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sábado, 14 de dezembro de 2013

A GRANDE MUDANÇA DOS ESTUDANTES


             Nascia o ano de 1963 e, lá no trote de engenharia, os estudantes veteranos bradavam contra os altos salários dos professores catedráticos que percebiam cem vezes o que o  proletariado ganhava de seus patrões. A Escola de Engenharia da Universidade do Recife (hoje FE-UFPE) era um dos redutos de estudantes politizados e amantes do Partido Comunista da época. A busca dos comunistas por tornar o povo, cada dia, mais ignorante fazia a cabeça dos estudantes para coagirem o Reitor da Universidade do Recife com a finalidade de coibir o pagamento aos Pós-Doutores, catedráticos da época, cujo salário correspondia, no momento, àquele dos Ministros de 1a instância. Tudo isso acontecia pouco antes da tomada do poder pelos militares em 1964. A partir daí, os salários daqueles que faziam e fazem educação foram se tornando, cada dia, menores, chegando hoje a menos de um terço do proveito dos ministros.
            Hoje, cinquenta anos depois, assistimos à recente greve dos profissionais da educação no sul do país e, de forma inolvidável, acompanhamos o apoio dos estudantes brasileiros àqueles que são os únicos capazes de mudar a face do viver no planeta: o professor e a professora. Toda a força utilizada no passado com a finalidade de subjugar o poder dos professores, através do corte de um salário digno, aparece na juventude de hoje, aplaudindo e incentivando os mestres dos mestres à cobiça de melhores condições de vida. Essa melhor condição levará o(a) professor(a) ao investimento maior no saber  que consequentemente será transmitido aos seus discípulos. A atividade profissional no ensino não cessa na sala de aula, as pesquisas de material para enriquecer suas lições, o preparo físico e o psicológico que levarão a motivação aos seus alunos através do exemplo de um corpo e uma mente sadios, o corrigir dos trabalhos de classe e todo o acolhimento ao aluno em horários diferentes das aulas tornam o docente uma pessoa especial.
            Nada muda por acaso! O reconhecimento percebido, nos dias de hoje, em relação ao carinho que os alunos dedicam aos mestres e às mestras foi construído, dia a dia, mês a mês, ano a ano, pelos docentes junto aos seus estudantes que os tornaram reconhecidos do valor de um professor ou uma professora que, a cada momento de encontro, leva aos seus discípulos mais luz com os ensinamentos que servem à ciência e à vida. A necessidade de hoje do conhecimento técnico-científico, exigência de um mercado de trabalho cada dia mais sofisticado e concorrido, trará sempre um futuro digno para docentes de todo o mundo!

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