AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

TÃO FRÁGIL É TEU AMOR.

E como se, por acaso, acontecesse, vi-me absorto como caindo em queda livre, amarrado ainda por todas as lembranças que batem em mim! Despertar para a realidade do hoje é tão tremendo quanto apagar o passado, tão perto ainda como se fosse o dia seguinte. E eu me questiono, então, em quase toda a vastidão dos quesitos que afloram nesse sábio momento.

Não tem perguntas por fazer e o fantasmagórico nem quer tomar meu fôlego nem me dar a vontade que estabelece regras para sobreviver, agora. Não tem respostas a serem dadas porque o tempo é o senhor e o Deus do suceder dos fatos que ocorreram e passaram de forma atroz durante essa espera estonteante.

Não tem fala a comentar o ocorrido, pois tudo que tinha a dizer foi guardado para o amanhã, que nem sempre chega com o mesmo sabor de hoje. Não tem escuta a fazer do silêncio ensurdecedor que inibe toda a forma de entender o acontecido sem o menor sentido, que justifique a fuga atônita daquele vivenciar que não volta.

Não tem querer que suplante o não pertencer que aponta simplesmente para a covardia do imaginário e infiel futuro, que não se mostra, que não se toca e que, às vezes, não acontece. Não tem repulsa do estar presente, quando o pensar é livre e atende à forma mais simples dos direitos pessoais e intransferíveis.

Não tem alegria que possa vir da espera sem fim que não conduz, não alimenta, não aponta, simplesmente, outro caminhar. Não tem tristeza que chegue para chorar, porque o silencio é divino, é mágico e nos leva à meditação que eclode com a mais bela linguagem possível apenas ser escutada pelo coração.

Não tem dor porque o ocaso já é o limite do ser sem estar, do ver sem olhar, do vir sem chegar, e tudo o mais que não define o verbo, o ser. Não têm encanto os acontecimentos que traem os desejos para atender ao egoísmo de outrem que não é mais nem menos do que tu!

Não tem, enfim, começo sem o continuar que assusta em busca dos padrões humanos quase irreversíveis que nos conduz ao final. Não há final para todos que buscam o fiel acontecer da consumação dos momentos e que sempre estarão à espera de alguém que renasce e faz o acontecer brilhante.

E assim escrevi para ti, ocaso da liberdade, fuga do caminho certo, busca do novo renascer que grita e clama por justiça para os desejos nobres, que pouco são entendidos por quem vive em busca da liberdade que só existe para os que não amam!

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