quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
A VIDA É UM CONTÍNUO ACONTECER
Mais uma vez, debruço-me sobre os
contos longínquos acerca das formas
vividas por seres que não existem mais. Na luta para alcançar o saber,
pois somos seres que pouco possuem o
conhecimento inato, temos que aprender, passo a passo, as lições dos mais
velhos e dos que já se foram para podermos acontecer na Terra. E, por esta vida
afora, atropelamos e somos atropelados sem nos dar conta de que os estímulos
acontecidos são os que nos levarão para o nosso destino ou nos desviarão
daquela rotina que parecia tão absoluta para o sucesso.
Já
que a vida não descontinua nem para o passado nem para o futuro, ela é o
presente. Esse presente, tantas vezes assustador, é pouco consequência do
passado ou do futuro, pois o livre arbítrio faz da vida um eterno comparar.
Será que tudo que aprendi deve ser imediatamente usado ou deteremos os impulsos
postos agora? Quando a você faz bem e nada traz de mal para alguém, viva esses
estímulos, pois eles talvez não voltem a acontecer!
Em
quantos momentos por dia, damos e recebemos entusiasmos sem a consciência do
acolher alguém? São os contatos, com palavras e gestos, que completam a ação do
conviver, em cada instante, com nossas circunstâncias. Gestos que são
dominantes para todos os elementos que nos cercam: o levantar de um objeto
caído, um olhar para os seres vividos, o alimentar das vidas famélicas. Todo
viver tem que ser participante, cada gesto é o anteceder de uma resposta que
aborda, mas que cala dentro de nós quando essa não chega!
Bons
ou ruins, passamos por momentos continuamente desejados ou não e é por isso
que, vivendo cada um deles, o tempo acontece mais eficaz. Não podemos tornar
duradouros os bons momentos nem brecar os
momentos pouco desejados que
acontecem sempre. A maturidade é que vai desligar os maus dos bons momentos
rapidamente. Maduro é quem vive deixando acontecer todas as oportunidades do
viver! As mudanças sempre existirão e havemos de nos acostumar com elas. Temos
que criar o “lócus” dentro de nós para guardar tudo o que queremos e o que não
queremos. Não adianta expulsar tudo de nós porque esse tudo constrói e forma,
ele é você e suas circunstâncias.
A
vida é um contínuo acontecer, que se viva então os bons momentos, pois esses
não são eternos! Devemos torná-los nossas lembranças sempre, porque os
sentimentos sempre brotam de nós, eles não chegam dos lugares ou das pessoas
que nos rodeiam. É preciso cuidar disso dentro de nós mesmos, pois só assim
poderemos apreciar essas quimeras de felicidades que só habitam naqueles que
amam o viver com luz.
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