domingo, 14 de julho de 2013
ESCONDENDO O JOGO
Com exceção do Ministro da Educação atual, Aloizio
Mercadante, todos os ministros dos governos Lula e Dilma não cansaram de
criticar a escola privada sempre se referindo às avaliações. Quando negativas,
excitavam os estudantes a procurarem escolas com “boas notas”. Isso acontecia
com comentários em relação às escolas de nível superior, nas épocas de
vestibular, durante os quais chamavam a atenção para os resultados dos
malfadados Provões e ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), com o
intuito de fazer sobressaírem as avaliações das federais que sempre obtêm boas
notas.
Nada era surpresa, uma vez que os alunos das
universidades federais normalmente vêm de famílias abastadas, pois sua
preparação inclui cursinhos de matérias isoladas, boa alimentação e todo estado
emocional de uma pessoa que não luta por seu sustento. As faculdades de
administração privadas normalmente têm em seus concursos vestibulares alunos
carentes que só estão estudando graças a programas de bolsas de estudo.
Trabalhando para seu próprio sustento ou de sua família, o aluno da escola
privada não dispõe das mordomias daqueles que enfrentam os vestibulares das
escolas do Governo. Principalmente hoje, com o ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio) nacionalizado, é quase impossível uma pessoa carente concorrer com os
ricos de todo Brasil.
Em 2007, foi criado pelo Inep (Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais) um índice que fala sobre o nível da educação
básica: o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O Ideb varia
entre 0 e 10, nos países desenvolvidos, esse índice fica em torno de 07. No
Brasil, atualmente, o Ideb médio, nos diversos estados, está entre 3 (nordeste)
e 4,5 (São Paulo), incluindo ensino básico privado e público. É o privado que
torna o resultado melhor. O índice seco, só das escolas públicas, está em torno
de 01.
A que vêm esses comentários? Ora, o próprio governo cria
seus índices e quando eles são desfavoráveis logo complica a boa definição na
compilação dos dados de formatação do índice e, pior ainda, não divulga tão bem
como o faz nos ENEMs e ENADEs. Já não se
suporta mais esse “esconder do jogo” quando seu time está perdendo! Por que o
estado não anota, na fachada de suas escolas, o valor do Ineb? É porque esse
índice é muito baixo, e assustador, quando se sabe das verbas destinadas à
educação básica. É vergonhosa essa desfaçatez dos que comandam a Nação e
particularmente a educação do nosso país. Esperamos que o povo brasileiro exija
maior transparência nos serviços públicos que o Estado nos oferece!
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