo geral, com a famosa “caça às
bruxas”. Através dos malfadados “Fiscais do Sarney”, que coibiam os aumentos de
preços na indústria, no comércio e nos serviços; tentou-se reduzir a inflação.
As ações agressivas, que nunca fecundaram, atingiram o setor educacional.
Professores, coordenadores e
diretores de escolas que eram acusadas, por qualquer aluno irresponsável, de
aumentar as mensalidades eram presos para justificar ou se defender da acusação.
Como “Salvador da Pátria”, o primeiro presidente pós-governo militar acolhia os
estudantes como “pagador” do débito social acontecido no governo anterior.
Adolescentes e
jovens advindos de um regime repressivo vislumbravam a oportunidade da insurreição
contra as autoridades constituídas. A partir daí, o desrespeito aos
professores, diretores e a todos os demais coadjuvantes teve lugar. Tudo,
lembramos mais uma vez, graças às posições incentivadoras do Governo aos
estudantes para a implantação do caos na ordem hierárquica do educar.
Hoje a Câmara analisa um projeto que institui a Política de
Prevenção à Violência contra Educadores. Será que realmente o Governo pagará
esse débito com os educadores tal qual procura fazer com os índios e os afrodescendentes?
Só o tempo dirá. Determinações de juízes que ingerem na missão de educar
através de decisões que interferem na liberdade das ações, contemplam a formação intelectual e
cidadã da sociedade, terão que ser radicalmente abolidas.
Com o apoio do governo e da não ingerência da justiça nos
acontecimentos pertinentes à arte de educar, a formação do estudante será muito
mais eficaz e trará certamente outro acontecer social que não tolera o
desrespeito nem ao próximo nem a si mesmo. Essa ressureição dos bons costumes
levará a missão de educar ao seu mais nobre objetivo: fecundar, nas novas
gerações, os princípios éticos e a vontade de estar sempre junto daqueles que
serão capazes de levá-las à evolução que não para!
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