terça-feira, 26 de novembro de 2013
O PROGRESSO DA MEDICINA
Comentava-se, em um programa de televisão, sobre o
progresso da medicina nos últimos tempos. Falava-se então da cirurgia não
invasiva que traz mais conforto no pós-operatório. Esqueceu-se de citar o
grande benefício, como subproduto desse tipo de intervenção, que é o deixar
pinças, tesouras e outros acessórios cirúrgicos dentro do abdômen ou tórax do
paciente, como acontecia nas intervenções invasivas. Outros eventos citados
como progresso são os equipamentos capazes de analisar seu corpo dos pés à
cabeça, descobrindo qualquer anormalidade existente.
Podemos analisar esses avanços e criticar esse progresso
da medicina que não parou ainda de apenas retirar órgãos com disfunção ou
medicar drogas para tentar equilibrar os excessos ou a falta de determinadas
substâncias que mantêm o organismo em harmonia. Vitaminas, hipotensores,
minerais, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e tantos outros
medicamentos são receitados para resolver sintomas ou resultado de exames que
apontam esses paliativos como solução médica para os males. Na verdade, os
exames realizados informam de onde vêm os sintomas e o papel do médico é
selecionar quais os exames que devem ser feitos para alcançar os resultados que
apontem para a medicação correta. A análise das deficiências funcionais vem da
comparação das dosagens encontradas no paciente com aquelas que existem em um
universo de pessoas consideradas sadias naquele particular. Enfim tudo isso é
técnica e não cura de doenças.
Dessa forma, o grande progresso atual da medicina está na
engenharia, que propõe os equipamentos capazes de analisar material humano e
cria aparelhamento capaz de investigações não invasivas ou de condicionar
fluidos provendo sua filtragem ou enriquecimento de elementos capazes de
substabelecer suas propriedades maiores.
Assim devemos, cada dia mais, aprimorar nossos
conhecimentos na medicina. Não é a substituição ou estripação de órgãos que
fazem os médicos acontecerem. Não é a comparação das dosagens químicas e o
restabelecimento dos níveis regulares que significam progresso na medicina. Na
verdade, é a busca pela causa dessas anomalias surgidas no organismo humano que
constitui o fazer médico, por isso o clínico com bastante vivência numa dada
especialidade jamais deve abandonar seus estudos, e, analisando caso a caso,
definir as causas dos males naquele saber. Enquanto não chegar o progresso na
medicina, que se utilizem dos subsídios tecnológicos que a engenharia fornece e
que nas mãos de nossos bons médicos têm feito verdadeiros milagres!
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
ENADE, MAIS DINHEIRO PARA O RALO
No início do
mês de outubro, saiu, de forma aparentemente restrita às escolas superiores que
tiveram cursos “avaliados” pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(ENADE), o resultado quantitativo do ENADE que varia de 1 a 5 pontos. Esse
exame confere o desempenho do estudante, como o próprio nome diz, e não o
desempenho da escola. Fator psicológico, ânimo, compromissos com o trabalho,
problemas de poder aquisitivo e outros eventos próprios do viver alteram, para
mais ou para menos, a desenvoltura do estudante ao responder a esse exame. As
Universidades Federais, com estudantes abastados que não trabalham, e cuja
ocupação e preocupação restringem-se ao estudar, terão melhor desempenho do que
os alunos das IES (Instituições de Ensino Superior) particulares. Esses
normalmente trabalham, estudam à noite, sustentam a família, estão fora da
faixa etária e vêm de um ensino básico precário, poucas chances têm de
nivelar-se aos estudantes das federais.
Levando-se
em conta tudo isso, concluímos que por mais que as IES particulares se esforcem, elas jamais poderão
mudar o desempenho de seus estudantes. Principalmente as menores que sempre
recebem os alunos mais “fracos” que sobraram dos vestibulares das diversas
escolas que, com a força da propaganda ostensiva, fizeram valer o seu poder
econômico junto àquelas menos poderosas ou não mercantis.
Sem levar em
conta todo esse complexo que mexe com os resultados do ENADE, mais uma vez o
MEC, de forma astuciosa, vem divulgar os percentuais de conceito insatisfatório atingido pelas IES
privadas juntamente aos mesmos índices das federais. Esses resultados capciosos
simplesmente tendem a derrubar as IES particulares e soerguer as federais. Além
do mais, soma-se aos maus resultados a correção pouco transparente dos exames,
vejam, por exemplo, os resultados questionados dos ENEMs.
Tudo isso
posto, ainda resta o fato de que o ENADE traz um questionário socioeconômico,
misturando na avaliação, questões técnicas/científicas com outras sobre a
escola, essas últimas com critérios de acerto pouco cuidados. Sem o menor zelo
em esclarecer esses pontos, os resultados são publicados para o público no
início de dezembro, época dos vestibulares gerais, como que estigmatizando as
escolas com resultado ENADE baixo, levando o aluno pouco esclarecido a culpar a
escola pelo mau desempenho de seus alunos e não as preferindo. Lembramos ainda
que não existe, por parte do Governo, o menor incentivo para que o aluno
invista mais nesse exame que não diz para que veio.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O USO EXACERBADO DO PODER
O mais interessante dessa nova lei sancionada é que ela
só beneficia o empregado da empresa privada. Ela não se aplica ao funcionalismo
público nem ao aposentado. Vejam só: o
aposentado, mais do que ninguém, precisa ocupar o tempo ocioso com programas
sadios, como sejam, culturais, mas não tem o direito de usufruir do vale-cultura. E tem mais, do empregado
que recebe é descontado 10% do bônus, ou seja, R$5,00 para o governo.
Conclusão: o governo, em sua gula fiscal, aumenta o imposto atuando com mais um
desconto no salário do trabalhador e não estabelece as mesmas regras para seus
empregados ou para os aposentados, pois os outros é quem têm de pagar os
benefícios sociais, ele não.
É de “admirar” que nossos representantes no Congresso
criem uma nova lei abrangente em benefício social, mas com os debates e as
discussões, torne-se uma Lei que beneficia o próprio governo com 10% do bônus
dado ao empregado e ainda o exclua de sua responsabilidade junto aqueles que
recolheram a vida toda percentuais de seu salário (os aposentados) ou dão seu
maior empenho à causa pública (os funcionários públicos).
A grande conclusão a que se chega é que o poder executivo
ditatorial, ou seja, com seus poderes exacerbados, não permite o exercício
democrático de nossos representantes, então, as Leis com bons “desenhos”, a
princípio, são violentadas a fim de beneficiar exclusivamente o governo. O povo
iludido com o imediatismo das novas aparentes conquistas continua a acreditar
no poder central.
A empresa privada
que produz e engrandece o país se torna, cada vez mais, pesada para os
executivos que lutam com unhas e dentes para sobreviverem em um Brasil que, a
todo momento, é estuprado por monstros que querem se perpetuar no poder.
sábado, 2 de novembro de 2013
RESULTADO DO ENADE
O MEC divulga o resultado do ENADE do ano passado, após
as escolas terem melhorado o seu desempenho durante mais um ano de práticas acadêmicas
construtivas. O pior está por vir, quando em dezembro as notas serão divulgadas
para toda a sociedade que, por falta de informação, associará a nota exposta à
situação atual da escola. O resultado é a perda de alunos que engrossam os
vestibulares das Federais e que, de forma mágica, tiram sempre notas maiores. O
que não se entende é apenas 5,4% das instituições tirarem a nota máxima e 30% absorverem
o conceito insuficiente, significando isso que a curva Normal ou de Gauss, que
deveria acontecer definindo cada um dos cinco conceitos, não ocorre. Assim as
decorrências de milhares de avaliações, número que segue estatística, não
condizem com um resultado que apontaria para um exame justo. Esse resultado
mostra que essa avaliação só beneficia muito poucos, inclusive, em sua maioria,
tendencioso para as universidades federais.
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O quadro acima mostra as melhores notas para as públicas e as médias para as privadas. Isso significa que por melhor que seja a qualidade dos alunos das federais, 20% deles (2 e 1) não atingem a nota média. Comparados com os alunos das privadas, onde apenas 30% (2 e 1) não atingem a nota média, podemos dizer, levando em conta que seus alunos de início são menos preparados, que foi ótimo o desempenho da escola privada. |
Mercadante afirmou
que o boicote está diminuindo e
criticou alunos que apenas assinam a prova. “O boicote propriamente, nós quase
não temos. Antes nós tínhamos em torno de 20% dos estudantes das instituições
aqui, no caso não participavam do Enade. Hoje é muito residual essa situação,
mas temos ainda alguns estudantes que fazem o Enade, porque se não o fizerem não
poderão se formar, mas simplesmente apenas assinam a prova e prejudicam todos os outros que estão se esforçando a fim de garantir
uma boa nota para a sua instituição. Então, quem entrou e assinou, perdeu.
Não vai se formar”.
O Questionário do Estudante, de
preenchimento obrigatório, é o grande vilão que compõe a nota do ENADE. Pois,
com perguntas capciosas, leva os alunos a responderem sem maldade e o resultado
é que a pontuação só é feita quando as respostas apontam para “mais do que
suficiente” na satisfação das disponibilidades dos serviços educacionais
prestados pela escola. Sejam esses tais como número de livros da biblioteca, número
de computadores, número de salas de multimeios, e assim por adiante. É claro que
jamais uma instituição disponibilizará qualquer serviço mais do que suficiente
e qualquer pessoa a qual recebe dizer que está recebendo mais do que
suficiente! Aí está o grande motivo das notas baixas. Já ensinei há mais de 31
anos na UFPE e jamais nada aconteceu mais do que suficiente naquela universidade
federal.
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