domingo, 1 de dezembro de 2013
POLÍTICOS E POLÍTICA ATUAL
Já vai muito tempo em que políticos, após seu mandato,
voltavam à sua vida igual a antes vivida, sem fortuna diferente da que possuía:
a família e o seu sustento advindo de suas atividades profissionais regulares.
E não acontecia, com raridade, políticos passarem por necessidades após seu
cargo eletivo, ou por ter que ajudar seus cabos eleitorais, mesmo após ter se
aposentado da vida pública, ou por não ter conseguido a ajuda do partido para
recompor as suas economias, utilizadas na campanha eleitoral. Assim foram
criadas as aposentadorias para ex-presidentes da República, para que, após o
mandato, a necessidade não abatesse cidadãos que prestaram serviços de alta
responsabilidade e bastante desgastantes.
Esses homens de bem tinham a vaidade e o orgulho de terem
contribuído com o progresso de sua cidade, do seu estado ou do nosso país, o
Brasil. O estado de Pernambuco chegou a possuir as melhores estradas do país
durante alguns anos. Os impostos eram divididos entre o pagamento de serviços
prestados pelos funcionários públicos, que incluíam os políticos; e o pagamento
dos investimentos que tornavam a vida da comunidade mais segura no seu ir e
vir, com escolas, hospitais e transporte; talvez mais rústicos, os bondes, mas
pouco faltosos. Hão de dizer agora que, naquele tempo, a população era menor e
dessa forma mais fáceis os ajustes. Negativo. Quando a população cresceu,
cresceu também a arrecadação de impostos que poderiam ter mantido o
desenvolvimento que então acontecia. No entanto, da forma que aumentou a arrecadação, avultou a cobiça
pelo dinheiro público e os gastos
concentraram-se nos pagamentos fabulosos de políticos que começaram a
crescer em número, com o aumento de parlamentares e de ministérios que sugaram
as verbas antes do povo.
As aposentadorias dos políticos, que hoje contemplam
todos os cargos, com mandatos de percurso menor que dez anos, são um atentado
aos trabalhadores que, após 60 (sessenta) anos de idade e, no mínimo, 30
(trinta) anos de serviço são mal aposentados com valores que não seguem o valor
recebido na vida ativa. O pior é que agora, quase todos os políticos fazem não
apenas seu pé de meia, mas seu corpo inteiro, com roubo e uso do dinheiro
público a seu favor e de seus familiares, inclusive com cargos para os seus
parentes, vitalícios, adquiridos através de concursos, muitas vezes,
fraudulentos. Já que não tem sido possível reprimir os desfalques no patrimônio
público, que se elimine, de um modo geral, as
regras diferenciadas para a aposentadoria dos políticos, pois muitos
deles têm o descaramento de dizer que não roubaram, mas que construíram seu pé
de meia!
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