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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O USO EXACERBADO DO PODER


             No dia 27 de dezembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que criou o vale-cultura. Essa nova lei concede ao trabalhador um bonus mensal de R$50,00 (cincoenta reais) que deve ser utilizado na compra de ingressos para shows, teatros e diversos eventos culturais, inclusive para a compra de livros. Até aí tudo bem, o que se pode esperar de um governo populista que, a todo o custo, quer enganar o povo com atitudes aparentemente bem intencionadas, mas que encarecem, para o empregador, a contratação de mão-de-obra? Isso mesmo, ganhar as benéficies feitas por terceiros, com consequências danosas para o próprio trabalhador que fica, cada dia, mais distante do emprego, pois aumenta o custo da mão-de-obra.
            O mais interessante dessa nova lei sancionada é que ela só beneficia o empregado da empresa privada. Ela não se aplica ao funcionalismo público nem ao aposentado.  Vejam só: o aposentado, mais do que ninguém, precisa ocupar o tempo ocioso com programas sadios, como sejam, culturais, mas não tem o direito de usufruir do vale-cultura. E tem mais, do empregado que recebe é descontado 10% do bônus, ou seja, R$5,00 para o governo. Conclusão: o governo, em sua gula fiscal, aumenta o imposto atuando com mais um desconto no salário do trabalhador e não estabelece as mesmas regras para seus empregados ou para os aposentados, pois os outros é quem têm de pagar os benefícios sociais, ele não.
            É de “admirar” que nossos representantes no Congresso criem uma nova lei abrangente em benefício social, mas com os debates e as discussões, torne-se uma Lei que beneficia o próprio governo com 10% do bônus dado ao empregado e ainda o exclua de sua responsabilidade junto aqueles que recolheram a vida toda percentuais de seu salário (os aposentados) ou dão seu maior empenho à causa pública (os funcionários públicos).
            A grande conclusão a que se chega é que o poder executivo ditatorial, ou seja, com seus poderes exacerbados, não permite o exercício democrático de nossos representantes, então, as Leis com bons “desenhos”, a princípio, são violentadas a fim de beneficiar exclusivamente o governo. O povo iludido com o imediatismo das novas aparentes conquistas continua a acreditar no poder central. 
             A empresa privada que produz e engrandece o país se torna, cada vez mais, pesada para os executivos que lutam com unhas e dentes para sobreviverem em um Brasil que, a todo momento, é estuprado por monstros que querem se perpetuar no poder.

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