domingo, 29 de setembro de 2013
NADA ACONTECE POR ACASO
Quando
poucos se dedicavam ao ensino formal, o Governo assumia o seu papel educando o
povo em todos os níveis. Com o passar dos anos, a escola que ministrava a base
para o ensino universitário começou a se tornar escassa e
assim grupos
religiosos iniciaram seu concurso na educação, principalmente no ensino
fundamental e médio. Leigos também iniciaram a tarefa de educar, mesmo assim a
escola pública tinha destaque entre os diversos educandários da época. Vagas,
nas municipais e nas estaduais, eram disputadas a cada início de ano, mostrando
o bom ensino do Estado.
As
ofertas no ensino superior, logo em seguida, também se tornaram inócuas e assim
igualmente foram criadas escolas de administração privada para suprir a demanda
que surgia. A escola formal particular concorria com as estatais em seus
aspectos pedagógicos e cidadãos. Alunos abastados lutavam para obter vagas que,
por direito, pertenciam às classes menos favorecidas.
A má
remuneração e condições de trabalho nas escolas do Governo deram início ao
êxodo de professores e educadores das “escolas públicas”. Surgia a crise no
ensino estatal em todos os seus níveis. Logo, logo os ensinos fundamental e
médio foram tornando-se sucateados, então a saída para a população tornou-se a escola
particular. Acontecendo com preços variáveis, de conformidade com a educação
que prestavam, essas escolas vieram para preencher as lacunas existentes.
O
Estado logo se acomodou à nova realidade principalmente no ensino
pré-universitário, por ter poucos votantes, e iniciou uma campanha contra as
escolas superiores particulares a fim de manter os estudantes, já eleitores,
“satisfeitos” com suas escolas superiores. Essas campanhas aconteciam para
prejudicar a escola particular, de forma disfarçada, através de provões, ENAD e
exigências desnecessárias ao bom ensino. Com tempo gratuito nas TVs, não
cansavam de elogiar “os feitos” das universidades federais e criticar o
desempenho das particulares, expondo notas de exames sobre os quais nunca
contaram como foram corrigidos e avaliados! Basta analisar os ENEMs, seus
absurdos e descompromissos.
Tudo
isso justifica os comentários de que o público mais abastado prefere as escolas
pré-universitárias particulares e as escolas universitárias estatais. Na
verdade, não é o nível do ensino estatal que atrai, mas sim a propaganda
ostensiva do mal! O gabarito dos formados na escola pública está nos
vestibulandos bem preparados e não no ensino público, pois com melhor situação
financeira preparam-se melhor para os processos seletivos. E assim, as escolas
particulares ficam sempre com os mais carentes e menos preparados para o nível
universitário! Por possuir, em todos segmentos, melhor infraestrutura que as
públicas, as faculdades privadas têm obtido grande êxito na educação do povo
brasileiro.
sábado, 21 de setembro de 2013
UNIVERSIDADE DOS RICOS
A propósito do tema em moda, que fala sobre
"Universidades estatais para carentes e que os alunos abastados
paguem", os articulistas têm imaginado soluções fantásticas de como cobrar
dos alunos que "podem". Os comentários têm sido os mais diversos
possíveis e com soluções complicadíssimas.
Inicialmente devemos pesquisar o porquê
dessa inversão: ricos nas universidades federais ou estatais e pobres, em sua
maioria, nas instituições privadas. As universidades federais são agraciadas
com avaliações que contemplam exclusivamente o formato das mesmas. Ensino,
pesquisa e extensão, base das universidades, são exigidos das Instituições de
Ensino Superior (IES) de administração particular como se universidades fossem.
Daí as avaliações das instituições privadas com escore baixo.
As "Federais" são propagadas
pelo governo como universidades muito boas e as "particulares" como
segundo escalão. Além disso, os Ministros da Educação, dos últimos governos, em
épocas de vestibular, vão às televisões propagar os resultados dos “provões e
ENADEs”, sempre alertando a sociedade para matricular seus filhos em escolas
com alto índice de aproveitamento definido nesses exames passionais, onde as
federais sempre são contempladas com bons lugares no ranking das melhores
instituições de ensino. Esse resultado faz com que os pais invistam em seus
filhos com cursinhos, os melhores possíveis, e, em consequência, as
universidades públicas aprovam os vestibulandos que têm mais recursos, não
sobrando vagas para os alunos carentes, que não podem pagar esses cursinhos.
Assim, os estudantes menos abastados e com
menor conhecimento passam a lotar as IES particulares. As escolas estatais,
recebendo alunos com melhor nível de conhecimento, realimentarão o mito de que
as escolas do governo preparam melhor os seus alunos. Agora com o evento das
cotas, certamente, em pouco tempo, as federais deixarão de agregar só alunos
abastados e, em consequência, os alunos formados não mais serão os melhores
preparados, pois o regime de cotas deixa de lado a meritocracia e dá lugar ao
popularismo do nível universitário, como se o diploma universitário fosse
necessário para se obter sucesso no mercado de trabalho. Adiante-se que hoje os
diplomados em cursos técnicos têm sido mais bem remunerados no mercado do que
os que terminam cursos universitários.
Para diminuir essa avalanche de
estudantes, com posse, para as federais, é necessário que o governo melhore a
relação com as instituições privadas, dando-lhes o conceito merecido e
propagando a parceria dessas instituições que ajudam ao governo no cumprir de
suas obrigações.
O passo seguinte é dar o mesmo tratamento
às faculdades estatais e particulares, ou seja: nas federais terão bolsa
quem for aprovado no ProUni ou FIES, tal
qual acontece para os alunos carentes nas instituições particulares.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
"A AULA QUE FALTEI" 6ª PARTE
A
arquitetura pouco tem cuidado dos fenômenos acústicos, por isso não se lembra
dos cuidados que devem existir com os funcionários das estações rodoviárias e
integrações para que não exista perda progressiva da audição desses
trabalhadores. É esse o motivo da localização desses edifícios sempre ser em um
plano inferior à estrada principal e movimentada, e distante desses logradouros
para que as viaturas em trânsito não levem ruídos até eles. O plano abaixo das
vias principais é para que os autos que chegam até a estação venham na
“banguela”, sem acelerar, evitando a produção de ruídos. A distância é
necessária para que os ruídos dos veículos que não aportarão na rodoviária não
cheguem até ela. A saída desses locais também não deve produzir ruídos. Assim,
a estrada de saída ainda deve continuar descendente até atingir uma distância
que permita a aceleração de volta ao nível inicial – das autoestradas – sem
produzir ruídos para os funcionários do edifício.
Outra
aula que prejudica quando se falta é aquela que fala sobre refrigeração ou
ventilação de máquinas móveis (dos automotores) e máquinas estacionárias
(dos condicionadores de ar, dos
geradores). Um motor em movimento é “refrigerado” através do ventilador que
dirige o ar fresco externo ao motor, soprando o ar de fora para o motor. Isso
porque esse motor está restrito a um ambiente com pouca ventilação pela baixa pressão
existente no local – devido ao movimento do auto – ficando assim sem condição
de retirar o ar quente do motor, mas sim, permitindo o insuflamento de ar
externo para a máquina. Já na máquina estacionária, a pressão no recinto onde
ela existe é igual a externa. Dessa forma, se uma ventoinha retirar o ar quente
do local, esse lugar será resfriado pelo ar externo que alimentará a retirada
do ar que envolve o motor. Assim, deve-se posicionar essa máquina com a
traseira para o lugar fresco, pois dessa maneira a ventoinha puxará esse ar
sobre o motor, refrigerando-o. Os condensadores dos “splits” normalmente são
colocados invertidos porque estão ao ar livre e deve evitar que a ventoinha
colha insetos, pelo fundo, para dentro do motor.
sábado, 7 de setembro de 2013
"A AULA QUE FALTEI" 5ª PARTE
O
fenômeno da maresia é bastante conhecido e acontece com maior ênfase em regiões
próximas à beira mar. Devido à oxidação aparecer com material branco,
semelhante ao sal, criou-se o mito de que a maresia se dá por causa do sal
marinho que chega a sua casa trazido pelo vento. Puro mito. A verdade é que a
evaporação não traz o sal, que é solido, mas sim vapores dos ácidos presentes
nas águas do mar. Da mesma forma, acontece a maresia em locais próximos a rios
e piscinas devido às fermentações e ao cloro respectivamente, mesmo essas águas
sendo doces. Assim deve-se evitar material oxidável próximo das piscinas ou dos
charcos.
Muitas
pessoas se dedicam à culinária, não profissionalmente, e desconhecem como fazer
para que as frutas como banana, maçã e outras não escureçam após serem cortadas
ou descascadas. Os alimentos escurecem devido à oxidação pelo oxigênio contido
no ar, à existência de radicais livres ou à necessidade de completar a camada
externa de elétrons dessas substâncias. Além das frutas, os queijos e as carnes
em conserva são também oxidadas,
tornando-se com a aparência incerta. A solução é utilizar um antioxidante que, completando os
pares eletrônicos desfalcados dos radicais, evite a oxidação – justaposição do
oxigênio ao radical. A “vitamina C” é um antioxidante muito popular e pode
ajudar na conservação do aspecto saudável das substâncias citadas. Dessa forma,
passar no liquidificador 500mg de “vitamina C” com um copo d’água e depois
vaporizar as frutas com essa solução irá evitar a oxidação, tornando sempre
fresquinhas essas e outras iguarias que possuem radicais livres.
O
uso da maioria das colas tem a função de fazer o “vácuo” entre as peças
coladas, principalmente quando elas são mais lisas, pouco porosas, evitando a
entrada de ar entre as mesmas. Sendo assim, deve-se usar apenas a quantidade de
cola necessária ao fechamento do perímetro colado. Para a cola evadir-se do
centro das peças é necessário aplicar a maior pressão possível juntando-as.
Assim, a cola entre os materiais sai para as extremidades, evitando a entrada
de ar. O uso excessivo da cola torna a região de “vácuo” diminuída, fazendo com
que a sustentação aconteça apenas pela coesão molecular da própria cola. Quando
os materiais colados são porosos, deve-se utilizar um pouco mais de cola que
terá a função de preencher os poros além da vedação externa. A pressão entre os
materiais colados deve ser bem maior.
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