domingo, 23 de setembro de 2012
BOLAS PARA NOSSOS DIREITOS
Retornando de Olinda, eis que somos abordados por uma
"blitz" tradicional. Os documentos foram solicitados ao motorista que
foi convidado a retirar-se do veículo, como é de costume, não entendo o porquê
disso. Logo após, fui informado de que o motorista seria autuado com perda de
pontos devido à TV estar funcionando. "Se fosse o GPS, tudo bem, mas a TV
não pode!" Disse o policial de forma lacônica.
Os porquês do GPS sim e novela não, pouco interessam, é a
lei! E tem que ser de acordo com o nível de entendimento de quem a redigiu. O
incrível de tudo é prejudicar o motorista que cumpria seu dever e cercear a
liberdade dos empregadores de ver sua novela no carro guiado pelo motorista e
não pelos telespectadores. Acho que a proibição e a pena são para o condutor
que, como proprietário ou usuário do veículo, dirigindo só ou com companhia,
desfruta do vídeo dividindo a atenção com sua função maior e absoluta que é a
de dirigir o veículo. O motorista é motorista e está sendo observado pelos
patrões, logo não estaria jamais vendo a TV e pondo em risco a vida deles! Por
que então perder pontos?
Outro
absurdo é a demora com as anotações durante a autuação. Foi simplesmente cerca
de uma hora e alguns minutos que esperamos dentro do carro, às 22h, em rua
pouco movimentada. Eu e minha esposa, com mais de 60 anos, ficamos esperando o
semianalfabeto anotar as baboseiras em seu papiro. Se o motivo da demora não é
culpa do português, pior: queria apostar em solução mais rápida tal como os
aviõezinhos do Silvio Santos.
Infelizmente a grande verdade é que os direitos dos
cidadãos têm sido, a cada dia, violentados por um bando de analfabetos que, com
a prerrogativa de fé pública, abusa
em suas funções para tornar suas tarefas mais rendosas! Não adianta revoltar-se
contra uma gangue que recebe maus exemplos dos seus superiores que,
corriqueiramente, conseguem alcançar os mais altos escalões como prêmio pelas
atividades escusas, respeitem-se as honrosas exceções!
Nós sempre somos vítimas das leis fantasiosas que, em seu
bojo, apontam para os interesses dos seus próprios criadores e ou legisladores
que levam “vantagem em tudo”. O despreparo dos elementos que formam essas
“blitzes” certamente não permite as excepcionalidades! É o sim, sim ou não,
não! Pouco importam as condições em que ocorrem os fatos, os bitolados têm que
simplesmente multar, pois a regra é muito clara: multa ou bolas para nossos
direitos continuarem a existir! É o despreparo de nossos profissionais, mais
uma vez, com raras exceções!
sábado, 15 de setembro de 2012
COMO EDUCAR? VALORES REAIS OU PERCENTUAIS DO PIB?
“Estudo divulgado, nesta terça-feira, pela Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que, entre 2000 e
2009, o Brasil foi o segundo país, entre 35 nações, que mais aumentou a parcela
do PIB investida em educação. A cifra passou de 3,5% para 5,5%, aumento de 57%,
inferior apenas ao registrado pela Rússia, com 90%. Agora, portanto, a relação
entre investimento (público e privado) em educação e PIB se aproxima, no Brasil,
daquele realizado pelas nações desenvolvidas: 6,2%, em média. Mais dinheiro,
contudo, não foi suficiente para evitar que o país terminasse o período muito
mal colocado no Pisa, avaliação internacional organizada pela própria OCDE,
desta vez com 65 nações”. (Fonte: http://veja.abril.com.br/ , Educação,
em11/09/2012 - 07:19).
Esse comentário da VEJA carece de esclarecimentos. A
princípio, parece que os 5,5% do PIB que o Brasil investiu, em 2009, no setor
da educação, está próximo dos 6,2% do PIB, média do percentual de investimento
dos países da OCDE. Na verdade, estamos comparando percentuais de valores
completamente diferentes. O produto interno bruto (PIB)
representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais
produzidos em certa região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um
período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais
utilizados na macroeconomia
com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região.
O valor do PIB do Brasil, em 2011, foi de US$2,48
trilhões e o dos EUA, no mesmo ano, foi de US$13,3 trilhões (Fonte: Google).
Isso significa que o PIB americano foi 5,36 vezes maior do que o do Brasil!
Assim 5,5% (percentual do PIB brasileiro investido em educação) de US$2,48
trilhões são US$136,4 bilhões e 3,6%(percentual do PIB americano investido em
educação) de US$13,3 trilhões são US$478,8 bilhões, ou seja: de forma absoluta,
os EUA investem 3,5 vezes mais que o Brasil, e o percentual do PIB é bem menor!
Logo, percentuais de PIB não podem ser comparados como maior ou menor investimento
em um dado setor, principalmente em educação, no qual as demandas (tecnologia,
cursos de pós, etc,) possuem o mesmo custo no mundo inteiro!
Dessa forma é bom examinar valores reais investidos em
educação e não sofismar com percentuais relativos! Acho, também, que o Brasil
tem investido de forma errada na área da educação. Para melhorar esse perfil,
que tal começar a colocar educadores no MEC e demais órgãos que cuidam do
desenvolvimento intelectual?
domingo, 9 de setembro de 2012
O SALTO NO ESCURO
A maioria da população imagina como um grande feito a
expansão dos cursos universitários no Brasil. A concorrência é salutar e
democratiza a educação. Realmente o crescimento de um dado segmento prestador
se serviço é sempre bem-vindo quando é fomentado por pessoas que são
especialistas no ramo e querem desenvolver seu trabalho utilizando a tecnologia
e as pesquisas atuais com vistas à consecução de seus objetivos maiores.
Infelizmente não foi o caso brasileiro. A carreira
desmedida para abrir novos cursos superiores não democratizou a educação, mas
simplesmente aumentou a hegemonia de alguns poucos empresários do ensino.
Comprando IES(Instituições de Ensino Superior) em todo o Brasil, esses grupos
poderosos tornaram a educação descolorida, sem especificidades, não respeitaram
os estudos regionais de acordo com sua cultura e seu poder econômico e social.
Após quase dez anos de experiências fantasiosas no setor
de formação técnico-científica e cidadã, a ficha está caindo para o melhor pensar
dos brasileiros. Nossas críticas à tomada de atitudes do MEC de forma
inconsequente agora são vistas como comentários precursores do estado atual em
que se encontra o ensino no nosso país.
O incentivo à escola com fins lucrativos, que rendem
impostos e outras beneficies para o estado, faz interferir em nossas IES, com a
influencia da cultura de outros países que, através de parcerias com
universidades brasileiras, cerceiam a nossa soberania paulatinamente.
Olhando para a expansão da escola pública, concordamos com o dizer: “A política de expansão
acelerada não obedeceu a nenhuma avaliação cuidadosa sobre prioridades, abrindo
instituições onde não havia demanda, admitindo alunos antes de existirem
edifícios e instalações adequados, forçando as universidades a criarem cursos
noturnos e contratar mais professores, mesmo quando não havia candidatos
qualificados, e sem preparar as universidades para lidar com alunos que
chegavam do ensino médio cada vez menos preparados”, diz Simon Schwartzman, do
Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade. (O Estado de São Paulo,
17/6/2012).
O MEC precisa saber que instituir escolas não é abrir
estradas que, quando sem lastro, apenas prejudicam um trecho da pavimentação! A
educação não pode ter fissuras, pois assim ela desmonta e prejudica todo o
segmento e não apenas “uma parte”. Educar não é só fôlego com gritos que vêm
atrair os menos esclarecidos para decepcioná-los depois! Vamos prestigiar a
escola particular séria e tradicional que tem mostrado seu papel de educar para
todo o sempre!
domingo, 2 de setembro de 2012
O PODER DE NOSSO CÉREBRO E O CONHECIMENTO INATO (PARTE III-FINAL)
FONTE: INTERNET |
Quando
olhamos para natureza e vemos a abundância de seres vivos, perguntamo-nos: Como
cada um deles vê o seu significado no planeta? Não estamos meditando apenas
sobre os animais ditos racionais e irracionais, mas também acerca dos vegetais
que, como seres vivos, também têm sua consciência de vida.
O apego aos
filhos, por exemplo, segue uma ordem do menor para o maior conhecimento inato,
na seguinte sequência: primeiro o ser humano, depois os animais e finalmente os
vegetais e fungos. E por que essa ordem na dedicação aos filhos?
Sabemos
que o ser humano é possivelmente o mais inteligente dos seres vivos, pois é
pequeno seu conhecimento pré-natal. Dessa forma é provável o maior investimento
nos filhos, dentro das necessidades que eles têm, que vão desde o aprendizado
até o consumismo tão comum nos dias de hoje. O poder de criatividade faz o
homem agir desse modo. Assim, é perdido o objetivo principal dos pais que é
manter a espécie, ou seja, o preço que se paga hoje para criar um filho é muito
alto e inibe a procriação.
Lembremos
as centenas de “filhos” das tartarugas que são devorados pelos predadores,
restando apenas 10% dessa prole. Analisamos que, se os filhos fossem dos pais,
jamais uma quantidade desse porte seria cuidada pelos mesmos, por isso é que
acontecem aos milhares para que o “destino” consiga 10% de sobreviventes.
Mais uma
vez, o conhecimento inato permite que filhotes possam ser criados na ausência
dos pais. A continuação da espécie só
é possível, nesse caso, devido ao conhecimento pré-natal, por garantir toda a
informação que leva à sobrevivência esses seres recém-nascidos com nenhuma
experiência de vida. Já a falta desse conhecimento pré-natal regra a
procriação, tornando possível o acompanhamento dos pais no desenvolvimento
incauto de seus dependentes.
Por que
então a exacerbação do conhecimento inato não compele os pais a acompanharem a
sua descendência? Esse fato acontece com as cobras, que possuem 95% de
conhecimento inato, as tartarugas, os caranguejos, etc. É muito simples. A
procriação tem como objetivo a manutenção da espécie.
Outro
exemplo acontece com determinada espécie de macacos que expulsa seus filhos
adolescentes da família para evitar a consanguinidade[1], o
que mantém a espécie com qualidade. Os “adolescentes” expulsos buscam outras
famílias para acasalarem com suas filhas e assim dar continuidade à família
desses macacos.
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