domingo, 26 de janeiro de 2014
AULA PRESENCIAL FANTASMA NAS ESCOLAS-EMPRESA
Após quase dez anos de compra e
venda de faculdades e universidades brasileiras, finalmente uma certa calmaria.
O impacto sofrido pela sociedade estudantil durante todo esse período foi o
ópio que entorpeceu o poder de observação dos alunos junto a essas “inovadoras
escolas superiores”. Utilizando os ritos sociais comuns em seus países ou estados, quando brasileiros, os grandes grupos educacionais estrangeiros ou
brasileiros, quiseram implantar nas IES (Instituições de Ensino Superior) ou
universidades adquiridas, em diversos locais do nosso país, regras que não
ferem, às vezes, as leis do ensino brasileiro, mas distoam dos costumes desses
locais diferentes.
A tecnologia sempre
ovacionada pelos “mestres da educação” impresiona os estudantes que acreditam
que equipamentos eletrônicos são capazes de funcionar sozinhos. A partir daí,
os grandes complexos educacionais ou escolas-empresa passam a utilizar não só
material audiovisual, mas também implantam videoaulas transmitidas pelo
segmento dos cursos a distância da instituição mãe. Os cursos a distância dão
uma boa formação universitária, mas eles têm toda uma filosofia que deve ser
acompanhada por professores com pós-graduação no curso em questão, de maneira que
os alunos possam tirar suas dúvidas de forma presencial. As disciplinas online
que os conglomerados educacionais têm adotado não contemplam o acompanhamento
presencial e por isso não são validadas pelos alunos.
O grande resultado da
soberania, que não obedece à cultura do lugar, está na revolta dos alunos
dessas universidades que dizem não terem sido esclarecidos, no momento da
matrícula, sobre o currículo misto: com disciplinas presenciais e a distância.
O MEC admite, em suas determinações, um percentual de até 20% de disciplinas
online ou a distância no total de horas
do currículo pleno. O número de créditos das disciplinas do curso é igual ao
número de aulas de uma hora por semana. A carga horária de cada uma das
disciplinas do curso é o número de créditos da disciplina multiplicado por 17
(dezesete) semanas (aprox.100 dias) que é o número de dias letivos do semestre
estabelecido pelo MEC, 17 semanas vezes 6 dias que dão 102 dias de aula.
Educar é mostrar
transparência em seus projetos pedagógicos, nos formatos de atendimento ao
aluno, nos preços dos créditos de cada um de seus cursos; enfim, em toda a
relação corpo discente, corpo docente e corpo técnico-administrativo, pois só
assim o binômio ensino-aprendizado se fará presente na tríade ensino-pesquisa-extensão!
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