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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

INVERTENDO A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA


            No Brasil, quando se fala da reforma do ensino, inicia-se pelo superior, na espera de uma adaptação mal resolvida daqueles que alcançarão esse nível de estudo. São os cursinhos, as aulas especiais e os simulados que tentam, em cada casa de ensino, segurar as diferenças regionais. Adotou-se o ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) nas universidades e faculdades, sem o menor cuidado com a regionalização em um país de dimensões territoriais de um continente. O resultado tem sido tendencioso, contemplando com melhores notas os estados produtores dos exames ou provas.  O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) também tem se constituído uma falácia com erros e equívocos abafados pelo governo em cada uma de suas edições. Tudo isso porque o processo está invertido ou inverso.
          Nos Estados Unidos, começou a implantação de um currículo único, em todos os estados, no ensino básico. Isso oportunizará a busca de um mesmo nível para a classe estudantil de todo o país e evitará o desnível entre cada uma de suas regiões. Amanhã, qualquer processo avaliativo terá respaldo na formação de um ranque, por exemplo, do nível do aprendizado em todo o país, podendo assim, apontar os erros regionais sem levar em conta as diferenças curriculares já ajustadas. Dessa forma deveria ter agido o Brasil.
          Com esse nivelamento curricular e a fiscalização de sua execução por professores capacitados, os exames nacionais poderiam chegar a uma realidade brasileira com as mesmas oportunidades para todos e não uma melhor classificação, como se vê, para aqueles que tiveram uma maior oportunidade durante seus cursos básicos. Alunos oriundos de São Paulo, do Rio, de Brasília e de outros estados mais abastados, ocupam as vagas das universidades públicas dos estados menos favorecidos, pois suas notas no ENEM, por exemplo, são superiores pelo conhecimento maior dos estudantes daqueles estados!
          No ENADE, as faculdades reciclam seus alunos e aplicam simulados, pois o problema é o mesmo. Não é considerado o nível de conhecimento daqueles que entram na escola particular em relação àqueles que ingressam nas públicas, inclusive porque os carentes só conseguem acesso nas particulares, a não ser os cotistas. Será? Sem diferenciar a regionalização ou nível social, o governo estabelece um ranque das melhores escolas, não com o objetivo de qualificar, mas sim de desqualificar as escolas de administração privada menores. Dessa forma, as poucas estatais aparecem! “E, parabéns pelos resultados”! 

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