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domingo, 9 de setembro de 2012

O SALTO NO ESCURO


      A maioria da população imagina como um grande feito a expansão dos cursos universitários no Brasil. A concorrência é salutar e democratiza a educação. Realmente o crescimento de um dado segmento prestador se serviço é sempre bem-vindo quando é fomentado por pessoas que são especialistas no ramo e querem desenvolver seu trabalho utilizando a tecnologia e as pesquisas atuais com vistas à consecução de seus objetivos maiores.
 Infelizmente não foi o caso brasileiro. A carreira desmedida para abrir novos cursos superiores não democratizou a educação, mas simplesmente aumentou a hegemonia de alguns poucos empresários do ensino. Comprando IES(Instituições de Ensino Superior) em todo o Brasil, esses grupos poderosos tornaram a educação descolorida, sem especificidades, não respeitaram os estudos regionais de acordo com sua cultura e seu poder econômico e social.
  Após quase dez anos de experiências fantasiosas no setor de formação técnico-científica e cidadã, a ficha está caindo para o melhor pensar dos brasileiros. Nossas críticas à tomada de atitudes do MEC de forma inconsequente agora são vistas como comentários precursores do estado atual em que se encontra o ensino no nosso país.
 O incentivo à escola com fins lucrativos, que rendem impostos e outras beneficies para o estado, faz interferir em nossas IES, com a influencia da cultura de outros países que, através de parcerias com universidades brasileiras, cerceiam a nossa soberania paulatinamente.
  Olhando para a expansão da escola pública, concordamos  com o dizer: “A política de expansão acelerada não obedeceu a nenhuma avaliação cuidadosa sobre prioridades, abrindo instituições onde não havia demanda, admitindo alunos antes de existirem edifícios e instalações adequados, forçando as universidades a criarem cursos noturnos e contratar mais professores, mesmo quando não havia candidatos qualificados, e sem preparar as universidades para lidar com alunos que chegavam do ensino médio cada vez menos preparados”, diz Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade. (O Estado de São Paulo, 17/6/2012).
 O MEC precisa saber que instituir escolas não é abrir estradas que, quando sem lastro, apenas prejudicam um trecho da pavimentação! A educação não pode ter fissuras, pois assim ela desmonta e prejudica todo o segmento e não apenas “uma parte”. Educar não é só fôlego com gritos que vêm atrair os menos esclarecidos para decepcioná-los depois! Vamos prestigiar a escola particular séria e tradicional que tem mostrado seu papel de educar para todo o sempre!

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