domingo, 28 de julho de 2013
"A AULA QUE FALTEI" 1ª PARTE
Em
todas as profissões do mundo, existem os segredos que poucos conhecem, talvez
por um descuido do professor em não abordar o assunto ou por não conhecer
aquela particularidade, muitas vezes básica, e por isso posta ao lado; ou
finalmente, por ter faltado à aula que informava aquele particular. Lembraremos
alguns desses assuntos em algumas áreas do conhecimento científico.
Uma
menininha com um ou dois dias de nascida eventualmente pode menstruar devido à
dosagem hormonal da mãe. Esse fato não é sempre conhecido dos pediatras e assim
já aconteceram diagnósticos falsos, tendenciosos à colocação de sonda e
intervenção invasiva, inclusive. Em um caso que conheço, a bebê teve
diagnóstico corrigido em tempo suficiente para evitar a intervenção cirúrgica.
Um
fato, na área de engenharia elétrica, aconteceu causando a morte de um colega
de turma. Ele usou uma chave de fenda, com isolamento para baixa tensão, em
equipamento alimentado por alta tensão, julgando que o cabo de plástico o
isolaria. Lembramos que um dado material
é isolante para uma certa
"voltagem" máxima, e que, acima desse
valor característico, torna-se condutor. Não se esclarece, muitas vezes,
que cada isolamento depende do material e da quantidade desse material entre
você e o ponto de energia. O conhecimento popular do que seja um material
isolante não chega a esses detalhes. Deve-se olhar sempre o que tem escrito na
ferramenta utilizada em alta tensão.
Outro
conhecimento pouco divulgado para os arquitetos é que a junta de dilatação
utilizada em edificações extensas, que normalmente ocorre de 30 em 30 metros,
pode ser evitada pelo menos em duas situações: quando a variação de temperatura
do lugar não excede de um dado valor (~
20ºC), ou quando o cálculo estrutural contempla as deformações devido às
variações de temperatura mais severas. Se assim não fosse, não seria possível
construírem-se pontes, com extensos vãos, sem apoio. Esses casos acontecem
quando a profundidade da água sob a ponte é muito grande, tornando muito caro o
investimento em um pilar. A estrutura desse vão, sem pilar, tem alto custo, mas
pode ser menor do que aquele do pilar, daí a preferência por esse investimento.
Assim, antes de criticar, é bom saber se uma das colocações acima é satisfeita,
para não cair no ridículo da crítica sem fundamento.
Esses e outros equívocos nos levam a respeitar a
frequência às aulas.
terça-feira, 23 de julho de 2013
QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO!
A
polêmica em receber médicos estrangeiros para povoar nosso país tem sido tema
de diversos debates entre o governo, os órgãos reguladores da demanda de
estrangeiros em nosso Brasil e a classe médica brasileira.
Por
um lado, a classe médica se vê violentada pela possível invasão de doutores em
nosso território e, por outro lado, é o Governo querendo beneficiar, com
emprego, médicos de países abalados com a crise econômica, para fazer a média
com os líderes dessas regiões.
O
governo retruca que nossos doutores se negam a cuidar da população interiorana
mais carente e por esse motivo aceita os médicos estrangeiros. Querendo mostrar
lisura nesse pensamento, passa a fazer propostas de aplicação de provas para os
médicos estrangeiros. A exigência desse comportamento brasileiro (aplicação de
exames), feita pela classe médica nacional, inicialmente é adiada. O Governo
prefere dar uma licença precária de início e, depois de alguns anos,
submetê-los às provas para regularizar a atividade dos doutores forasteiros.
A
contratação de médicos cubanos, que de início passavam dos seis mil, agora é
vetada uma vez que o curso médico, em Cuba, restringe-se ao total de dois anos.
Uma das exigências é que os profissionais venham de países cuja formação
universitária seja equivalente à do nosso país, para garantir o exercício da
boa medicina no Brasil. As parcerias vislumbradas até então seriam com
Portugal, Espanha, Reino Unido e Canadá.
Apesar da visão de que esses
doutores virão preencher as necessidades das cidades interioranas, descartadas
pelos médicos brasileiros, na verdade, essas contratações vão basear-se na
aceitação, pelos estrangeiros, das precárias condições que o Governo tem
colocado à disposição dos médicos brasileiros. Pois a falta de médicos no
interior dos estados é muito mais pelas péssimas condições de trabalho do que pela
carência de médicos ou má vontade desses profissionais para se deslocarem até
regiões mais carentes.
A verdade é que
o governo quer esconder sua péssima administração da saúde nas cidades que não
dão votos e assim não garantem a menor condição para os médicos exercerem as suas atividades. Médicos estrangeiros pouco estarão preocupados em cumprir de forma ideal a
sua profissão. O emprego que deve estender-se por pouco tempo, e de forma
anônima, jamais irá fustigá-los. Infelizmente atrás de um grande projeto
inovador existe sempre uma contrapartida dos velhos tempos, cheia de tudo que
não floresce nos ambientes de justiça e boa fé!
domingo, 14 de julho de 2013
ESCONDENDO O JOGO
Com exceção do Ministro da Educação atual, Aloizio
Mercadante, todos os ministros dos governos Lula e Dilma não cansaram de
criticar a escola privada sempre se referindo às avaliações. Quando negativas,
excitavam os estudantes a procurarem escolas com “boas notas”. Isso acontecia
com comentários em relação às escolas de nível superior, nas épocas de
vestibular, durante os quais chamavam a atenção para os resultados dos
malfadados Provões e ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), com o
intuito de fazer sobressaírem as avaliações das federais que sempre obtêm boas
notas.
Nada era surpresa, uma vez que os alunos das
universidades federais normalmente vêm de famílias abastadas, pois sua
preparação inclui cursinhos de matérias isoladas, boa alimentação e todo estado
emocional de uma pessoa que não luta por seu sustento. As faculdades de
administração privadas normalmente têm em seus concursos vestibulares alunos
carentes que só estão estudando graças a programas de bolsas de estudo.
Trabalhando para seu próprio sustento ou de sua família, o aluno da escola
privada não dispõe das mordomias daqueles que enfrentam os vestibulares das
escolas do Governo. Principalmente hoje, com o ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio) nacionalizado, é quase impossível uma pessoa carente concorrer com os
ricos de todo Brasil.
Em 2007, foi criado pelo Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais) um índice que fala sobre o nível da educação
básica: o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O Ideb varia
entre 0 e 10, nos países desenvolvidos, esse índice fica em torno de 07. No
Brasil, atualmente, o Ideb médio, nos diversos estados, está entre 3 (nordeste)
e 4,5 (São Paulo), incluindo ensino básico privado e público. É o privado que
torna o resultado melhor. O índice seco, só das escolas públicas, está em torno
de 01.
A que vêm esses comentários? Ora, o próprio governo cria
seus índices e quando eles são desfavoráveis logo complica a boa definição na
compilação dos dados de formatação do índice e, pior ainda, não divulga tão bem
como o faz nos ENEMs e ENADEs. Já não se
suporta mais esse “esconder do jogo” quando seu time está perdendo! Por que o
estado não anota, na fachada de suas escolas, o valor do Ineb? É porque esse
índice é muito baixo, e assustador, quando se sabe das verbas destinadas à
educação básica. É vergonhosa essa desfaçatez dos que comandam a Nação e
particularmente a educação do nosso país. Esperamos que o povo brasileiro exija
maior transparência nos serviços públicos que o Estado nos oferece!
quarta-feira, 3 de julho de 2013
OS FENÔMENOS NATURAIS (6a Parte: seres vivos versus extraterrestres)
Existirão
seres vivos em outros planetas? Eis a pergunta que se faz, na maioria das
rodas, quando se comenta sobre a nossa Galáxia e suas particularidades
planetárias. Os terráqueos, com suas características vaidosas, buscam sempre
milhares de razões para justificarem que a Terra é o único planeta habitável. A
existência de água potável, temperatura, atmosfera oxigenada, e outras
características do nosso planeta são vistas pelos cientistas como elementos
capazes de favorecer a vida. Esquecem que a vida acontece adequando-se às
condições do ambiente.
A
comunidade científica vive procurando nossas origens e os objetivos de nosso
viver. A mania de catalogar ocorrências leva o homem a querer atravessar suas
próprias fronteiras, buscando causas e consequências para tudo que ocorre na
humanidade. Com pobreza de raciocínio, quer extrapolar para “mundos”
desconhecidos o que imagina, com nenhuma prova objetiva, ter origem e
decorrência aqui na Terra. Esse raciocínio torpe leva a divulgar eventos
imaginados pelos “pesquisadores” como verdades científicas que jamais serão
provadas. A humanidade ávida por novidades e projeção apoia as mensagens de
seus pares para, de forma inconsciente e inconsequente, agregar valores aos
terráqueos.
Dessa
forma, uma série de inverdades e suas consequências se espalham, criando mitos
nas mais diversas áreas do “conhecimento” humano. Viagens interplanetárias (Lua
e Marte) imagináveis e jamais realizadas, pesquisas sobre locais aonde
“chegaram” discos voadores com extraterrestres e que aterrissaram em diversas
cidades do mundo, etc.
O
equilíbrio universal contempla seres vivos em todos os seus ambientes. A
diversidade de espécies na Terra, nos mais estranhos lugares tais como abissais
marinhos, com bactérias vindas do núcleo terrestre efervescente; fósseis de
mamutes com bactérias em seu interior; espécies e mais espécies “soterradas”
nos desertos, nos pântanos e nas geleiras; justificam a existência de seres
vivos em outros recantos do Universo. Da mesma forma que não será jamais
possível viagens interplanetárias oriundas da Terra, também nunca será possível
a chegada de extraterrestre aqui.
As
diversidades universais fogem à nossa ordem de grandeza ou escala. Sendo assim,
tem sido muito fácil convencer a sociedade com viagens fantásticas, pois aqui,
na terra, não se conhece distâncias da ordem daquelas interplanetárias. A falta
de memória acerca de outras informações dadas pelas pesquisas no mundo, como os
raios mortíferos CGR, as temperaturas de mais de 1000oC acima dos
650 km da superfície terrestre, e as distâncias de milhões e bilhões de metros
entre os elementos das galáxias, deixam cada planeta sem ingerências externas.
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